Love Storm (Payu & Rain)

Doce Presente

No quarto, Warren caiu num silêncio assustador. Se uma agulha caísse, o jovem provavelmente ouviria um som alto e estrondoso.
Os seus sentidos morreram ao ouvir as palavras do Payu...
Acabou o tempo.
— P’Payu.
Isso não apenas o cortou.
Rain implorou. Não diga isso. Não deixe nossa história terminar sem um começo.
O bandido enfatiza mais uma vez, fazendo o ouvinte sentir que o chão está inclinado:

— Acabou o tempo para você me conquistar.

Isso não me machucaria o suficiente?
O doente tinha uma expressão dolorosa no rosto. Não uma dor física, porém uma expressão de um coração que iria quebrar por causa do homem que ele conhecia há mais de dois meses. A pessoa que ele odiou desde a primeira vez que ouviu o
nome, mas ao mesmo tempo era a mesma pessoa que ele admirava até a morte. O homem que tenta vencer em tudo e que influencia o seu coração.
Se lembrou de que Payu sempre dizia que não pensava em nada. Payu nunca hesitou ou enfraqueceu o coração dele. Rain era o único que pensava demais. Há significados que não
precisam ser expressos no ato de fazer amor um com o outro.
Ele achava que Payu sentia o mesmo quando o abraçava, o beijava e o tocava.
Se você não pensa em nada, por que me deu esperança?!
Ou estou apenas sendo estúpido?
No final, ele era apenas um garoto estúpido, como Payu dizia o tempo todo.
O pensamento fez o olhar de Rain cair em seu colo. As suas
mãos caíram impotentes pros lados. A sua força, teimosia e vontade de vencer desapareceram completamente. Com lágrimas claras escorrendo por seus olhos quentes, ele estava pronto para cair a qualquer momento.
Ele acabou de perceber... que gosta do P'Payu.

— Porque eu mesmo vou correr atrás de você.

De repente, o seu rosto pálido se ergueu para encontrar os olhos da outra pessoa que inesperadamente disse isso.
Algumas palavras o fizeram ver a luz no fim do túnel. A mão que ele deixou cair ao seu lado tremia, querendo estender e agarrar o braço da outra pessoa. Entretanto, estava com medo de partir o seu coração de novo, pois não seria capaz de resistir.

— P’Payu.

Rain era apenas um garoto estúpido que repetidamente mencionava o nome da outra parte.
Payu pousou a mão na bochecha branca do Rain e a acariciou suavemente. O seu rosto ainda estava calmo e gentil, os seus olhos afiados brilhavam amorosamente com ternura, e um doce sorriso apareceu em seus lábios.

— Não aja assim. Ainda não terminei de falar.
— O que você quer dizer? Está brincando novamente? Não é engraçado. Não vou ficar bravo se você não gostar de mim. Não vou acreditar que somos mais do que apenas veterano e calouro. Não me machuque assim. Eu tenho um coração! Você acha que eu posso suportar que me machuque?

Disse a pessoa deprimida, então começou a soluçar enquanto o mais velho agarrava as suas duas bochechas.
Uma figura alta se aproximou, ignorando o movimento para o qual ele desviou o olhar. Ele inclinou o rosto até que a sua testa estivesse muito perto para fazer contato visual.

— Vou dizer de novo, Rain, ouça com atenção.
— "..."
— Você não tem mais tempo para me conquistar. Então agora eu que vou te conquistar. Você pode ouvir claramente?

Surpreendentemente, um minuto atrás, ele sentiu como se estivesse caminhando à beira de um abismo. Contudo, quando ouviu a voz profunda falar claramente, o seu coração inchou a tal ponto que era como se ele tivesse voado pro céu.
Ele deveria gritar, socar o seu rosto ou chutar esse bandido.
Porém, em vez disso, o menino colocou a sua pequena mão na grande mão que estava pressionando o seu rosto com força e chorou com as suas palavras.

— Eu não estou pensando sozinho, estou? Não estou sentindo isso sozinho, estou?

Payu cutucou a ponta do nariz do coelho de olhos vermelhos.