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UM ANO DEPOIS...

  
   O último ano de Park Jimin passara rápido ao seu ver. Mesmo que muita coisa não havia mudado. Após a carta e as flores do dia do acidente há um ano atrás, as coisas com os seus pais melhoraram um pouco, mas infelizmente, isso não durou mais do que alguns meses até que seu pai encontrou uma mensagem comprometedora ao olhar do mais velho em seu telefone. Mal sabia ele que era uma brincadeira de mal gosto dos rapazes de sua turma que viviam o assediando. Desde então, novamente, tudo voltou a ser como era desde o início da gravidez. Mas não importa.

Park Jimin já não se importava.

   A parte boa para o mais novo, era que não tarda ele sairia daquele inferno e se a vida lhe for justa, talvez começaria a sua independência com os planos mirabolantes de seus melhor amigo, Jung Hoseok. Ele queria muito tentar. O que falar do amigo? Bem, o último ano não fora tão bom para os dois, pois os pais do mais novo ainda não permitiam a ida do amigo para a sua casa e vice-versa. Claro que eles tiravam um tempinho entre as aulas para fugirem juntos com Mieun para aproveitarem a companhia um do outro, até que seus pais descobriram. Então, os últimos meses antes do final do ano, Park Jimin se viu em seu quarto mais uma vez, apenas com Mieun que já balbuciava algumas coisas.

   No início do ano novo, Jimin permitiu a aproximação dos primos Jeon's e internamente se perguntou o motivo de não ter feito isso antes. Jeon Taehyung era alguém gentil, sempre que o via, Park Jimin sentia como se pudesse carregar o mundo só com aquele sorriso quadrado no rosto do mais novo. Se tornou alguém especial. Namra, era uma garota altruísta e Jimin a admirava por isso. Ele gostava de como ela era forte em seu posicionamento, seja a defesa ou contra algo. Apreciava toda vez que ela se oferecia para o ouvir sem hesitar, da forma que o ajudou com seu melhor amigo ou as pequenas visitas que com o tempo se tornaram frequentes em sua casa. E então, em pouco tempo, Jimin construiu amizades que se tivesse sorte, talvez seriam para vida.

   Agora, em seu quarto, sentado diante de sua escrivaninha e com sua filha no colo, Park preparava os temas para sua defesa final, mesmo que ainda faltasse um bom tempo até la. Pousou a caneta e olhou para a filha.

Ele sorriu.

— A cada dia que passa, você é mais aparecida com aquele idiota. — ele arregalou os olhos pela fala e Mieun imitou a reacção. — Claro que não! — sorriu por achar a bebê fofa. — Você com certeza tem um cérebro!

   Ele ouviu a risada fofa da bebê de quase dois anos, como se ela tivesse entendido o que  seu pai dissera, e Jimin gargalhou junto até sentir lágrimas molharem suas bochechas.

— A parte boa de enlouquecer é que tenho você como minha cura. — beijou os cabelos negros. — Você se tornou a minha vida!

   A porta de seu quarto se abriu de forma repentina. Era seu pai. Park se levantou já começando a ofegar. Seu pai não entrava em seu quarto desde que soube da gravidez, então, para Park aquilo não deveria ser bom. Ao passo que seu pai se aproximava, ele se afastava. De cabeça baixa, ele não se atreveu a continuar olhando quando seu pai fechou a porta.

— Como você está, meu amor?

  Com uma voz infantil, o vovô se dirigiu a neta que voluntariamente esticou os braços para ser carregada pelo homem mais velho, que assim que a recebeu a encheu de beijos. Os dois sorriram e Jimin como estátua em seu quarto quis chorar. Ele ao presenciar tal cena mais uma vez, como de outras vezes, ele sentiu ciúmes de sua própria filha. Dois anos atrás era só ele no olhar de seus pais. Era o único filho, tinha toda a atenção e o amor deles, mas ele já não sentia o mesmo. Então, mesmo que aquilo lhe doesse no seu interior, que lhe levasse mais um pouco de si, ele estava grato por seus pais não tratarem sua pequena como tratam a ele. Ele fungou, não tão alto, mas o suficiente para o pai o prestar atenção.

Pais Im (perfeitos) • Jikook Mpreg Onde histórias criam vida. Descubra agora