Backsit 2.

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Senti o prazer se intensificar enquanto continuei satisfazendo-o com a minha boca, mesmo que o homem protestasse baixinho. A adrenalina correu em minhas veias quando notei a viatura da polícia estacionada ao nosso lado. O rosto dele totalmente em choque meio iluminado pela luz azul e vermelha me fez sentir um súbito impulso de terror que estava mais do que exposto em meus olhos. Eu não podia me levantar, não podia em hipótese nenhuma ser pega naquela situação...

Podia?

Dominic olhou rapidamente para o policial, mantendo a expressão o mais neutra possível. Por dentro, fervendo de nervosismo e uma excitação que fazia seu membro doer de necessidade. Ser visto em uma situação assim seria um desastre total. No entanto, as coisas ficavam mais perigosas quando o risco começava a valer a pena para conseguir o que queria.

Com um esforço sobre-humano, ele conseguiu controlar as próprias reações, mantendo-se o mais discreto possível enquanto esperávamos o semáforo abrir. Suas íris transitando em tons de preocupação e malícia encontraram os meus, transmitindo um aviso silencioso para que eu também me mantivesse calma e disfarçada.

Os segundos não passavam, aparentemente durando uma eternidade,  parecia que nossa cidade nunca havia visto tanto trânsito e um aparelho tão demorado quanto aquele. Fiz uma insinuação de recuo, retirando o membro dele da boca, mas logo senti a raiz de meus cabelos arder com a força do puxão, que me fez inclinar a cabeça para trás, me obrigando a o olhar nos olhos.

– Quem te mandou parar, porra? – indagou Dominic em um tom quase inaudível, sua dominação me irritava e excitava em proporções iguais, seu olhar era intenso, uma tensão crepitava entre nós dois enquanto o peso da situação deixava o ar tão denso, difícil de respirar.

– A polícia está parada aqui do lado, merda! – esbravejei o mais baixo que pude, afastando suas mãos firmes de meus cabelos castanhos, que caíram pelos meus ombros.

Ele me encarou com um sorriso que despertava todo o tipo de reação em meu corpo, era algo difícil de descrever, Dom se sentia tão poderoso e arrogante porque tinha motivos pra isso, no fundo ele sabia que tinha controle sobre cada centímetro da minha pele bronzeada.

E isso me dava nos nervos, era insuportável não ter o domínio de qualquer situação que me envolvia assim, mas sua presença era intoxicante, sua imponência em tudo me deixava rendida aos seus pés, desejando-o, o cobiçando com cada fibra do meu ser.

No entanto... Por que jogar sob às regras dele? Dominic não queria que eu parasse, então eu daria tudo que ele quisesse, mas nos meus termos.

Cravei minhas unhas em suas coxas e o recebi novamente em minha língua com todo o fervor chamuscando minhas pernas, subindo em meu ventre, me incentivando a levá-lo cada vez mais fundo.

Dom agarrou o volante e um som gutural rasgou em sua garganta, eu vi o desespero e a surpresa em um mix delicioso em suas orbes, meu coração acelerou em correspondência a isso. Minha boca subiu e desceu com intensidade, deixando que o calor envolvesse sua necessidade, ele pediu por isso, e eu nunca negaria nada para ele. Ele encarou meu rosto com uma frieza mortal contrastando com sua pele fervente, sabia muito bem dos riscos, também estava assustada. Mas estar com Dominic era o mesmo que abraçar as partes mais impulsivas de mim mesma que eu não sabia que existia, mas que sempre esteve lá. Presa no fundo da minha mente, em cada situação onde me contive, nas idas na igreja onde os noviços me encaravam com a intesidade que apenas o celibato proporcionava, me fazendo cruzar as pernas. Todas as festas do pijama com minhas amigas onde a tensão sexual explodia e entre várias palavras não ditas e vontades reprimidas eu apenas me virava para dormir.

Estando com esse maldito succubus ao meu lado eu não precisava restringir o que eu queria, e se eu fizesse? Quem iria me impedir? 

Naquele instante eu não era Serena Van Der Woodsen, eu era a vadia suja que nasci pra ser, profana, vulgar e principalmente: livre.

BLOODLINES: LIVRO UM.Onde histórias criam vida. Descubra agora