capítulo 2

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Depois daquele dia, mesmo sem dizer uma única palavra, Sanzu vinha até mim e me mostrava aonde estava Ferido, alguns eu até acabava dando risada, pois parecia claramente que ele havia se ferido de propósito

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Depois daquele dia, mesmo sem dizer uma única palavra, Sanzu vinha até mim e me mostrava aonde estava Ferido, alguns eu até acabava dando risada, pois parecia claramente que ele havia se ferido de propósito. — Eu tinha o péssimo hábito de escrever cartas que eu nunca enviaria, apenas para ter um escape de desabafo, eu organizava essas cartas em um diário que eu sempre levava comigo a qualquer lugar, e lá estava o desenho que eu havia feito de Haru.

Após o intervalo eu já estava voltando para sala, quando ouço algumas risadas dos garotos. E quando entro vejo Arisu segurando o meu diário e lendo para algumas meninas e garotos.

— chegou a nossa adorável romancista — Debochou ele — Lisawa eu não sabia o quão romântica você podia ser.

A sala explodiu em risadas, e quando Aimi chegou e olhou a cena ficou vermelha de raiva.

— Qual é, Arisu! Tudo isso por que você foi Rejeitado pela Yori? — Ela disse ao tomar a minha frente e segurar a minha mão.

Desde o início do ano letivo, Arisu vinha com flertes e declarações as quais eu sempre rejeitava, por que ele não fazia o meu tipo, mas ele não aceitou muito bem isso.

— Fica na sua Aimi, estou surpreso em ver que até um desenho do sanguinário do Akashi você fez, mas a mim você rejeitou — Arisu diz rispido e eu solto um suspiro cansado.

— Quanta infantilidade — murmuro ao tirar meus óculos e os limpar por estarem embaçados.

— O que vai fazer Yori? — Arisu diz com um sorriso sínico — todos já sabem seus segredos românticos, sério que tipo de garota gosta de Magnolias brancas, e prefere chocolate amargo?

Ele estava expondo todos os meus gostos e intimidades, mas me mantive neutra a situação enquanto os outros davam risada.

— E tem mais, clichês românticos, como se proteger da chuva, esbarrar em alguém, deixar os livros cair — Arisu subiu em cima da cadeira e gargalhou — Ainda bem que você não é minha namorada, essas coisas são chatas e irritantes. Esses contos de fadas são para crianças.

— Realmente, ninguém gosta disso hoje em dia, você tá sonhando muito alto e fanficando demais — Uma das meninas diz

Aimi estava nervosa por mim, essa situação já se tornou um circo e mesmo querendo chorar pela humilhação eu continuei firme, até o barulho se tornar alto, e num piscar de olhos. Sanzu havia dado um soco em Arisu e o jogado no meio das cadeiras, Arisu já estava no chão e o meu diário foi devolvido a mim por Sanzu. Da mesma forma que ele entrou, ele saiu.

— Se eu ouvir mais alguma coisa sobre isso — Sanzu disse ao fechar a porta lentamente — caço vocês um por um.

Ninguém disse mais nada, ninguém tocou mais sobre o assunto, mas ao abrir meu diário percebi que meu desenho não estava lá.

— Acho que ele gostou do desenho — Aimi diz com um sorriso e eu fecho o diário.

Ja nao importava mais, e eu apenas agradeci mentalmente por ele ter interferido.

{...}

Deitada na grama, sentindo o por do sol e a brisa se tornar lentamente mais Fria, fechei os olhos cantarolando uma canção. O tempo passou e a noite chegou, quando tomo coragem para levantar e pegar minhas coisas, acabo tocando em um embrulho, e quando olho vejo que era um ramo de Magnolias embrulhado em um papel presente vermelho, dando destaque as pétalas brancas com uma tonalidade rosada.

Havia também um pequeno cartão rosa, com uma letra bastante delicada e bonita.

Nada é suficiente para quem considera pouco o suficiente. “

Não havia assinatura, mas aquele pequeno ato me deixou sorrindo igual uma boba.

— Obrigada — sussurro ao vento, e sei que quem me presenteou ouviu.

𝑷𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒂 𝑹𝒐𝒔𝒂 - 𝑺𝒂𝒏𝒛𝒖 𝑯𝒂𝒓𝒖𝒄𝒉𝒊𝒚𝒐Onde histórias criam vida. Descubra agora