Era seis da manhã e eu estava acordada, meu coração acelerado enquanto eu tocava minhas próprias bochechas coradas violentamente, eu não acredito na ousadia daquele infeliz desgraçado...
Me sentei sobre a cama envolvida na toalha, meu corpo úmido ainda cheirando ao sabonete líquido, o aroma adocicado de morango exalando suavemente da minha pele.
Mas nem aquele banho retirava os resquícios do toque dele por todo o meu corpo, aquelas sensações intensas ficaram a noite toda na minha mente, mas eu ainda não podia acreditar na cara de pau dele. Que simplesmente saiu sem terminar o que começou.
Eu bufei de raiva me levantando decidida, ele ia se arrepender de me provocar daquele jeito, e eu farei questão de o obrigar a engolir cada gota do próprio veneno dele.
Eu vesti uma saia lápis perolada até o joelho, junto com uma blusa preta de seda e alças finas, combinando com um salto alto pontudo, eu estava pendurando os brincos na orelha enquanto resmungava me encarando no espelho.
– Te vejo na igreja... Ah, vai se lascar! – eu esbravejei baixinho quando de repente, algumas batidas na porta me pegaram de surpresa.
Estreitei os olhos, fuzilando a figura de Dominic entrando em meu quarto, ainda usando uma calça moletom preta e nenhuma camisa, ele conseguia ser extremamente sexy até com a porra do pijama dele, isso era demasiadamente injusto.
– Uau, princesa... Onde pensa que vai gostosa desse jeito? – murmurou ele com sua voz ainda mais rouca pelo sono, arrumando os cabelos com os dedos.
– Para um lugar onde você queimaria só de pisar os pés. – respondi imediatamente, ignorando sua presença e focando minha atenção em delinear minha boca com o batom.
Dom sorriu satisfeito se jogando na minha cama, aconchegando a cabeça sobre os braços como se nada o atingisse, eu revirei os olhos, terminando minha maquiagem simples e me virando para ele, cruzando os braços.
– Eu não lembro de ter convidado você pra minha cama, vaza. – eu disse, levantando a sobrancelha.
Ele fechou os olhos, se ajeitando contra minha coberta macia.
– Você não reclamou de eu estar na sua cama ontem a noite – comentou o moreno, um sorriso insuportável surgindo ainda maior.
Olhei para ele desacreditada e envergonhada, eu joguei um travesseiro sobressalente no rosto dele, tentando esconder a vermelhidão das minhas bochechas.
– Vai tomar banho, seu idiota! Você já está atrasado! – eu ordenei, apontando para a porta do quarto.
Ele riu.
– Tão nervosa... Eu posso te fazer relaxar, pequena. – provocou ele, ignorando meus comentários raivosos.
Eu bufei, rolando os olhos, peguei minha bolsinha, colocando a alça sobre o meu ombro, eu não acreditava no cinismo desse idiota, ele sabia que estava me deixando irritada e ansiosa, isso só o incentivava a continuar com as provocações. Eu cedi e nem ao menos gozei como recompensa, isso era um absurdo.
– Se você não estiver lá em baixo e pronto nos próximos quinze minutos vou mandar o papai te jogar na sarjeta. – eu comentei caminhando para fora do quarto, jogando meus cabelos castanhos para o lado.
Desci as escadas correndo, deslizando minhas mãos pelo corrimão, meus pais estavam na sala conversando sobre alguma coisa envolvendo minha tia, mas eu não prestei muita atenção e apenas me sentei no sofá branco, cruzando as pernas ainda emburrada.
– O que foi filha? Você está com uma cara... – comentou minha mãe, em um tom suave.
– Aposto que foi o Dominic de novo – disse meu pai, folheando o jornal da manhã – e ele está atrasado, pra variar.
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BLOODLINES: LIVRO UM.
RomanceDominic Van der Woodsen sempre foi sinônimo de problemas por onde passava, mas olhar para ele era como assistir um acidente de trânsito, uma curiosidade mórbida não te deixa afastar os olhos. Serena sempre soube disso e por esse mesmo motivo não sup...