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Sangue pingava da lâmina, fazia algumas horas que estavam naquela brincadeira, a face do Homem foi revelado, mas seu rosto estava agora totalmente desfigurado.
Ninguém dizia nada, afinal não era um assunto deles, exeto por dois irmãos que pareciam tão sombrios quando o próprio que multilava o corpo sem remorso algum em seu olhar, mantendo a expressão pacífica e indescritível. — O relógio marcava três horas da manhã, e todo o trabalho já havia sido feito, após ascender o baseado para se acalmar.
As veias saltadas de suas mãos, marcando a pele branca como porcelana, retirando do bolso da calça seu iphone. O bloqueio de tela, nada mais era que a foto da pessoa que ele se recusava a esquecer. Sentir seu corpo tremendo, assustada por conta de uma escória que a perseguia, o medo em seu olhar. No momento tão inapropriado, ele não queria que ela o reconhecesse, mesmo tendo chamado por ele, havia algo para se livrar, um lixo a ser jogado fora, e a cena não seria bonita.
— Você está sangrando — a voz de dentro da escuridão lhe diz
— isso não é nada - retrucou desinteressado.
— Era o último — A voz retorna a dizer — o último do grupo de três que a estrupou.
— Ótimo, minha missão esta feita — Ele diz ao tirar um comprimido do bolso do blazer e colocar na boca, o engolindo e dando a última tragada na maconha.
— o assassino da espada Magnólia — O homem diz com a voz entediada, atraindo aqueles olhos azuis sem emoção — Sangue em uma mão, e um galho de Magnólia na outra, trágico se não fosse tão poético.
— Não o provoque irmão — uma segunda voz diz — ele está de bom humor hoje, ele encontrou sua doutora.
— Ah sim, verdade — a voz volta a dizer — boa noite Sanzu
— Péssima noite Haitani — Sanzu diz.
Apos sair do galpão, pegou as chaves de sua ferrari, e entrou dirigido pela madrugada de volta para sua casa, o rádio tocando numa estação aleatória, enquanto dirigia com uma mão só e com a outra apoiava a cabeça, ao lembrar da expressão de medo, e do pequeno corpo tremendo, sua mente vagou de volta para aquele tempo, onde uma aluna certinha, lia livros de medicina ainda no ensino médio, ajustando de segundo em segundo os óculos que caiam de seu rosto.
E quando não estava lendo, estava desenhando. A garota que não tremeu na sua frente, que o olhava dentro de seus olhos, e o via como um humano. A garota que tinha sonhos bobos, e era apaixonada por chocolate amargo.
Seus pensamentos, estavam naquela garota, que naquele momento começou a tremer de medo. — Sanzu aperto o volante controlando sua raiva, e em seguida pisou no acelerador querendo voltar logo para casa.
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