O ninho quimérico

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Roma, Império Romano ~ 12/07/446 a.C.

Segunda-feira, 10:47

Após Leandros mutilar vários legionários sozinho e se reencontrar com Elektra e Cástor, os 3 subiriam as escadas que levavam direto à prisão Marmetina, quando então notariam uma bifurcação que levava a outro corredor escuro mais adiante que causava uma interferência na precognição do espartano, o qual diria:

- Elene, Cástor, Lucius está no último andar da prisão, evitem serem vistos ou ouvidos e resgatem-no, vamos ter que adiantar o plano de invasão; Nero pretende fazer uma reabertura de jogos de gladiadores, e há uma arma que eles fabricaram que pode derrubar grandes estruturas e matar grandes contingentes de soldados em instantes, por isso precisamos atacar o mais cedo possível. - entregava seu teléphonos para Elektra e pegava em sua mão, em sinal de carinho. - Protejam os civis, e chamem os sapadores para iniciarem o caos pela zona nobre de Nero, desse jeito os soldados vão ter que se concentrar aqui e deixar os muros ao norte e a entrada pelo rio desprotegidos. - comentava Leandros, enquanto a amazona assentia.

- O que vai fazer ali, Leandros? - questionava Cástor, enquanto o espartano suspirava e desaparecia sua espada, invocando sua lança e se preparando para sair do local.

- Há algo ali que interfere em minhas previsões, algo que não consigo saber o que foi, o que é, e o que pode se tornar, então só pode ser outro quimérico. - diria Leandros, fazendo os dois se preocuparem com o mesmo, que os interromperia antes de proferirem alguma palavra pra dizer: - Eu sei bem o que fazer contra esses monstros malditos, não se preocupem, nossa maior preocupação agora deve ser salvar nossos aliados, entendem?

Relutantemente em responderem, os dois finalmente suspiravam e concordavam sem proferir palavra alguma, subindo as escadas para a prisão Marmetina enquanto o espartano iria reto pelo corredor escuro, ativando sua aura mágica de fúria e criando em sua mão uma esfera de fogo primordial para iluminar seu caminho.

Em meio ao seu caminhar, veria pelo chão e pelas paredes resinas de uma secreção muito pegajosa e fétida que se assemelhava na consistência à da teia de aranha, do mel e no odor ao pus e gases de gambá, com o maior fedor sentido por qualquer ser vivo.

Conforme seguia adiante e ouvia o gotejar de poças de água, ele ficaria mais atento a possíveis ataques pela retaguarda, quando então tropeçaria em um tipo de raíz no chão que pouco se parecia à raíz de uma árvore no formato de sua superfície, mas sim aos chifres de um íbex com bioluminescência baixa, levando luz até a parede daquele corredor, onde seria visto uma grande quantidade de ovos brilhosos da cor azul, ao passo que ao seu lado teriam vários casulos enormes da mesma cor com vultos negros dentro, fazendo o espartano franzir o cenho, imaginando o que estava por vir.

Nisso, uma voz seria ouvida pelo guerreiro, pouco atrás dele, que o faria se voltar rapidamente e ficar em pose de combate, conforme a voz diria:

- Então você deve ser o Hécaphaesticos, hahahaha...deve ser muito trouxa ou convencido pra se separar dos seus amigos e vir direto pro meu ninho. - diria a voz, revelando-se em meio à luz como um homem de aparência jovial e muito máscula.

- Seu ninho?? Você é uma cria de Sejano?? - perguntava Leandros, enquanto o romano dava uma risada pela pergunta.

- Eu? Uma cria dele? Hahahahaha, que insulto! Não que eu deva satisfação a você, mas vou me apresentar: Meu nome é Pitágoras, de Segesta (Gênova), e sou o homem de Nero! - exclamava o sujeito, fazendo Leandros arregalar os olhos, pois se lembraria da história do marido homossexual de Nero, Pitágoras, que era o Homem, enquanto Esporo era a "mulher" de Nero e suas outras esposas apenas lhe serviam de demonstração pública e procriação.

ΠΕΠΡΩΜΕΝΟ, A Luta FinalOnde histórias criam vida. Descubra agora