Parte I: A Passagem de Saturno

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Alpes, Península Itálica ~ 20/06/448 a.C.

Sábado, 06:00

Em meio a um dia ensolarado nos Alpes, após a alvorada que reluzia sobre a floresta de coníferas montanhosa, uma sombra era percebida como penumbra do amanhecer, sendo revelada uma enorme estrutura que originava sua sombra.

Aquele era um castelo, parecido aos medievais, com ameias, torreões e seteiras, havendo 2 estruturas fechadas parecidas à pequenas fortificações retangulares unidas às montanhas, sobre alambores assim como o castelo, deixando uma depressão no caminho até a parte mais plana debaixo, onde estava a uma mata.

O castelo possuía um grande torreão central (conhecido também como torre de menagem), que estava logo atrás de um enorme muro atrás da muralha que tinha um portão de madeira maciça e aço, além de possuir uma espessura de mais de 5m da parede, como a muralha e as "casamatas".

No alto do torreão central, em uma janela perto do topo, uma figura masculina estaria de pé com um copo de vinho em suas mãos, ocultando parcialmente seu rosto, que demonstrava claros sinais de decomposição e estava com a pele esbranquiçada.

Nisso, um legionário romano com uma máscara complementar em seu elmo, duas manicas e grevas, chegaria na sala onde o homem se encontrava, e imediatamente se inclinaria, dizendo:

- Dominus (senhor).... - observava os olhos do homem, que colocaria novamente a máscara. - Nossos falcões perceberam uma mobilização muito aglomerada no leste, há um exército a caminho.

- Deve ser o Hécaphaesticos novamente, finalmente poderemos colocar em prática o poder que adquiri e essa estrutura defensiva impenetrável, hehehe. - enquanto diria isso, desaparecia sua taça de vinho e caminhava até o romano. - Desperte nossos homens e deixe-os de prontidão nas nossas defesas...há uma surpresa que o Hécaphaesticos não vai estar esperando....ele sentirá a ira de Sejano, minha ira, outra vez! - exclamava o homem, se revelando ser Sejano, enquanto criava um círculo mágico com seu dedo indicador e tocava a testa do soldado. - Ah, as vozes...as visões...não há nada melhor nesse mundo, Telamus.

- Qual sua visão no momento, senhor? - questionava, sendo tocado no ombro por Sejano.

- Um massacre enorme irá acontecer, e não há nada que o Hécaphaesticos possa fazer para evitar...seus homens serão massacrados pelas armas novas que criamos. - diria Sejano, enquanto descia as escadas do Torreão, ao passo que a carne de Telamus seria derretida completamente. - Dessa vez tenho uns truquezinhos novos... - tocava em uma estátua de gárgula com o mesmo círculo mágico e imediatamente lhe dava vida, fazendo-a rugir. - Telamus, consegue me ouvir?

- Senhor, por que derreteu meu corpo?! - questionava Telamus, enquanto Sejano ria.

- Simples, meu rapaz, eu quis transcender sua patética existência à de um ser com implacável desejo pelo sangue! - diria Sejano, enquanto dava um leve toque no corpo de Telamus, que se apresentava agora parecido com uma rocha em morfologia, mas praticamente tão resistente quanto grafeno. - Nem uma espada ou lança podem te atravessar, manubalistas até podem te danificar mas apenas rachar seu corpo. Para você ser verdadeiramente morto deve ser destruído como uma estátua de pedra!

ΠΕΠΡΩΜΕΝΟ, A Luta FinalOnde histórias criam vida. Descubra agora