Te Vi Venir

010

O dia clareou, assim como realidade estava por aparecer.

Provavelmente ela abriria os olhos e encontraria o lugar do seu lado vazio e frio.

Continuar com os olhos fechados, foi a única alternativa que ela tinha para adiar algo inevitável.

Ela não queria sofrer mais.

Porem, toques suaves em sua pele, fez com que ela se arrepiasse, mesmo sem ter conhecimento de quem os fazia.

Deus, será que havia uma possibilidade para o coração dela se encher ainda mais de alegria?

Sim, haveria. 

A risada meio rouca e o barulho de um beijo estalado na bochecha de alguém, fez com que o algo muito bom, e incrível começasse a nascer do peito de Anahí.

Duda sorrindo: Papai?

Poncho sorriu: Sim, pequena.

Duda: Por que você nos abandonou?

Poncho suspirou: É tão complicado isso pequena.

Duda passou a mãozinha no rosto de Poncho: Por que complicado papai? Você não amava a mamãe?

Poncho: Sim, eu a amava. Mas, ainda não tinha noção disso.

Duda confusa: Como assim?

Poncho sorriu: Eu amava sua mãe, mas não sabia. Precisou eu sair de perto de vocês para eu perceber que minha vida não havia sentindo sem o sorriso dela. Sem ela. 

Duda sorriu satisfeita com a resposta: Então quer dizer que você ama muito a mamãe?

Poncho beijou a testa da sua filha: Eu amo as duas Eduarda. Amo sua mãe por que ela é a mulher que eu escolheria para passar o resto dos meus dias. E amo você minha pequena, só pelo simples fato de ser minha menina. A minha filha!

Duda sorriu: Eu também amo você papai. E eu o perdôo por ter sumido. Mas, eu quero que você faça a mamãe feliz. Ela merece ser feliz. Ser muito feliz!

Poncho: Eu vou tentar pequena, se ela deixar eu vou fazer tudo o que for possível.

Eduarda sorriu e deu mais um beijo no rosto do pai, descendo da cama.

Poncho: Onde você vai?

Duda sorriu colocando as mãos para trás do corpo, escondendo-as: Vou deixa você e a mamãe serem felizes. Vou pegar meu leite e vou ver desenho.

Poncho viu a sua pequena sair pelo quarto saltitante e feliz.