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— Vamos, vai ser legal amiga — Aimi diz — é uma festa do povão, vai reunir a galera do colégio.
— Não quero — digo ao tomar café — sabe que não quero ver Arisu novamente.
A alguns dias, recebi um convite de uma reunião com os antigos membros da escola, para conversa sobre a vida, doze anos depois. Isso era besteira, eu não queria ir e reviver tudo novamente.
— Amiga é só se arrumar, como se fosse dona de uma empresa e ta tudo certo — Aimi sorriu — vai, olha eu me tornei ajudante do estilista Takashi Mitsuya, você se tornou a melhor médica de Shibuya, ninguém tem que fala nada.
— é um evento noturno, não tenho roupa para isso — a encaro novamente e Aimi suspira derrotada.
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No final acabei vindo, escolhi um vestido preto básico, deixando os cabelos soltos, Aimi estava conversando alegremente enquanto eu estava bebendo mostrando o quão entediada eu estava.
— Esse cabelo, essas afeições — ouço uma voz que não queria ouvir — A romancista Yori Lisawa — diz com deboche.
— Arisu Murasaki — reviro os olhos e ele me analisa de baixo pra cima — meus olhos estão aqui.
— você se tornou uma gostosa, pena que a personalidade não condiz com a beleza — suspirou.
Era por isso que eu não queria vim, Aimi me olhava de longe arrependida, e eu apenas disse que estava tudo bem e ignorando a presença de Arisu eu me retirei para tomar um ar. — Teria sido bem melhor se eu tivesse ficado em casa, mas o que me motivou a vim, foi que eu estava usando um colar de pérolas que foi presente de Haru. E por falar nele, ele não veio a essa reunião.
— Não é meia noite ainda, para a cinderela querer fugir — meu corpo arrepia com o contato suave de sua mão em minha cintura — mas se quiser fugir antes, seu cocheiro está aqui.
— Achei que não viria — murmuro
Sua risada rouca faz cócegas ao meu ouvido, e sinto ele aperta minha cintura levemente.
— Eu não iria vim, mas um passarinho me contou que você veio — Disse ao beijar meu pescoço — não posso ficar longe dos cuidados da minha doutora.
— Fugindo da festa Lisawa — ouço Arisu dizer e quando olho para porta ele trava.
Sanzu usava um terno preto, combinando com o meu vestido e um broche de pérolas na gravata. Ao ver Arisu ele sorriu e segurou minha mão a levando aos seus lábios, sem tirar os olhos de Arisu que parecia ter congelado no lugar.
— Precisa de ajuda, amigo?
Sanzu o olhou, e por mais louco que fosse, meu corpo não rejeitou seu toque em nenhum momento, muito pelo contrário, ele queimava ao simples toque. — Não quis olhar para Arisu e me virei apoiando meu rosto no peito de Sanzu, sua mão desceu até minhas costas afastando meu cabelo. O vestido era aberto atrás e deixava minhas costas nuas.
— Ah... Eu.. Bom... A Lisawa.
Arisu se embolou em suas palavras e senti os músculos de Sanzu se contrair.
— Haru — sussurro em seu ouvido.
— sim? — Ele sussurra de volta.
— acho que estou meia embriagada — passo meu braço ao redor de seu pescoço — tem uma mosca no meu ouvido.
Arisu ficou tenso no mesmo instante, Haru desceu a mão até minha coxa, usando o corrimão da varanda como apoio, e a puxou até a sua cintura, alisando a pele exposta do meu corpo.
— Você está corada, como uma pimentinha — ele diz — não faça essa expressão Querida. Temos alguém nos observando.
— P-perdão eu... Eu não sabia que vocês haviam casado — Arisu diz
— realmente não tinha como saber — Sanzu o encara sério — Minha esposa é bela demais, eu fico preocupado em deixa-la sozinha.
Haru estava brincando com Arisu, nossa antiga classe sempre tinha medo dele, e ele está usando esse medo para me declarar sua. Como um aviso para ficarem longe de mim.
E como um cachorro vagabundo, Arisu enfiou o rabo entre as pernas e saiu tropeçando em seus pés.
