Aviso!
Oii amores,
Como vocês estão?
Vamos começar mais uma historia por aqui, mas antes queria avisar uma coisinha para aqueles que chegaram agora. Essa nossa historia tem uma certa ligação com anterior, do Namjoon, Nosso segredo sujo.
Namjoon e Seokjin são irmãos, a cena do casamento acontece lá na outra historia, nos dois primeiros capítulos. Seokjin é bastante ativo como personagem secundário.
Então quem quiser ficar 100% por dentro, recomento que leia, mas quem não quiser, não se preocupe. Farei o máximo para que não fiquem perdidos, mas algumas piadas internas estarão presentes, afinal além de irmão de Namjoon, nosso Jinzinho é o melhor amigo da cunhada.
Qualquer duvidas podem me mandar mensagem.
Com amor, Sra Park!
Há algum tempo na Austrália
Eu estava nervosa, minhas mãos não paravam de suar. Já tinha desistido de controlar a perna que não parou nem por um minuto, desde que sentei aqui, de balançar. Olhava desesperadamente para o relógio querendo checar a hora. Eu finalmente iria conhecer os meus sogros. Depois de seis meses namorando, Erick finalmente achou prudente conhecê-los. Claro que tive que insistir horrores, causar algumas brigas, mas nada disso me impediu de ficar, desesperadamente, ansiosa.
O lugar era simplesmente lindo. Um restaurante de frutos do mar, comida na qual eu mais detesto na face da terra, com uma decoração fofa de barcos e tudo que envolvia pesca. O deck a beira mar, fazia com que o vento fresco batesse nos clientes causando um frescor agradável. As mesas tinham pequenas velas, formando um pequeno arranjo no meio. Um clima mais que romântico. Surpreendente.
Erick estava com a cara enfiada no cardápio analisando cada opção. Volta e meia me olhava, checava o ambiente e voltava a analisar calmamente. Meus sogros estavam atrasados e isso começou a me deixar nervosa depois que passaram dez minutos.
- Você pode, por favor, ficar quieta? -pediu entre os dentes, quase rosnando e segurando minha perna com firmeza.
Só então percebi que esse tempo todo, enquanto balançava a perna ansiosa, meu joelho batia em sua coxa.
- Será que aconteceu alguma coisa? -ignorei completamente o seu pedido, mas certifiquei que nossas pernas agora estavam afastadas o suficiente para não incomodá-lo.
- Claro, bem provável que quando minha mãe estivesse quase pronta decidiu que não queria mais aquela roupa e começou todo o processo de novo. -fez pouco caso da demora me fazendo revirar os olhos e analisar as pessoas à nossa volta.- É só a porcaria de um jantar. Se acalme.
Quando passei os olhos pelo salão, encontrei um par de olhos castanhos me encarando. Analisando na verdade. Eram tão escuros quanto a noite e pareciam curiosos. Estava na mesa ao lado da nossa, mas sentado de frente para nós. Bem arrumado, como alguém que espera um ou uma companhia. A pele clara como uma linda nuvem e os traços orientais, fazia com que se destacasse no meio do salão.
Ele tinha uma infinidade de coisas para se observar. Olhar penetrante. Cabelos castanhos com fios muito bem alinhados. Roupa social, dando um ar de elegância, mesmo que sua camisa não estivesse completamente abotoada e desse para ver a marcação de suas clavículas. Lábios carnudos, bastante chamativos, não só pela grossura e sim por estarem perfeitamente hidratados, chegava a brilhar.
E fui me perder justamente em suas mãos. As veias principais estavam saltadas enquanto servia de apoio para seu rosto. Mesmo que estivessem dobrados, conseguia ver seus dedos compridos, que ao lado de sua, maravilhosa, boca me fizeram pecar. Eu odiava cobiçar o que não me pertencia, mas aquele cara era lindo demais para me impedir de pensar, por míseros nanosegundos em beijá-lo.
Não sei quanto tempo nos encaramos, mas sei que notou minha análise geral. Suspirou e desviou sua atenção, escondendo as mãos entre as pernas. Ri baixo achando fofo e só voltei a mim quando ouvi Erick me chamando, na verdade repetindo o que já havia dito e preferi ignorar.
