— Ah Forever... Eu não sei se deveria...
— Você é quem sabe.
Os dois se encaram por alguns instantes, enquanto Maximus se decidia. Ele checou a hora em seu relógio de pulso: Já havia passado de meia noite. Logo direcionou novamente seus olhos para o loiro, soltando um longo suspiro.
— Bem, se você não se importar...
[...]
O loiro arrastava um colchão de solteiro por toda a casa, com certa dificuldade. O objetivo era leva-lo até seu quarto, mas era um tanto complicado... Max o observava, meio perdido com o que deveria fazer.
— Ei, não precisa de tudo isso...
— Então você vai querer dormir no chão?
— Não! Mas se você quiser eu não tenho muito o que fazer...
— Acho que ja entendi. — Forever solta o colchão, apoiando-se no mesmo. Olha diretamente nos olhos de Max, com um sorriso devasso. — Caso você queira dormir comigo, é só me falar.
— AH EU NÃO... NÃO FOI ISSO QUE EU QUIS DIZER, EU SÓ...
Ele começava a rir do leve desespero do moreno que, ao ouvir o que Forever disse, tentava se explicar. Debochava do mesmo. Maximus o olhava, envergonhado, sem saber onde enfiar a cara. Forever parava de rir do rapaz por um momento, mas ao olhar novamente para ele e ver sua timidez diante da situação não se conteve em soltar uma leve risada, começando a rir de novo.
Tentando disfarçar, riu de uma maneira forçada, acompanhando o loiro. Questionava-se o porquê de Forever achar tanta graça naquilo. Max virou seus olhos, acidentalmente se encontrando com próprio olhar num espelho que ali perto havia. Ele estava vermelho.
Maximus conhecia muito bem as brincadeiras do loiro, as vezes até brincava junto. Por que agiu daquela maneira? Era uma simples zoação, não teria o porque se sentir tão envergonhado. Talvez esse fosse o motivo do riso de Forever.
Tempo depois, tudo já estava arrumado para o moreno dormir. O colchão foi posicionado ao lado da cama de Forever, qual estava lotado de cobertores e travesseiros. Não estava tão frio, mas ele queria transmitir o maximo de conforto possivel para Maximus. Ambos se acomodavam, apagando a luz e encostando a porta.
— Boa noite Maximus.
— Boa noite... Obrigado deixar eu dormir aqui.
— Não precisa me agradecer... Durma bem!
17/06, sábado
06:21Mal havia clareado o dia e o loiro ja estava em pé, tomando uma xícara de café enquanto planejava algumas coisas para sua candidatura a presidência da ilha. Sentado sobre o chão, no lado de fora de sua casa, aproveitando a leve luz do sol que batia em sua face, exaltando seus olhos castanhos.
Ele folhava algumas anotações, pensando em argumentos e possibilidades a discutir no próximo debate. Ouve passos leves se aproximanando, mas parece não ligar. Precisava ter total atenção no que estava fazendo, mas alguém lhe interrompeu.
"Oi tio Forever :)" Uma plaquinha amarela surge a sua frente.
— Chayanne? O que faz andando sozinho a uma hora dessas? — Abaixava suas anotações, deixando as mesmas de lado, prestando atenção no menor.
— Sozinho não. — Philza aparecia logo atrás de seu filho.
Forever encarou o mais velho, extremamente confuso. Sentiu um aperto no coração assim que ouviu sua voz suave. Parecia se perder no azul daqueles olhos, como sempre. Superar tudo aquilo não seria uma tarefa tão fácil, mesmo que ele se esforçasse. Engoliu suas emoções a seco, afinal, ele havia feito uma promessa. Fingir naturalidade era a melhor alternativa a se escolher naquele momento.
— Aconteceu alguma coisa...?
Silêncio. O mais velho olhou para o próprio filho, que também o encarava. Suspirou e se aproximou um pouco do loiro, que a cada segundo ficava mais confuso com a situação.
— Eu fui rude demais com você noite passada, me desculpe por agir assim.
— Ta tudo bem Philza, eu estou de boa com isso.
— Sabe... Não quero perder nossa amizade por conta disso. Apesar de tudo, você é uma boa pessoa. Um bom amigo.
— Ah... — Forever ficou em silêncio por um segundo, mantendo o contato visual com o mais velho - Obrigado... Fico feliz por você não estar chateado comigo.
Philza soltou um leve sorriso.
— Enfim, eu vou indo. Tenho que fazer algumas coisas com um tal alguém. - Falava isso enquanto olhava diretamente para Chayanne, que pulava pra lá e pra cá, cheio de energia as seis e meia da manhã.
Se aproximou do pequeno, dando um leve aceno para o loiro e indo embora.
07:34
— ELE ME CHAMOU DE BOM AMIGO, DE BOA PESSOA!
Forever exclamava de maneira acelerada tudo que ocorreu a uma hora atrás, aparentemente falando com Cellbit, que não estava nem ai pra ele. Richarlyson, por outro lado, escutava atenciosamente seu pai.
O objetivo inicial dele estar ali era planejar as coisas para o presidência. Mas Forever parecia que engoliu um rádio. Surtava sozinho enquanto falava de maneira apaixonada sobre Philza, enquanto Celbo tentava fazer o que era pra ele o Forever realizarem juntos.
— Forever, chega.
— EU SABIA QUE NÃO ESTAVA TUDO PERDIDO, EU SABIA! — O loiro nem se quer escuta, não importava quem interagisse com ele.
— FOREVER, CHEGA! VEM ME AJUDAR O CARALHO.
— O QUE EU FIZ?!
— Você precisa tirar esse homem da tua cabeça! Se não você vai enlouquecer! Não só você mas eu e o Richarlyson também vamos!
— Mas...
— Isso nunca vai dar certo! Você precisa achar outra pessoa!
Maximus caminhava até a sala, onde eles se encontravam. Parava na porta, coçando seus olhos. Ele havia acabado de acordar, ate porque, era impossível dormir com toda aquela confusão. Olhava ao redor, tentando entender o que estava acontecendo e o porquê daquela gritaria toda.
— Bom dia. — Maximus disse, bocejando.
— Ai ó! Já achou! — Cellbit apontava para Maximus, que encarava o mesmo confuso.
— CALA A BOCA CELLBIT!
"Você tem dois namorados pai?"
— NÃO! — Quebrou a placa de Richarlyson assim que leu.
Escondeu se rosto, envergonhado, tentando disfarçar suas bochechas avermelhadas. Após resmugar algumas coisas incompreensíveis, volta a encarar Cellbit, um tanto irritado.
— Vamo fazer o que a gente tem que fazer. E vocês. — Diz se referindo aos dois brasileiros ali presentes — Fiquem bem quietinhos.
Se sentava ao lado de Celbo, enquanto morria de vergonha. O mesmo percebeu isso, que soltou uma leve risada ao ver a reação do loiro. Cumprimentou Maximus, logo voltando ao trabalho.
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Ilusões (CANCELADO)
FanfictionO fato do amor doer é algo que todos nós sabemos. Falsos sentimentos, o vazio que nunca se completa: Isso virou parte do cotidiano do loiro. Forever está mais perdido do que nunca quando o assunto é o amor. Tantos romances, mas mesmo assim só. Afina...