Love Storm (Payu & Rain)

Punição

A insolação pode ocorrer por vários motivos. Rain tinha aprendido que ele poderia ficar vermelho igual a um tomate imediatamente quando estivesse próximo do Payu, então ficaria mais vermelho quando o tocasse mais perto. Entretanto, havia esquecido que uma das razões que causavam os sintomas de sudorese, tremores, calafrios e temperatura alta era... febre.
Bom! Não foi por ele me beijar na boca que me deixou tonto.
Estou com febre!

— Hah, isso é loucura.

O garotinho sussurrou enquanto levantava o cobertor para cobrir os seus ombros. Isso é ruim, mas também há dor no corpo. Não sei como teve energia para ir para casa esta manhã quando terminou de falar com sua mãe. Ele ficou tenso no sofá até agora, passou mal e teve febre enrolado num cobertor encharcado.
Muito, muito mal.
Estes são os pensamentos da pessoa enrolada.
P’Payu saberá que estou em casa?
Quando você pensa em outra pessoa, não quer agir como uma criança mesmo que queira reclamar. Rain sabia que tinha crescido, porém quando se sentia mal, o seu coração pensava na pessoa que ele mais queria. Todavia, era a pessoa que ele havia evitado. Então, agora, não podia deixar de pensar que, se ele ainda estivesse na casa dele...
P’Payu iria limpar e cuidar dele.
Já a sua mãe?
“Ah, toma o seu remédio e vai dormir”. Depois que ela lhe deu o remédio, foi embora.
Eu sabia que Payu não faria isso.
Sim, você não precisa se preocupar, porque somos apenas amigos.
Rain pensou enquanto adormecia de novo, sem ouvir as
ligações silenciosas. Desta vez, em vez de apenas 8 chamadas
perdidas, chegará ao número 20.

— Muito obrigado! Eu estava realmente preocupado.
— Por que você está preocupado? A tia ainda nem agradeceu pelo carro. Mas você ainda arranja tempo para visitar a pessoa doente. Obrigada.
— Tudo bem, sem problemas.

Por que soa familiar?
Rain não sabia quanto tempo estava dormindo, contudo acordou de novo ao ouvir as vozes de duas pessoas não muito longe. Ele quase esfregou os olhos que estavam avermelhados ao ver um cabeludo de costas largas muito familiar. Rain acreditou se tratava de uma alucinação.
P’Payu está no meu quarto. Acho que ainda estou dormindo. Pensou o jovem cansado que quase fechou os olhos e depois se afogou no sonho novamente. Agora não eram apenas sua voz e costas que pareciam familiares, mas sim um rosto, nariz e boca que só pertenceriam a uma pessoa.
Não, tem outra pessoa, Saifah... Porém esse rosto liso...
Deve ser P’Payu!

— Como você chegou aqui?

Rain tinha certeza de que estava perguntando em voz alta, no entanto tudo o que saiu foi uma voz rouca como se não fosse a sua e tão fraca que chamou a atenção dos olhos penetrantes que fitavam o seu rosto. A figura alta se aproximou da beirada da cama e o doente pensou consigo mesmo, sem saber se era louco ou não, mas... parecia um rosto gigante.

— Mama, Rain está acordado. — Payu falou.
— Mama? Você deve estar brincando. Como... Como você chegou aqui?

O enfermo perguntou surpreso. O seu cérebro foi atingido por uma febre, então esqueceu o que aconteceu esta manhã e o seu coração estava concentrado apenas na pessoa que ele mais
queria ver aparecer na sua frente. Ele queria implorar e dizer que a sua cabeça doía. Queria dizer muitas coisas, mas o que ele perguntou foi... Como ele chegou lá?

— Por quê? Não posso vir?
Rain estava secretamente surpreso.
— P’Payu, por que...?
— Ah, deve ser porque você não quer que eu venha.
— Não, não é isso. Eu só…

Rain sacudiu o rosto com força, o deixando ainda mais tonto. Entretanto, ficou triste com a expressão de raiva da pessoa que o abraçou forte ontem, lavou o seu cabelo, deu tapinhas nas suas costas e segurou os seus ombros. Ele tentou estender a mão para agarrar o braço dele, enquanto Payu dava um passo para trás.

— Então por que você fugiu de mim?
— Não, eu não fugi.

Ele tentou corrigir as coisas, porém, em vez disso, colocou mais lenha na fogueira porque a pessoa tensa estava olhando para ele com olhos afiados. Se não estivesse doente, o menino acreditava que seria espancado até a morte.