capítulo 4

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“ Doutora Lisawa, comparecer a Pediatria “

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Doutora Lisawa, comparecer a Pediatria “

Já fazem doze anos que eu perdi o total contato com aquele doce rapaz de máscara e cabelo rosa. Eu me tornei médica, na esperança de o encontrar novamente, mas isso não aconteceu. — Havia terminado meu turno e estava me preparando para ir embora, não iria fazer plantão e amanhã eu estava de folga.

Peguei minhas coisas e sai do hospital me despedindo dos meus colegas. A rua estava repleta de jovens passeando, casais apaixonados, amigos indo ao karaokê, e eu indo direto para casa, o bom era que estava bastante movimentado.

Assim que entro no metrô que estava um pouco lotado, me sinto incomodada com uma pressão queimando em minhas costas, e disfarço para olhar e ver um homem encapuzado sentado olhando para mim. Isso me causou arrepios ate a alma, e parece que ninguém mais percebeu.

Desci na estação do meu destino, e percebi que o homem saiu logo atrás, pensei que ele iria mudar o caminho ao sair da estação, mas eu estava enganada, ele começou a me seguir entre as pessoas disfarçando pelas ruas. Tentei manter meu ritmo e nunca ir para uma área isolada de pessoas, isso seria burrice mas eu já estava ficando com medo.

Apertei meus passos, virando a esquina dando de cara com um beco onde havia um pequeno estabelecimento com as luzes acesas em vermelho. Empurrei a porta com tudo e comecei a subir um lance de escadas que dava ao segundo andar, e ouço o homem apressar os passos para me seguir e enquanto eu olhava para trás acabei esbarrando em alguém, o impacto me faria cair, mas as mãos da pessoa me seguraram.

Eu estava assustada, meu corpo estava tremendo e tudo o que eu disse foi.

— por favor, me ajude... Ele ta me seguindo — murmuro.

Tento olhar para o rosto da pessoa a minha frente, mas ele cobre meus olhos antes que eu consiga, mas consigo ver as pontas rosas chiclete de seu cabelo, e as luzes se apagam. O corredor a qual eu entrei era escuro, e ao ver as luzes apagarem ficou ainda mais escuro.

— Siga até o final do corredor — ouço ele dizer e noto a familiaridade em sua voz — a sua esquerda tem uma porta que da na saída. Não se preocupe com nosso convidado indesejado.

— Sanzu? — pergunto na esperança de ser ele, mas o homem não responde, e eu apenas escuto o grito de desespero do que eu deduzo ser meu perseguidor.

Meu corpo se pos a correr e a seguir sua instrução, há única luz daquele correr era a porta escrito “saída”. A empurrei com todas as forças e eu já estava na rua movimentada novamente.

{...}

Minhas mãos tremiam, eu estava assustada. Após ter a certeza que a porta estava trancada eu me desmanchei sobre o chão da minha casa, chorando baixinho.

Passou...

Sim... Passou.

Aquilo não vai acontecer novamente, aquela cena nunca mais irá se repetir... Eu estou bem... Sim eu estou bem... — A quem quero enganar?

Assim que tive forças para levantar, vejo algo cair da minha bolsa. Era um ramo de Magnolia branca!




𝑷𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒂 𝑹𝒐𝒔𝒂 - 𝑺𝒂𝒏𝒛𝒖 𝑯𝒂𝒓𝒖𝒄𝒉𝒊𝒚𝒐Onde histórias criam vida. Descubra agora