capítulo 4

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  Já se passaram três dias e Heitor continua testando minha paciência.
- ouvir falar que nenhuma secretaria durou mais de uma semana trabalhando com ele - Anne fala baixinho.
- entendo elas, ele é muito arrogante, insolente e sempre testa minha paciência. Ele me faz de sua empregada e esquece que eu sou sua secretária.
- esse homem só pode ter um fetiche por fazer as secretárias se demitirem.
Dou risada do que acabo de ouvir quando Lucas passa perto de nós e tento me esconder.
- o que foi? - Anne pergunta confusa.
- esse cara que acabou de passar é amigo dele - sussurro - espero que ele não tenha ouvido o que acabamos de falar.
  - o que ele vai fazer se tiver ouvido?
- irá contar pro chefe da máfia.
Vou para o escritório de Heitor e Lucas está lá. Será que ele ouviu? Será que ele contou? Espero que não.
Heitor vira o rosto para Lucas e pedi para ele sair. Com apenas nos dois no escritório Heitor pergunta:
- quanto quer para se demitir?
O quê? - Fico assustada com a pergunta - desculpe senhor eu não entendi a sua pergunta.
- é isso mesmo que você ouviu - ele diz sério - eu perguntei quanto você quer para se demitir da empresa.
Só pode ser brincadeira. Então é por isso que as suas secretárias se demitem!?
- eu não quero nenhuma quantia senhor.
- o quê ? Você irá se demitir de graça?- ele pergunta confuso.
- acho que você não entendeu - digo séria - eu não irei me demitir por nenhuma quantia.
- te darei um prazo para pensar bem na minha proposta alexia
- não vai precisar, eu já te dei minha resposta.
Heitor sorrir e diz:
- já que é assim, eu mesmo irei fazer questão de fazer você se demitir.
O quê? Quem ele pensa que é ? Fazer eu se demitir? O que ele planeja fazer?? Bem, Não há motivos pra se preocupar não irei me demitir de qualquer maneira.
Abro um sorriso e digo
- tente a sorte senhor, se conseguir.
- está me desafiando Alexia?- ele levanta uma sombrancelha - espero que esteja preparada para amanhã. - ele disse com um sorriso desafiador no rosto.
Sai do escritório e fui para casa sem acreditar no que disse.

   Já é outro dia e Heitor não me pediu nada. Será que ele desistiu? Não, ele não desistiria tão fácil assim. Mas então o que ele está tramando?  Hoje estou trabalhando realmente como sua secretária, mas isso estranhamente me assusta.
- Heitor, você terá uma reunião daqui a vinte minutos. - aviso.
- certo, Alexia.
Alguém bate na porta e Heitor pedi para entrar:
- entre - diz Heitor.
Era Lucas. Ele se senta e eles começam a conversarem, entretanto repentinamente a partir de alguns minutos Heitor começa a me provocar e a me envergonhar na frente dele.
- massageie Lucas, Alexia - ele ordena me provocando.
- não - recuso sua ordem - eu sou sua secretária não uma massageadora de aluguel.
- errado. Você é apenas uma funcionária que deve seguir minhas ordens. É por isso que eu te pago.
Me irrito e não aguentando me calar eu falo:
- o que você ganha fazendo suas secretárias se demitirem?! - pergunto irritada - o que acha que eu sou!?
Ele se cala e ignora minha pergunta.
- prepare um café para mim - ele ordena.
- sim, senhor. - digo obedecendo, porém me aguentando para não o fazer engolir o bulle de café.
sai do escritório e depois de alguns minutos chego com o café
- aqui senhor. - coloco o café sobre a mesa.
Heitor olha para mim e diz:
- Eu não quero mais - ele sorrir - pegue este café e derrame.
- o quê!? - pergunto sem acreditar no que acabou de dizer. Ele só deve estar de brincadeira com a minha cara.
- não ouviu o que eu disse? - ele perguntou com um sorriso no rosto me provocando - eu pedi para que derramasse.
- Heitor, você já passou dos limites. O que está fazendo? - Lucas diz.
fico parada sem reação. Não acredito que esse idiota está fazendo isso. Mas já que é assim, tudo bem. Se aproximo da mesa e pego o café.
- seu pedido é uma ordem - digo derramando o café em Heitor.
- o que você pensa que esta fazendo!? - ele diz irritado com sua roupa e seu rosto sujos de café.
- te obedecendo - respondo sua pergunta com ironia - você pediu que eu derramasse o café não foi?
- então vai ser assim? - ele diz enxugando o rosto.
- se é assim que você quer - digo sorrindo escondendo a raiva que sinto - não pense que só por conta que você é meu chefe eu deixarei que pise em mim - digo olhando séria para seus olhos - se acha que eu irei abaixar a minha cabeça está muito enganado, eu não irei permitir que tire sarro de mim.
Ele escuta tudo calado sem dizer uma palavra.
-  não sei se você se lembra, mas eu disse que se você desse uma de chefão da máfia eu faria o engolir o bulle de café, bom eu posso fazer bem pior.
- Isso é uma ameaça?
- não. É um aviso.
Saí do escritório e fui tomar um ar pois eu precisava esfriar a cabeça. Eu não me importo se serei demitida após isso. Pois no fim das contas eu não me arrependo de ter derramado aquele café.  Sorte dele que o café estava frio.

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