- Eu vou conhecer os meus sogros, é importante para mim. -respondi calma depois de respirar fundo.
- Então deveria ter se arrumado mais. -dá os ombros com desdém depois de me medir de cima a baixo.
Meus olhos se arregalaram e um nó se formou em minha garganta.
- Eu me arrumei. -disse tentando parecer firme e engolindo a queimação que insistia em subir a minha garganta.- Mesmo sabendo que iria jantar a comida que mais odeio.
- Aqui pelo menos você come menos. -decretou fechando o cardápio e se ajeitando na cadeira.- É pro seu bem meu amor, está precisando emagrecer.
Chocada.
- Mas eu estou apenas nove quilos do meu peso ideal... -não sei como a voz saiu da minha garganta, estava indignada demais para analisar isso.
- Sabe que já estava na faixa do sobrepeso, não é amor. -disfarça uma risada.
Não era a primeira vez que ouvia esse tipo de comentário vindo dele, mas pela primeira vez, soou amargo. Instintivamente me levantei da mesa, precisava respirar um pouco, resmunguei que iria ao banheiro. Foi quando meus olhos passaram pela mesa ao lado e vi aqueles olhos castanhos, agora arregalados, surpresos com o que acabou de presenciar. Só então percebi que estava segurando o choro, porque finalmente uma lágrima me escorreu.
Justo ali e para ele, provavelmente o homem mais bonito do restaurante presenciou minha humilhação e ainda me veria chorar. Porque fui covarde demais para segurar por tempo suficiente. Em passos largos e desesperados o deixei para trás, envergonhada e destruída. Se pudesse teria corrido desesperada para o banheiro, mas preferi manter o mínimo do que eu mesma julgava elegante.
Também não sei quanto tempo fiquei ali dentro, mas foi tempo o suficiente para uma das garçonetes virem atrás de mim. Iludida, achei que Erick teria notado a minha demora, mas fiquei sem reação quando a jovem me assegurou que não foi ele. A única coisa que me fez ter certeza e crer em sua palavra foi a rosa branca que me foi estendida, junto a um bilhete. Esse não era o tipo de coisa que Erick faria para se desculpar, não sem uma caixa de bombons junto, desejando me comprar pelo chocolate belga caro e maravilhoso que derretia na boca. Abrindo o bilhete veio a certeza que não era meu namorado e também a minha desgraça completa. Estava em outra língua e só sabia que era oriental pelo tipo de desenho que eles chamam de letras.
Ironicamente, em um ato involuntário, tinha levado minha bolsa para o banheiro. Gosto de pensar que é uma mania gerada por muitas noites de balada na juventude, que não fazia muito tempo assim, afinal tenho só 27 anos. Peguei o celular e catei logo um aplicativo que traduzisse por meio de fotografia, porque eu não teria a capacidade de transcrever aquilo.
" Você sabe que a porta está aberta e a única coisa que precisa fazer é voar."
Era o que estava escrito no pedaço de papel, que era provavelmente uma folha do bloco de pedidos do garçom. Junto com alguns traços que faziam parecer pássaros voando por todo o papel. Quando li a língua de origem e vi ser coreano, pensei no meu crush momentâneo. Além de lindo, era atencioso e intocável para mim.
Ri comigo mesma analisando o vestido comprido, de meia manga e tubinho, que enfiei meu corpo essa tarde quando parei de trabalhar. Eu não me achava bonita, mas também não me achava feia. Estava mais para normal e aquele cara, sem dúvida nenhuma, não tinha motivos para se interessar por mim, a garota que foi humilhada na sua frente. As fanfics que minha cabeça estava criando me fizeram gargalhar.
Parecendo uma louca em cogitar em seguir o conselho de um estranho e achando graça dos meus pensamentos perturbados, sai do banheiro.
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Deixado para trás
FanfictionPense na situação, Você organiza todo o seu casamento, a casa onde vai morar com o seu amor, está transbordado de felicidade, aguardando ansioso pela linda viagem de lua de mel surpresa que preparou para sua noiva. E então, no dia do casamento ela s...