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Alfonso


"Caray, Alfonso, como você me fala uma coisa dessas?"

Eu franzi o cenho e a olhei com uma expressão confusa. "Como assim? Eu não vejo porque esconder..."

Antes que eu pudesse dizer mais nada, Anahí levantou-se bruscamente e veio até o meu lado. Mais uma vez me deixei enfeitiçar pela mulher absolutamente linda e sexy que ela era, principalmente com aquele vestido perfeito moldando o corpo. Eu a puxei para o meu colo, deslizando os dedos pela costa nua dela, a outra mão a segurando pela coxa para que não fugisse. Anahí soltou um discreto gemido rouco e eu senti meu corpo se incendiar.

"Eu sei que você também sente algo..." Eu disse, atraindo os olhos dela para os meus.

"Eu só não quero me machucar de novo e você não é exatamente o mais fiel dos homens."

Eu trilhei os dedos carinhosamente para cima, trazendo o rosto dela para próximo do meu. Beijei a têmpora dela, depois, cada delicada pálpebra, as bochechas, o nariz que sempre foi meu ponto fraco... Antes de beijar aquela boca rosada e carnuda, a afastei delicadamente.

"Eu sei que você sente medo, eu sei dos meus defeitos também, mas o que eu sinto por você é tão forte... Simplesmente nunca foi embora, por mais que eu tentasse reprimir, disfarçar ou esquecer. Eu quero te provar que esse sentimento é pra valer. Me deixa te provar, Annie?"

"E você não tem curiosidade de saber o que eu sinto?" Ela me perguntou com a voz sedutora.

Suas unhas finas brincavam com a gola da minha camisa, roçando de leve contra minha nuca e pescoço. Eu sentia meu pau endurecendo sob o peso do corpo dela. Tudo o que eu queria nesse momento era Anahí Puente nua na minha cama, pernas abertas e sexo molhado, sedenta e implorando por mim.

"O que você sente, Annie?" Retruquei, acariciando a bochecha sem desgrudar o meu olhar do dela.

Annie estava prestes a responder quando o maldito garçom apareceu com nossos pratos. O pobre rapaz ficou vermelho como um pimentão ao nos ver abraçados daquela maneira, sabendo que havia nos interrompido. Ele pigarrou, tentando disfarçar. Annie riu discretamente, deslizando para fora do meu colo e voltando para o lugar dela ao outro lado da mesa quase como uma menina apanhada em flagrante pelo pai.

O garçom nos serviu e reabasteceu nossas taças. "Bom apetite, senhores. Precisando é só tocar o sininho ali." Ele apontou para uma corrente fina pendurada ao teto. "Com licença."

"Coitado, acho que ele percebeu o seu... probleminha." Anahí apontou para o meu colo, com um sorrisinho malicioso.

"Você não sente um pingo de remorso, não é?"

Ela soltou uma boa e sonora gargalhada. "Por que, Ponchito? Deveria?"

Era tão natural estar com ela. Eu me sentia à vontade para conversar sobre todo e qualquer assunto, mesmo os mais incômodos como as tensões com minha ex-mulher. E eu sentia que pra Annie era recíproco, era fácil se abrir comigo e sobretudo existia uma paz, uma leveza em fazê-lo e éramos íntimos o suficiente para encarar tudo com humor e, sim, por que não, boas doses de dura verdade.

Comecei a comer minha sopa de creme de brócolis com queijo gorgonzola que estava divina e Anahí realmente me surpreendeu ao saborear a carne deliciosa e ultra-macia do porco, que derretia como manteiga na boca.

"Deixa um pouco pra eu provar..." Eu disse pra ela, de olho no prato que ainda continha bastante comida.

Annie riu, cortou um pedacinho e ergueu o garfo na minha direção. "Olha o aviãozinho!" Ela brincou, me fazendo revirar os olhos.

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