Capítulo Dezenove | Sob a Montanha

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ATHENA
ARCHERON

PRESENTE

4079 palavras

TENHO SAUDADES DA SENSAÇÃO DE ESTAR DEITADA EM UMA CAMA CONFORTÁVEL

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TENHO SAUDADES DA SENSAÇÃO DE ESTAR DEITADA EM UMA CAMA CONFORTÁVEL. Mas a realidade é totalmente contrária, estou deitada em cima de algumas folhas que eu improvisei como cama, está de noite porém o sono não chega, acredito que a situação não me traga conforto suficiente para conseguir dormir. Observo Madalena completamente desmaiada a minha frente, e me pergunto seriamente se ela era a pessoa em que eu devia confiar. Minhas memórias estão tão embaçadas que não sei de mais nada, ao mesmo tempo que parece estar certo a versão dela, tem algumas coisas que se contradizem totalmente. Uma outra coisa que eu não consigo tirar da mente é o fato de que; como diabos eu virei humana se era uma feérica? Isso não entra na minha cabeça. Tem tantos furos na minha própria história, eu me sinto completamente confusa.

- Cabeça nas nuvens? - Me assunto levemente com a voz de Aemond. Ele está vindo com alguns pedaços de madeira na mão que ele despeja abruptamente na fogueira.

- É. - Concordo, balançando a cabeça positivamente e me sentando para observá-lo.

- Tudo isso vai passar. - Ele assegurou, aproximando-se para ficar ao meu lado. - Prometo que as coisas vão melhorar.

- Eu deveria acreditar? Você não foi sincero comigo nenhuma vez desde que nos conhecemos. - Respondo, sentindo a indignação tomar conta do meu corpo. - Quer dizer, quando nós nos conhecemos? Nem isso eu sei.

- Athena... - Ele começa mas eu não deixo que ele continue falando, preciso descontar em alguém, preciso colocar tudo para fora.

- Não, Aemond. Não tem desculpas para isso, não faz sentido. - Dou uma risada armagurada. - Você me deixou acreditar que eu era alguém que não sou. Deixou com que eu passasse 19 anos nas mãos de uma família abusadora. Você me beijou, sabendo que eu sou sua meio-irmã. Que porra é essa? Isso é nojento.

- Eu não tive opção! - Ele diz, mantendo a calma, mas consigo ver pela sua feição que está ficando irritado. - Me perdoe.

- Você não entende, né? - Meu tom de voz aumenta levemente, os olhos se enchendo de água. - Tudo foi uma mentira. Eu nem consigo imaginar que você tem uma mente suja que concordou em fazer isso. Você me fez te amar, e era tudo uma mentira. Como você pensou que eu poderia te perdoar? Eu nunca nem te conheci de verdade. Nós fomos uma mentira. Você foi uma mentira em minha vida!

Aemond fica calado, consigo dizer que sua mente está rodando, minhas palavras pareceram o afetar. As lágrimas caem de maneira violenta dos meus olhos, eu desvio meu olhar do dele. Irritado, o menino apenas se levantou e caminhou até onde ele iria dormir, se deitou a contragosto e fechou os olhos. Respirei fundo, passando a mão no rosto, e fiquei sentada observando as chamas estalarem.

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