♡0.8♡

112 19 17
                                    


O QUE OS OLHOS NÃO VÊEM,  O CORAÇÃO NÃO SENTE. 

   Não era tão tarde da noite, o garoto carregava uma mochila nas Costas, arrastava uma mala com a mão esquerda e por cima dela uma bolsa com desenhos infantis e com a mão direita, ele segurava as mãozinhas gordinhas enquanto a bebê estava deslumbrada e eufórica com os próprios passos. Eles andavam a passos de tartaruga. O clima fresco só aumenta mais a melancolia daquele momento, do sentimento do mundo ter parado e que você estava a beira de se perder nele junto a uma música que parecia ser feita para você. Era assim que Jimin estava se sentindo. Um protagonista que a vida fazia questão de maltratar.

  Parando em uma parque perto da casa do melhor amigo, ele pensou que aquela era uma boa decisão. Afinal, sua mãe já deveria ter ligado e todos sabiam que era o primeiro lugar para onde ele iria. Sentando no banco e ajeitando sua filha nele também, ele viu um jovem casal. Não de sua idade, mas também não acima dos trinta. Aquilo o doeu, porque por algum momento ele pensou em Seojoon. Era tão estúpido como ele ainda pensava aquilo e mesmo se condenando ele não conseguiu afastar os pensamentos porque querendo ou não o nosso primeiro amor ou seja lá o que tinha com aquele cara o marcou. Foi dele que veio a primeira sensação de borboletas no estômago, foi para ele o primeiro sorriso bobo, o primeiro cara que o elogiou e o fez sentir amado romanticamente. Partilhou a sua pureza e recebeu um eu te amo na sua primeira vez.

   Talvez não foram palavras vazias ou falsas. Talvez Seojoon realmente o amava ou pelo menos amou no início. Mas isso já não importava. E mesmo que Jimin o pagasse em sua memória, ele era o outro pai de seu amor e querendo ou não, ele sempre faria parte de sua vida. Afinal, Park Mieun carregava seu pai em sí e principalmente, no sorriso.

— Papa...

— Hm...— encarou a filha que apontava para o chão e lutava para descer do banco. — Quer brincar? — a bebê sorriu alegre quando foi posta no chão e jimin se levantou também.

   Montando um cenário imaginário em sua cabeça, ele começou a apanhar algumas folhas no chão imitando a filha e depois atirando-as no ar só para ver a criança gritar de alegria. Ele repetiu aquela acção mais de três vezes, brincando com a filha que curava o buraco dentro de si com cada risada. Ele se afastou e chamou pela filha a incentivando a caminhar até si como fazia quando a garotinha começou a dar os primeiros passos. Mieun correu. Caiu duas vezes, mas se levantou sozinha e continuou até chegar no pai e receber um abraço e um beijo de esmagar as bochechas. E pai e filha nem se aperceberam que viraram o centro das atenções entre as poucas pessoas que também estavam no parque.

Mas que diferença faz?

— Jimin! — ele se virou ao ouvir a voz conhecida. O garoto sorria mínimo, os cabelos bagunçados, as mãos nos bolsos e o ar um pouco abatido.

— Oi, Taehyung! — sorriu minimamente também.

— Sua filha? — a pergunta foi involuntária. Antes mesmo de esperar uma resposta, ele se abaixou e sorriu quadrado para a bebê. Tocou os seus cabelos, bochechas e para Taehyung aquele rosto era familiar. Jimin assentiu . — Ela muito fofa! — disse sincero.

— O que fazes aqui?

— Eu não queria ficar em casa sozinho. — a muito tempo que o seu pai havia se entregando ao trabalho desde que voltou para casa após o pequeno desentendimento. E ele se sentia culpado por isso. — E você?

— Eu saí de casa!

— Estava tão ao ruim assim? — pela amizade que cultivaram há um ano era certo Taehyung saber um pouco do que passara. E também, o que Jimin não dizia ele arrancava de sua prima. Afinal, estar perto de Park era algo bom.

Pais Im (perfeitos) • Jikook Mpreg Onde histórias criam vida. Descubra agora