O mundo é uma droga de lugar.
E de quem é a culpa?
Enquanto algumas pessoas apodrecem nas ruas — morrendo de hipotermia e fome, outras simplesmente nascem com o mundo na palma da mão.
Suspirei, fechando os olhos com força.
Ficar pensando nisso não vai me ajudar em nada.
— [Nome], está atrasada. — uma voz irritantemente aguda disse atrás de mim, me fazendo desejar não ter acordado hoje.
Eu abri a porta da sala dos funcionários, passando a mão no meu rabo de cavalo pra tirar um galho seco que ficou preso nele.
— Eu estou no meu horário, Aiazuki. — respondi em um tom entediado, guardando minha bolsa dentro do armário enferrujado.
— Está no seu horário...? Pfff! Ah, para né. O seu horário é 06:30, agora são 07:15. — a ruiva cruzou os braços, me encarando com prepotência. — Você deveria se esforçar mais no futuro.
Respirei fundo.
Não grite, não grite, não grite, não grite...
— O meu horário mudou. — disse colocando meu avental ao redor da minha cintura, sem me dar ao trabalho demonstrar qualquer impaciência. — E o seu também.
A expressão prepotente rapidamente se transformou em uma expressão de espanto, o que não me surpreendeu.
Agora, eu tive que usar todo o meu autocontrole pra não rir da cara dela.
— Você saberia disso se tivesse participado da nossa última reunião. — dei de ombros, abrindo a porta que dava acesso a cafeteria.
Como o esperado, passos histéricos seguiram os meus.
— E-e-eu não pude vir! Eu estava muito doente... — ela pestanejou.
Sinceramente, eu não faço ideia do porquê de ela estar se explicando pra mim.
— Foi uma reunião online, pelo Google meet. — quase dei uma risadinha.
Eu comecei a colocar os copos descartáveis próximos as máquinas de café, e quanto mais o silêncio se estendia, mais eu ficava surpresa.
Eu esperava que ela continuasse a estourar os meus ouvidos como todos os dias, mas ela não retrucou.
Eu fiquei tão surpresa que me virei pra olhar para ela, mas me surpreendi ao ver a nossa superior entre nós duas, sem dizer uma palavra.
O canto da minha boca se elevou em um sorriso, sabendo que ela estava sendo repreendida em um sussurro.
A ruiva estava vermelha de vergonha, fazendo uma pequena reverência e voltando pra sala dos funcionários.
Não pude conter uma risadinha.
Aiazuki Miya. Uma vaca burra e com complexo de superioridade. Ambas começamos a trabalhar dois anos atrás no Coffee Latte, mas acredite se quiser — na cabecinha minúscula dela, ela é a superior aqui. Vive pegando no pé dos outros funcionários, coisa que nem o próprio gerente faz.
A superior de verdade se aproximou em uma risadinha.
— Ela nunca cala a boca, é impressionante. — a mais alta disse em um tom zombeteiro.
Minha resposta foi uma risada sincera.
— Bom dia, senhorita Shiba. — cumprimentei.
Ela enganchou o braço ao redor da minha nuca, dando uns tapinhas no meu ombro.
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𝐂𝐥𝐨𝐬𝐞𝐫 - 𝐑𝐚𝐧 𝐇𝐚𝐢𝐭𝐚𝐧𝐢
Fanfiction𝚃𝚛𝚒𝚐𝚐𝚎𝚛 𝚆𝚊𝚛𝚗𝚒𝚗𝚐 (𝚐𝚊𝚝𝚒𝚕𝚑𝚘𝚜): 𝚟𝚒𝚘𝚕𝚎𝚗𝚌𝚒𝚊, 𝚍𝚛𝚘𝚐𝚊𝚜 𝚒𝚕𝚒𝚌𝚒𝚝𝚊𝚜, 𝚍𝚎𝚙𝚎𝚗𝚍𝚎𝚗𝚌𝚒𝚊 𝚚𝚞𝚒𝚖𝚒𝚌𝚊, 𝚏𝚊𝚖𝚒𝚕𝚢 𝚒𝚜𝚜𝚞𝚎𝚜, 𝚌𝚘𝚗𝚝𝚎𝚞𝚍𝚘 𝚜𝚎𝚡𝚞𝚊𝚕. ✦ ✧ ✦ ✧ ✦ ✧ ✦ ✧ ✦ ✧ ✦ ✧ ✦ ✧ ✦ O cheiro de café é u...