Copos e confidências

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23/06, sexta-feira.
20:06

O primeiro debate presidencial havia acabado de terminar. Forever caminhava em direção a sua casa, repensando sobre o que havia acabado de acontecer. Aquele evento trouxe tanta informação em tão pouco tempo que era capaz de deixar qualquer um passar noites em claro repensando sobre cada detalhe. As poucas horas que lá permaneceram foi um verdadeiro caos.

O céu florescente refletia em seus olhos castanhos, quais transmitiam um toque de confiança. Ele sabia que havia se saído bem, por isso andava com tanta confiança.

Algum tempo depois, de relance, ele avista Maximus. Não havia falado com o rapaz desde aquela manhã, mas notou sua presença no debate, todos notaram. Mesmo não sendo um candidato, ele cobseguiu deixar tudo aquilo ainda mais marcante. Com sua caixa de som estourada, ele transmia os mais incríveis efeitos sonoros.

Max era um cara que se destacava em meio aos outros, seu jeito engraçado de ser, juntamente com sua simpatia era algo que atraía o loiro. Ele também avistou o brasileiro, com passos rapidos se aproximou, esboçando um sorriso no rosto.

— Forever! Faz um tempo que não se falamos, como anda as coisas?

— Oi Max! Ta tudo bem, até demais... — Ele riu de maneira breve — Aceita uma companhia até sua casa?

O moreno concordou. Os dois seguiram pela noite, com passos lentos. Eles contavam os vaga-lumes, conversavam sobre o debate e riam atoa, era possível sentir a sensação eufórica que contaminou seus corpos. Todo o nervosismo de horas atrás havia sumido, agora, o loiro se sentia melhor do que nunca.

Ao chegarem ao local, Forever se despediu, preparando-se para retornar para casa, porém o moreno interfiriu:

— Espere. Eu dormi na sua casa aquela noite, não acha que estou lhe devendo um pouso aqui?

— Bem... — Permaneceu em silêncio por um tempo, questionando se não havia algo importante para fazer de manhã. - Eu adoraria.

Ambos adentraram o local, ainda prosseguindo com a conversa anterior. Se sentaram sobre o sofá, qual se estendia sobre toda a parede, e ali permaneceram sobre alguns minutos. A conversa entre eles fluía de maneira inexplicável, seus ideais, mesmo que diferentes, combinavam de uma maneira impressionante, era um equilibrio perfeito.

— Ei, Forever, aceita uma bebida? — Perguntou, arrumando sua postura, já se preparando para ir até o balcão caso o rapaz aceitasse.

— Não vejo o porquê não.

O rapaz se diregiu até a bancada, pegando uma garrafa cheia de whisky. Posicionou a bebida sob a mesinha central de vidro que havia no meio da sala, ao lado dela, 2 pequenos copos. Se sentou novamente ao lado do loiro, dessa vez, um pouco mais próximo. Assegurou o recepiente de vidro, já com a bebida, tomando um generoso gole.

...

— Até hoje eu não sei o que eu fiz, mas eu fiz — O brasileiro falava, enquanto ria atoa da própria história. Max acompanhava o mesmo.

Era perceptível que os dois estavam alcoolizados. Eles continuavam rindo, as vezes nem sabendo o motivo de seu riso. O que era pra ser alguns golinhos virou garrafas inteiras, nenhum dos dois havia controle quando o assunto era bebidas.

Max estava apoiado sobre o ombro de Forever, apesar de ambos terem tido um dia incrível, ele também foi cansativo, fazendo com que sentissem mais sono que o normal. O moreno tentou verificar as horas em seu relógio de pulso, mas não estavam tão ciente para isso, então apenas ignorou.

Retirou seus sapatos e enconlheu as pernas, aconchegando-se ao lado do loiro. Seus corpos se encostavam, lado a lado, compartilhando o calor entre si. O loiro lhe observa, apenas permitindo a ação do rapaz. Eles seguiram conversando, de maneira mais leve e calma, o brasileiro se quer de mexia, tudo para deixar Maximus o mais confortável possível.

O tempo passou depressa, e ambos adormeceram ali mesmo, no sofá.

03:18

O silêncio ecoava sobre toda a ilha, o clima agradável e reconfortante era como um convite para os moradores.

Lentamente, o espanhol abria seus olhos. Demorou para raciocinar o que aconteceu nas últimas horas antes de adormecer, mesmo se esforçando, era difícil. Uma respiração calma soprava em seu ouvido e um calor diferente contaminava seu corpo, arrepiou-se ao entender a situação.

Os dois rapazes dormiam desajeitadamente no sofá, Forever envolvia seu braço ao redor da cintura do moreno, de mal jeito. Seus corpos se encontravam praticamente colados um ao outro, espremidos sobre o curto diametro do sofá. Maximus, mesmo ainda meio alcoolizado, cora imediatamente ao sentir o toque da mão de Forever. O rapaz paralisa, sem saber o que fazer, sair dali talvez fosse a melhor opção, mas jamais queria acordá-lo nessa situação constrangedora.

Permaneceu imóvel por um bom tempo. Mesmo precisando sair, no fundo, não era isso que desejava. Se aconchegou novamente no braço do loiro, adormecendo.

Ilusões (CANCELADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora