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UM GOSTO AMARGO DA VIDA.

  Se eu morresse agora seria menos doloroso do que a dor que estou sentindo. Minha cabeça prestes a explodir e os danos que causará será maior do que uma bomba nuclear. Você deve se perguntar o motivo da dor, mas sendo sincero, eu também não sei.

  Desde que contei aos meus pais sobre a minha gestação, a minha cabeça tem latejando intensidade sem me dar sossêgo. Ao falar dos meus pais a reação não poderia ser melhor. Minha mãe ficou chocada, não conseguiu falar nada, ela simplesmente me olhava como se eu tivesse dito a maior mentira de todas, e é preciso confessar que eu cheguei a pensar em dizer que era tudo uma brincadeira, mas barriga não se esconde. Meu pai riu, sorriu extericamente enquanto dizia que eu já havia feito trolagens melhores. Mas ele parou de gargalhar quando ele viu a minha expressão séria. E a situação não poderia ficar melhor quando eu disse que o pai era um cara universitário e que ainda me disse para tirar a criança.

  Claro!! Isso foi o estupim para o meu pai, a última gota do oceano para a minha mãe. No final de tudo, eles acabaram por dizer para não fazer nada contra a criança, depois de uma reunião de família onde me expuseram e comigo, todos os pecados que cometi e os que ainda nem sequer cometi...

  Meu pai foi firme ao dizer que eu não deveria deixar a escola, não importa a gravidez, eu deveria continuar a estudar. Eu deixei claro para os meus pais que eu assumiria a minha responsabilidade, vulgo, essa bebê nem que fosse para trabalhar. Meus pais não se opuseram. E eu juro que eu queria que eles fizessem isso desde o momento que eu entrei no colégio. Nunca odiei estudar, muito pelo contrário, também nunca detestei o colégio apenas eu sentia a enorme vontade de sair dele logo que entrava pelos seus portões. Mas desde que um ser abençoado dos infernos descobriu a minha gravidez em pleno dezasseis anos, aquilo ficou pior que o inferno para mim.  Deveriam ter me contado de como os adolescentes poderiam ser mesquinhos, sem noção e sinceramente se eu também era assim, eu estou me odiando agora. Com certeza o meu pai sabia e aquilo era a minha punição. Eu bem mereci!!!

  Eu fui chamado de tudo o que é nome vulgar, fui julgado até pelas pessoas que se diziam meus amigos. Meus professores passaram a ver-me como qualquer ao ponto de ser vítima de assédio e o coordenador estudantil dizer que o meu estado já dizia muito sobre mim. Aquele sim, foi o pior ano na escola. Eu não podia nem suspirar que já tinha alguém no canto me apontado o dedo. Nos balneários era o pior, garotos escrotos tentando de tudo para tocar em mim, pois como eles diziam, se eles soubessem que eu fosse tão fácil, eles já me colocariam de joelhos a bastante tempo. Foi a primeira vez na minha vida, na minha pouca vida que eu senti que já vivi o suficiente e já deveria sumir. Eu fiquei na escola até os sete meses de gestação, felizmente minha barriga não era tão grande, mas as pessoas notavam facilmente mesmo eu tentando esconder com roupas largas.

  Bem, pelo menos eu acho que o pior já passou.

  O novo ano lectivo começa daqui há duas semanas, na mesma semana que Mieun, minha filha fará um ano. Estava voltando para casa, depois de um dia exaustivo a procura de um pequeno apartamento. Embora eu não tenha sido expulso de casa e os meus pais cuidam da minha filha como se fosse deles e não neta, é notável o desconforto em relação a mim, ou talvez seja a apenas coisa da minha mente que nos últimos anos vem sofrendo julgamento de todos as formas e até mesmo de cães. Ninguém merece.

  E como tudo tem um limite, eu sinceramente já passei do meu e não aguento mais. Eu não podia mais sair, se eu disser que estou indo para a casa do meu melhor amigo, meu pai dizia "para voltar esperando um bebê novamente?" E isso acabava com todas as minhas vontades de sair. Se eu chegasse tarde da escola, minha mãe fazia incontáveis perguntas, pedia para eu tirar o uniforme para ver se não tem marca de chupoes no corpo. Eu sabia que a confia que haviam me dado morreu, mas eu estava cansado. Procurava um apartamento que dava para as poupanças que eu fazia que também não eram muitas, mas eu também não queria pedir dinheiro nos meus pais, afinal, como eles mesmos dizem eles gastam dinheiro com pessoas de confiança. Enfim...

Pais Im (perfeitos) • Jikook Mpreg Onde histórias criam vida. Descubra agora