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"Assim como as estações mudam, nós também evoluímos. Cada capítulo da vida é uma página em branco esperando para ser preenchida com as cores da nossa experiência e os traços da nossa essência." - Moonin21

D

uas semanas depois...

O sol começava a se pôr no horizonte quando Park finalmente avistou a casa onde passara tantos anos de sua vida. Cada passo em direção à porta da frente era uma mistura de nervosismo e determinação. As lembranças dos conflitos passados com seus pais ressurgiam, mas algo dentro dele o impelia a seguir em frente.

Ao adentrar a sala, o cheiro familiar da infância invadiu suas narinas, trazendo consigo uma onda de emoções há muito tempo reprimidas. Seus pais estavam sentados à mesa, e ao vê-lo, seus olhos se encheram de surpresa e esperança.

As palavras pareciam travar na garganta de Jimin, mas ele sabia que precisava falar. Lentamente, as histórias não ditas foram se desenrolando, as mágoas sendo expostas e os arrependimentos se transformando em perdão.

À luz das velas, numa atmosfera carregada de emoção, Jimin e seus pais encontraram espaço para a vulnerabilidade e a compreensão mútua. Ali, naquela sala repleta de memórias e cicatrizes, nasceu um novo capítulo baseado no perdão e na reconstrução dos laços familiares.

Ao final da noite, abraços foram trocados, lágrimas derramadas e palavras de amor e perdão ecoaram pelos corredores da casa. Jimin percebeu que o verdadeiro lar não era apenas um lugar físico, mas sim o abraço acolhedor daqueles que o amavam incondicionalmente.

E assim, naquela noite iluminada pelas estrelas e pela reconciliação, Park encontrou não apenas o caminho de volta para casa, mas também o caminho para curar as feridas do passado e construir um futuro baseado no amor e na aceitação.

Enquanto a noite avançava, Jimin e seus pais se sentaram juntos à mesa, compartilhando histórias e lembranças antigas. A chama da vela dançava suavemente, iluminando os rostos marcados pelo tempo e pelas experiências vividas. O perdão pairava no ar, criando uma atmosfera de renovação e esperança.

Conforme a conversa fluía, Jimin percebia que o perdão não era apenas um ato de libertação para seus pais, mas também para si mesmo. As correntes do ressentimento e da mágoa que o haviam aprisionado por tanto tempo começavam a se desfazer, permitindo que um novo entendimento e conexão surgissem entre eles.

Os olhares trocados entre mãe e filho revelavam uma profunda gratidão e amor mútuo, enquanto o pai expressava seu arrependimento de forma silenciosa, mas eloquente. Cada palavra pronunciada era um passo em direção à cura das feridas do passado e à reconstrução do vínculo familiar.

À medida que a madrugada se aproximava, Jimin percebeu que aquele momento representava não apenas um retorno físico para casa, mas também uma jornada de redescoberta e transformação interior. O perdão não apagava as cicatrizes do passado, mas permitia que novas histórias fossem escritas sobre elas, repletas de compaixão.

E assim, na quietude da noite, sob o brilho tênue da lua, Park encontrou a paz que ele não pensou em encontrar no mesmo lugar onde foi um inferno.  O perdão não era o fim da jornada, mas sim o início de uma nova etapa repleta de possibilidades e amor incondicional.

Cada memória compartilhada era como um fio invisível que os unia mais uma vez, criando um novo tecido de compreensão e afeto. As sombras do passado foram lentamente dissipadas pela luz da verdade e da aceitação mútua. Seus pais, por sua vez, abriram seus corações para acolhê-lo de volta, demonstrando que o amor verdadeiro é capaz de transcender as mágoas e os equívocos do passado.

Com um sentimento de paz e renovação interior, Park abraçou seus pais com força, sabendo que aquele era apenas o começo de uma nova jornada juntos, mais forte e unida do que nunca.


D

ias depois...

Após voltar para a casa dos pais, Park não conseguia tirar da cabeça os momentos que passou com Jeon. Seus pensamentos voavam para todas as situações que o faziam estar lado a lado com o mais velho.  Em especial, aquela tarde no hospital, onde riram juntos e trocaram olhares cheios de significado.

Enquanto ajudava sua mãe na cozinha, Jimin se via sorrindo sozinho, lembrando da maneira como Jeon bagunçava sua mente e como seu sorriso iluminou tudo ao redor. Cada gesto, cada palavra trocada entre eles parecia ter marcado profundamente o coração do jovem.

À noite, deitado em sua cama, Jimin revivia cada momento compartilhado com Jungkook, mesmo na sua maioria sendo triste. A forma como seus olhos se encontravam timidamente,  a sensação de conforto ao lado dele. Uma mistura de borboletas no estômago e um desejo crescente de estar novamente perto daquele que mexia tanto com seus sentimentos.

Enquanto a lua brilhava lá fora, iluminando levemente o quarto de Park, ele percebeu que algo havia mudado dentro dele. Uma nova emoção pulsava em seu peito, uma sensação desconhecida e ao mesmo tempo tão intensa que o fazia ansiar por mais momentos ao lado de Jeon.

E assim, entre lembranças e sentimentos confusos, Jimin adormeceu naquela noite, com o rosto de Jungkook permeando seus sonhos mais profundos.

— Durma mais um pouco... — Jimin ouviu o pai dizer, assim que abriu os olhos. Ficou confuso.

— Aconteceu alguma coisa, pai? — sentou-se rapidame na cama. O pai negou

— Sua mãe levou a Mieun para a consulta. Você estava dormindo e eu não consegui sair. Estava como saudades... — mesmo depois de uma semana que o filhos voltou para casa, o mais velho ainda ficava com receio de não o ter por perto novamente. — Estava tão vazio sem você, meu pintinho amarelinho. — acariciou as bochechas do filho.

— Eu sinto muito. — o pai negou.

— Está tudo bem! Você está aqui!— Jimin assentiu. — Arrume-se! Vamos sair.

Eles saíram uma hora depois...

Foram para Yeouido Park. O local onde pai e filho visitavam juntos. Jimin já nem se lembrava a última vez que esteve aí, mas ainda assim, ele se sentiu nostálgico. A paisagem traziam lembranças da época em que o mundo era tão doce quanto o sabor do seu doce favorito. Onde ele era quem era cuidado e não quem cuidava.

— Hoje, seja a criança que fora obrigada a crescer. — o pai disse, segurando a mão do filho. — Abrace-se, Jimin!

E ele o fez...

Park Jimin, abraçou a si mesmo naquele dia. E foi o refúgio na qual procurava. A sua criança, estava finalmente sendo abraçada pela única pessoa que conseguiria a curar...

Ele mesmo...





Tá aberto o carrinho para abraços nessa escritora. Estou precisando...

Pais Im (perfeitos) • Jikook Mpreg Onde histórias criam vida. Descubra agora