Masquerade Game.

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Eu o olhei um pouco confusa e assustada com a intensidade daquelas palavras, o jeito que ele me olhou fez meu corpo incendiar, um arrepio percorreu minha espinha como uma corrente elétrica, quando menos vi, Dom me guiou pelo pulso levando até a cozinha, eu puxei minha mão me soltando dele o olhando com o cenho franzido.

- O que diabos você está fazendo? - eu perguntei, ajeitando uma mecha de cabelo e respirando fundo, eu continuei chupando meu pirulito, o olhando na defensiva.

- Eu que pergunto, o que a princesinha estava fazendo lá? - indagou ele, cruzando os braços sobre o peitoral.

Eu inclino a cabeça para o lado tentando entender o porquê da frustração na voz dele, eu nem havia sequer dirigido uma palavra para Dominic quando entrei na garagem, mas ver o senhor bad boy tão agitado me arrancou um sorriso torto.

- Eu só fui verificar o seu ensaio, irmãozinho. Algum problema com isso? - eu perguntei, dando de ombros, deslizando minha língua pelo pirulito de coração.

Ele bufou desviando o olhar, como se estivesse lutando contra os seus próprios pensamentos, Dominic esfregou os olhos e finalmente me encarou com uma intensidade tempestuosa e bestial, eu de repente me senti pequena enquanto encarava seu rosto.

- Não pense que pode vir com a sua mini saia e esse pirulito ridículo achando que vai ficar com os meus amigos, garota. - resmungou ele, me fuzilando com o olhar.

Ah. Ele percebeu, bom, pelo menos alguém percebeu minhas intenções, já que o próprio alvo dos meus planos não via um palmo a frente de seu baixo. Eu não me deixei abalar, apenas cruzei os braços, o encarando com imponência.

- Eu não quero ficar com os seus amigos - eu disse despreocupada - eu quero ficar só com um deles.

Dom franziu ainda mais o cenho e eu quase não consegui conter a risada divertida, ele estava completamente raivoso só com a ideia de eu estar tentando flertar com seus amigos, isso era tão ridículo... Mas completamente esperado vindo dele.

- Olha aqui, princesa. Se qualquer um deles encostar em um fio do seu cabelo, eu vou quebrar a porra dos dedos deles um por um. - explicou ele com um sorriso de canto, relaxando sua expressão com um sorriso.

Eu rolei os olhos, quem ele pensa que é afinal? Dominic some durante três anos e eu fico sem nenhum tipo de contato, agora ele volta querendo pagar de bom irmão preocupado? Ele nunca foi e nunca será isso.

- Por que você se importa? Não venha querer pagar de irmão protetor depois de dezessete anos sendo um tremendo babaca! - eu disse, o empurrando para longe, suspirando pesadamente.

- Eu estou me esforçando para ser um ótimo irmão, querida. Você não vê? - perguntou ele, cheio de escárnio na voz.

Comprimo os lábios vermelhos molhados pelo gloss brilhoso, eu esfrego minhas têmporas, me esforçando ao máximo para não o matar e ser capa do jornal como uma assassina sangue frio de meios irmãos.

- Não... Seu ego é tão grande que tapa a minha visão. E não pense que vai me controlar como uma bonequinha. - eu o desafiei, minha voz se tornando mais firme e forte.

Dominic bufou desviando o olhar para o chão, continuando com os braços cruzados, ele se aproximou vagarosamente, se colocando tão próximo que eu tive que olhar para cima para encarar seus olhos esverdeados, devido a diferença de altura.

- Okay, pequena. Eu não vou te controlar, mas caso algum deles suma e seja encontrado em alguma vala próxima eu não tenho nada a ver com isso. - murmurou ele com um sorriso serpenteando seu rosto.

- Você é insuportável, não pode simplesmente ser legal? É contra sua religião ou algo assim? - perguntei, cruzando os braços com o cenho franzido.

BLOODLINES: LIVRO UM.Onde histórias criam vida. Descubra agora