capítulo 1

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Akashi Haruchiyo, era o aluno mais temido de nossa escola, principalmente por conta de sua aparência, alguns já haviam o visto sem máscara, outros já viram ele coberto de sangue e com um olhar assassino

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Akashi Haruchiyo, era o aluno mais temido de nossa escola, principalmente por conta de sua aparência, alguns já haviam o visto sem máscara, outros já viram ele coberto de sangue e com um olhar assassino. Outros nem conseguiam o encarar nos olhos, professores e diretores não gostavam nem de cruzar seu caminho. E eu era da mesma sala que ele, mas eu nunca o vi como alguém para se ter medo, e sim pena... Ele sempre estava sozinho, e detestava quando o chamavam por seu sobrenome.

Sempre usando uma máscara para cobrir seu rosto, isso me despertava ainda mais a curiosidade sobre ele, e quando nossos olhares se cruzavam em alguns momentos, eu não desviava como os outros, ficávamos nos encarando por horas, até alguém nos fazer quebrar o olhar.

— Yori? — Ouço minha amiga me chamar e a encaro — você fez o trabalho de biologia?

— Sim, ele está pronto desde o dia que o professor pediu — digo e entrego o trabalho para ela e volto a colocar os fones de ouvido.

— Obrigada amiga, eu te amo.

Eu gostava muito de desenhar, e sempre tentava fazer esboços com contornos esfumaçados, e Haruchiyo era um modelo natural, sempre quando ele não estava olhando, eu tentava acrescentar algo ao desenho, e confesso que eu estava amando. Hoje era um dos dias em que ele estava com os punhos feridos em carne viva, o sangue seco parecia não incomodar ele. Esperei o momento certo quando ele deixa a sala de aula, e tiro da mochila alguns curativos e álcool para limpar suas feridas, e deixo em cima de sua mesa.

— Yori, você é bizarra — Aimi diz — você sempre deixa algo para ele, cuidar dos ferimentos. Você sabe que ele é perigoso certo?

— Ele nunca me fez nada de mais — dou de ombros e sorrio deixando algumas gazes e algodão — Eu acho o Haru-senpai uma pessoa solitária.

— Ele é perigoso, anda vem pra cá antes que ele volte — ela diz e eu reviro os olhos.

— Só por que ele, assusta vocês não quer dizer que ele me assusta. Gosto da presença dele, e ele é bonito.

Aimi havia congelado, estávamos na mesma sala do Haruchiyo desde o fundamental, e nunca trocamos uma palavra com ele direito, Aimi apontou com o dedo trêmulo e eu vejo Haruchiyo parado atras de mim, com as mãos no bolso do uniforme, ele olhava para mim e depois para o kit de primeiros socorros improvisados.

— Cuide da ferida em suas mãos — digo e puxo sua mão do bolso, ele surpreso — isso pode infeccionar se não cuidar. E parece estar doendo muito.

Sem esperar, eu pego o álcool e molho no algodão e começo a passar em suas mãos, Aimi parecia que ia infartar e até o professor estava em silêncio, assim que termino de limpar, começo a passar a pomada antibiótica e coloco as gazes finalizando com a faixa. Para fechar coloco uma fita que eu tinha da barbie, e sorrio.

— prontinho, cuide-se Sanzu. — digo e seu olhar Fica ainda mais estreito — você não gosta de ser chamado de Akashi, então pensei em te chamar de Sanzu, sabia que o Sanzu  segundo a tradição budista japonesa, um rio envolto por névoa que separa o mundo dos vivos do mundo dos mortos, e localizado no Monte Osore.

Aimi Só faltou me puxar pelos cabelos, acho que acabei falando pelos cotovelos, mas Haruchiyo ficou olhando para o curativo em suas mãos assim que se sentou. Acho que o adesivo da barbie foi demais....

𝑷𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒂 𝑹𝒐𝒔𝒂 - 𝑺𝒂𝒏𝒛𝒖 𝑯𝒂𝒓𝒖𝒄𝒉𝒊𝒚𝒐Onde histórias criam vida. Descubra agora