Capítulo 9: Eventos Estranhos

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 Tom 


Havia se passado uma semana e nada de Jully acordar, estávamos ficando preocupados. Seus pais haviam voltado, passaram no hospital pra ver como ela estava, mas nem falou conosco e logo foram embora. Eu queria saber como eles conseguem tratá-­la dessa forma, uma menina tão doce como ela, não merecia ser tratada assim. Não se passaram nem três dias e eles já foram viajar, parece que eles estavam com uma casa em Paris e pretendiam se mudar pra lá de vez.


As coisas por aqui andavam estranhas, ataques de animais surgiram e agora havia um toque de recolher, o medo estava instalado nas pessoas. Eu e Bill nos revezávamos nas rondas pra tentar descobrir o que era, mas nunca conseguíamos pegar nada suspeito. O mais estranho é que não havia um cheiro, nada que possamos ter uma pista do que era. Se realmente for algo sobrenatural, sabia muito bem se camuflar.


Eu estava perdido em meus conflitos internos quando ouço algo que me fez pular em alerta da cadeira. Um coração batia forte, a respiração estava pesada e quando meu olhar se atreveu a pousar na figura deitada sobre a cama, eu entrei em pânico. Jully estava dando sinal, mas ela parecia estar apavorada, era como se ela estivesse sonhando com algo que a deixa completamente apavorada e não demorou muito para que meu celular tocasse.


_ Está acontecendo algo com a Jully? Posso te sentir e não estou gostando do que você está sentindo! – Bill disse parecendo nervoso.


_ Não sei ao certo... Consigo ouvir as batidas do coração dela, mas algo não está bem. Ela parece estar apavorada.


_ Fique com ela mais um pouco, estou atrás de algumas informações que recebi. Parece que algumas pessoas viram algo suspeito e eu estou indo investigar.


_ Você tem algum palpite?


_ Pelos depoimentos sim, mas tem algo que não bate... O cheiro.


_ Como assim? – Eu disse sem entender.


_ Pelo que tão falando, algumas pessoas viram algum tipo de cachorro enorme pelas redondezas.


_ Então poderia ser um lobisomem?


_ Sim, mas não sentimos o cheiro de nada e isso que está me deixando intrigado. Se for, como ele está conseguindo se camuflar? Não pode ser magia, pois se não sentiríamos também.


_ O que é que atacou a Jully está a fazendo ter pesadelos com isso... Vá logo e vê se descobre algo. Não sairei daqui até ela acordar ou você chegar.


_ Fique atento a tudo, quem sabe descobrimos algo.


_ Pode deixar... Boa sorte irmão.


_ Obrigado. – Ele disse em um sussurro.


Eu queria pode ajudar mais, mas do jeito que estava era impossível eu fazer algo e isso me quebrava por dentro. Desde o que aconteceu eu não consigo descansar tranquilamente. Tenho medo de baixar a guarda e algo de ruim acontecer.


Os quatro patetas sempre aparecem por aqui depois das aulas, mas todos os dias é a mesma coisa, ninguém tem notícias do imbecil do Bruce, a polícia andou fazendo algumas perguntas a Bill, mas ele conseguiu driblar todos com uma ajudinha minha, mas até quando eu estaria aqui para ajudá-­lo?


― Adrian... ­ Jully sussurrou de repente. ­ Não os machuque... Por favor...


Logo me aproximei dela e pude ver uma lágrima correr por sua face.


― Jully... Acorde por favor... Precisamos de você aqui. ­ Eu disse ao seu ouvido. ­ Não nos deixe... Te amamos tanto...


― Tom... Bill... Amo vocês...


Nisso o aparelho começou a fazer um som estranho e uma linha reta apareceu no monitor e não demorou muito para que algumas pessoas entrassem pela porta gritando.


― Jully! ­ Gritei desesperado, mas logo um homem começou a me afastar dela. ­ O que está acontecendo?


― Se afaste senhor, deixe­-nos fazer o nosso trabalho.


Não sei quanto tempo se passou, mas para meu alivio o coração de Jully voltou a bater forte, nunca achei que ficaria feliz de ouvir esse som e pra minha surpresa, ela finalmente havia acordado, mas algo nela havia mudado, mas eu ainda não sabia o que era.


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