Love Storm (Payu & Rain)

Palavras Não São o Mesmo Que Ações

— Não aceito. — O professor recusou.
— Mas eu terminei na hora, Professor.

Na área da sala do professor, Warren estava de pé em frente a uma mesa. Em suas mãos há a tarefa que ele completou no horário estabelecido, porém não conseguiu entregar a tempo porque dormiu demais.
De jeito nenhum ele chegaria às 8h30 na universidade,
quando saiu de casa às 8h15. Mesmo que o carro não parasse e as ruas não estivessem congestionadas, ainda precisava
encontrar uma vaga para estacionar. Quando subiu correndo as escadas do prédio, os ponteiros curtos do relógio estavam quase apontando para as nove. Chegando na sala de aula, o professor já havia começado a lecionar. Depois de respirar fundo, ele entrou e perguntou se podia entregar o trabalho. A outra parte olhou para ele com olhos ferozes e pediu para encontrá-lo em sua sala durante o intervalo.
Agora Warren abaixou a cabeça com medo extremo.
Quando Rain insistiu que ele terminou a tempo, o professor perguntou:

— Quando eu pedi essa tarefa, qual foi o prazo dado?
— Uma semana. — Respondeu o menino em voz baixa.
— E que horas deve ser entregue?
— Oito e meia.
— Exatamente. Por isso não aceitei a sua tarefa.
— Mas eu fiz na hora, Professor.

Rain ainda estava tentando convencer o outro. Mesmo com a esperança desvanecida, em seu coração ele recitou todos os feitiços que aprendeu em sua vida para que o professor tivesse pena dele, entretanto…

— Não importa se fez a tarefa na hora, se fez certo ou não. Você tem que entregar na hora.

O professor disse com firmeza. Ele não gosta que os alunos se atrasem no envio de tarefas, mesmo que afirmem ter terminado a tempo. Coisas assim acontecem todos os anos e ele acha que todos os professores podem confirmar isso também.

— Não se esqueça que todos os seus colegas têm o mesmo tempo que você, isso significa que eu não posso aceitar. Você tem que assumir a responsabilidade e ser responsável por si mesmo, então por que eu deveria te dar uma nota?

Em seu coração, Rain esperava que o professor não tirasse a sua nota inteira. Pelo menos metade do valor ou só um pouquinho, vai ficar tudo bem. Mas está claro agora... Ele não aceitará essa tarefa.

— Professor, eu sei que a culpa é minha. Mas, por favor, só desta vez...
— Pergunte aos seus veteranos se alguma vez lhes dei uma exceção. Se eu der, quantas vezes tenho que fazer isso?

O professor disse com firmeza e continuou:

— Todo mundo tem a mesma quantidade de tempo. Cabe a cada pessoa como eles escolhem gerenciá-lo. Se eles não podem fazer isso, têm que aceitar os resultados. No trabalho real, nenhum cliente vai querer ouvir desculpas se atrasou por sua causa. Acordar tarde, o carro estar preso ou o cachorro estar morto. Você só tem que entregar o trabalho.

O professor pode não usar palavras duras, mas o significado toca o coração do ouvinte até o fim.
Os seus olhos começaram a se encher de lágrimas.

— Eu...
— Mesmo que você chore, eu ainda vou dizer que não vou
corrigir o seu trabalho.
— Desculpe.

Rain não queria mostrar a ninguém a sua fraqueza, porém
estava experimentando isso pela primeira vez em sua vida.
A expressão do jovem que abaixou a cabeça, segurando as
lágrimas com os ombros trêmulos, fez com que o professor da turma falasse com voz suave, contudo optou por falar de forma direta e honesta.

— Se não aguentar só por causa disso, como vai sobreviver depois? Vou te dizer algo para que você possa pensar sobre isso. Se está triste agora e desiste, como vai manter o seu emprego depois de se formar? Ou como vai sobreviver ao segundo, terceiro, quarto ou quinto ano da sua graduação? Muitos dos veteranos que se formaram passam por coisas muito mais difíceis. Não vou aceitar ou corrigir o seu dever de casa.