Capítulo Vinte e Três | O sangue preto

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A NOITE COMEÇOU ESTRANHA

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A NOITE COMEÇOU ESTRANHA. EU ESTAVA SOZINHA NO QUARTO e de repente comecei a escutar alguns gritos masculinos, eram normais esse tipo de coisa quando Amarantha estava acordada, mas durante a noite era tudo muito calado. Eu senti aquela estranheza e um aperto no coração escutando essa pessoa gritar, eu parei de respirar por um momento porque consegui sentir a dor e reconhecer aquele grito. Mas não podia ser. Por que estaria gritando? Enrolei-me no lençol da cama e trouxe o travesseiro para meus ouvidos, tentando ignorar ou abafar esses barulhos que me traziam uma péssima sensação. Faziam cinco dias desde que eu estava sob a montanha, mas a primeira vez que deixei o quarto fora hoje, junto com Aemond, comemos e eu voltei para cá. Não estarei ajudando se ficar presa, mas não tinha criado coragem para encarar a tortura que seria. Os gritos permaneceram por alguns minutos e então parou. Tirei o travesseiro do rosto, aliviada. Quem quer que estivesse sentindo dor, não sentiria mais. Virei-me na cama novamente, ajeitando o corpo para tentar de fato descansar. Meus olhos começaram a se fechar e eu comecei a deixar o sono me levar, mas então a porta abriu com toda violência.

——— Athena. — Eu escutei a voz rouca e gélida de Aemond, ele parecia choroso quando encarei seu olho e por um minuto achei que fosse ele gritando, mas reparei que ele parecia bem fisicamente.——— Eu preciso de você.

——— O que aconteceu? — Perguntei enquanto sentava-me na cama, reparando nele.

——— São as vozes. Elas voltaram, de novo. — Aemond realmente não parecia bem, eu podia ver seu corpo todo trêmulo e os olhos lacrimejando novamente. ——— Os pesadelos. Esse lugar aqui me remete muito... Eu só não consigo dormir e preciso de você.

Eu não consigo e não posso mandá-lo embora agora, por mais que essa seja minha vontade. Meu coração aperta porque é frustante que eu não consiga ver quem me fez sofrer, sofrendo.

——— Deita aqui. — Pedi, enquanto engolia a angústia de estar acolhendo alguém que eu deveria odiar. Ele não hesitar em se deitar no meu colo. ——— O que os pesadelos eram dessa vez?

——— As mesmas coisas de sempre. — O que significa que eram; a mãe dele morrendo ou ele mesmo morrendo. Aemond sempre teve esses sonhos que o levavam a loucura e faziam com que ele acordasse gritando algumas vezes. Talvez, afinal, os gritos eram dele realmente. Minhas mãos acariciaram os fios de seus cabelos com cuidado, enquanto meus olhos ficavam vidrados na porta pela qual ele entrou, eu teria ficado mais aliviada se fosse Rhysand.

——— Durma em paz, Aemond. — Murmurei em alto valiriano, simplesmente porque sentia falta dele. Sentia falta dos momentos em que eu podia cuidar de quem eu amava sem me preocupar com mais nada... Agora preciso constantemente me lembrar de que esse é o meu meio-irmão e ele mentiu para você por anos. Encostei minha cabeça na cabeceira da cama enquanto assistia ele dormir aparentemente sem pesadelos dessa vez, ele tinha dormido mesmo. Eu ia seguir pelo mesmo caminho porque faziam algumas noites que eu não conseguia de fato dormir bem com a presença de um homem desconhecido no mesmo quarto que eu.

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