Declaração de Guerra

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O sol da manhã brilhou através da janela transparente
para o pequeno quarto, revelando dois homens dormindo
profundamente em uma cama macia: um cara bonito com cabelos na altura dos ombros e uma figura jovem de pele branca. Esse último se moveu tentando liberar os braços pesados que
descansavam em seu estômago.

— Mama, você pode ligar o ar-condicionado pro Pequeno
Rain?

Havia alguém chegando muito perto dele, o que fez a
temperatura sob o cobertor ficar mais quente que o normal. O
garotinho murmurou baixinho se recusando a abrir os olhos,
apenas se virou para encontrar seu travesseiro favorito com as
mãos.
Hoje o travesseiro estava um pouco mais duro que o
normal. Mas enfim, estou tão cansado. Ontem à noite foi um
problema…

Rain: “...!!!”

Você já abriu a boca para gritar bem alto, mas nenhum som
saiu?
Esse era o estado atual do Warren, quando abriu os olhos
para vislumbrar uma visão chocante.
Com o trabalho dele, não ficou surpreso por essa pessoa ser
muito forte.
Rain se lembrou que, na noite passada, estava sentado
abraçando um travesseiro no sofá, enquanto o outro se
arrastava pra cama. Porém acordou para encontrar alguém que disse que ia dormir longe e agora estava a menos de um
centímetro de distância. Seus olhos se arregalaram e ele
prendeu a respiração, até que o seu rosto ficou vermelho.
Como eu cheguei aqui!?
Estava cobrindo-o como uma estátua de pedra. Ele não
tinha medo de se mexer e sim que a cobra gigante acordasse.
Seu cérebro tentava pensar rápido, mas estava em branco.
Ele não conseguia entender: como foi dormir sob o corpo desse velho narcisista louco?
Não, não se pergunte como você conseguiu dormir aqui.
Você tem que perguntar... Ele fez alguma coisa?
Isso mesmo.
Warren fechou os olhos e levantou o cobertor por alguns
segundos antes de abrir um olho aterrorizado ao se lembrar de
ter ouvido histórias de bêbados acordando sem saber com
quem estavam dormindo. Entretanto ele não tocou em uma
gota de álcool e jurou que, se sobrevivesse hoje, nunca mais
tocaria!
O menino tomou uma resolução e decidiu abrir os olhos
para ver.

- Hummmm, estou seguro.

Ele soltou um suspiro que estava segurando por cerca de
um minuto. Quando levantou a mão viu que, debaixo do
cobertor, ainda estavam todas as roupas no lugar - tanto em seu
corpo quanto nas do desgraçado que ousou colocar a mão em
seu estômago.
Rain prendeu a respiração novamente e congelou quando
ouviu uma risada alta acima da sua cabeça. Sem ter que
perguntar, sabia de quem era a voz.
Há duas pessoas neste quarto. Era a voz do fantasma de
ontem à noite! Porra!

— Só porque você está completamente vestido não
significa que você sobreviveu na noite passada.

As palavras do Payu foram o remédio pro seu choque,
porque assim que ouviu, Rain recuperou seus sentidos
empurrando o peito da outra pessoa com força e olhando para
ele. Mas foi recebido com um olhar deslumbrante e astuto, e os
cantos da boca dele erguiam. Enquanto isso, ele estava
profundamente ferido…

— Me solta!!!

Rain lutou com o melhor da sua habilidade. Felizmente,
desta vez, não tinha o controle humano sobre ele. Mas...
Quando o outro não toca nele e ele se contorce, o resultado
é... o pequeno cai da cama!

— Se você gosta de dormir no chão, é só dizer.

A pessoa na cama não ofereceu nenhuma ajuda, apenas se
moveu para a beirada da cama, a sua cabeça descansando em
seu braço olhando para ele com um olhar divertido - fazendo
com que o jovem ficasse ainda mais zangado e constrangido. Ao tentar se levantar, Rain passou as mãos pelas nádegas.

— Você é tão mau.

Os olhos dele estavam carregados de lágrimas, que fizeram
os olhos do veterano brilhar.

Love Storm (Payu & Rain)Onde histórias criam vida. Descubra agora