oito.

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CAPÍTULO 8

—Minhas condolências. – disse uma senhora a Finnick e Taiya enquanto entrava no velório conjunto dos pais.

—Obrigado. – Finnick sorriu levemente, apertando a mão dela enquanto Taiya olhava entorpecida para frente.

—Deixei uma torta de peixe com Mags para vocês dois, mas me avise se precisarem de alguma coisa.

—Nós iremos. – Finnick reconheceu e a senhora atravessou a entrada e entrou no velório. Taiya fez cara feia para todos que estavam lá. Quase nenhuma dessas pessoas os conhecia ou a seus pais. Eles só queriam ver como era o interior da casa do prefeito.

—Eu não quero essas pessoas aqui. – ela sussurrou para Finnick. —Nenhum deles conhecia nossas famílias.

—Taiya, seu pai era o prefeito, todos o amavam. Eles querem estar aqui para você.

—Eles nunca fizeram um esforço quando ele estava vivo, qual é o sentido agora. – ela suspirou.

—Você tem apenas que tolerá-los, é o que seu pai teria desejado.

—Você não sabe o que meu pai teria desejado. – ela retrucou. Taiya se virou para olhar para Finnick e gemeu, passando as mãos pelo rosto. —Sinto muito. Eu não quis dizer...

—Eu sei. – ele a interrompeu gentilmente. —Eu sei. Falta apenas uma hora e depois seremos só nós dois, poderemos relaxar sem a pressão das pessoas nos observando. – assegurou. Taiya estava morando na casa de Finnick desde que seus pais morreram.

Ela não suportava ficar sozinha em sua casa grande e ele também não. Ele ofereceu para ela se mudar permanentemente, mas Taiya usaria a herança de seu pai para conseguir seu próprio lugar para morar. Ela nunca iria querer se intrometer no espaço pessoal de Finnick, mas ele era muito educado para dizer algo assim para ela.

Taiya assentiu com a cabeça, algumas lágrimas escorrendo por seu rosto.

—Aí está Theo. – ela disse quando o avistou cuidando da mesa de bebidas.

—Vou falar um pouco com ele, te encontro mais tarde. – disse ela apertando o braço dele antes de sair.

—Ei, Tay. – Theo cumprimentou quando ela veio para ficar ao lado dele enquanto ele servia bebidas de uma tigela de ponche. Ele olhou para a garota desamparada ao lado dele e olhou para ver Finnick parado na entrada, observando-os como um falcão.

—Você odeia isso? Não é? – ele perguntou e ela assentiu com um leve sorriso no rosto. Ela nunca gostou de publicidade, mas não gostaria de manchar a imagem de seu pai na comunidade.

—Annie é tão doce. – ela sorriu. —Ela me deu essas lindas orquídeas. Elas eram as favoritas da minha mãe. Acho que são o único presente que realmente aprecio. Se eu vir outra torta, vou gritar. Tudo o que Finnick e eu queríamos era uma pequena cerimônia com aqueles que realmente conheceram nossos pais. Não é um grande show que se arrasta a semana toda e envolve pessoas que nunca disseram uma palavra a nenhum deles. É um insulto.

Theo riu e beijou o topo de sua cabeça enquanto ela bocejava.

—Você está cansada? – ele perguntou preocupado, ele podia ver as bolsas abaixo dos olhos dela. Taiya assentiu antes de sair de seu aperto.

—Sim, eu mal dormi essa semana. Eu continuo vendo a explosão toda vez que fecho meus olhos. E Finnick acorda gritando com pesadelos dos jogos, então eu simplesmente não tive muitas oportunidades para descansar.

Theo olhou em volta e baixou a voz.

—Você e Finnick saiam daqui ok? Eu cuido do resto do velório. Ele parece exausto também, então voltem para a casa dele e eu vou arrumar tudo aqui. Você não precisa nem dormir se não quiser, só precisa recarregar as energias, ler um livro, nadar, meditar, só fazer algo que te acalme.

LOVE AT SEA - Finnick Odair  | pt-br Onde histórias criam vida. Descubra agora