O ar gélido da noite era inebriante, e sinceramente — era tudo o que Ran queria.
Respirar.
Kokonoi nem tinha terminado de fechar a boca quando o Haitani mais velho tirou as chaves do carro do bolso e bateu a porta atrás de si.
As palavras do platinado voltaram ao cérebro de Ran quando ele bateu a porta de seu Rolls-Royce phantom.
"A polícia ainda é um incômodo constante para nossos planos. Mesmo que não nos afetem diretamente, eles sempre atraem a imprensa para nós, revelando nossos próximos passos para as outras gangues. O plano de Mikey era pegar um velhote bem influente da cidade, dar um fim bem grotesco nele e fazer com que parecesse coisa da Yakuza. Assim, nos deixariam em paz por um bom tempo..."
Mas...
"... Mas os merdas que o Sanzu mandou para lá perderam a porra da linha, e eles eram burros o suficiente pra entenderem grotesco como barulhento. Foi um escândalo do caralho, bem ali, em uma rua quase deserta. Se não fosse pela garota... Porra. Ela viu o símbolo da Bonten na garganta do Sanzu cara. Se essa mulher abrir a boca pra polícia todo mundo vai se foder."
Ran pisou no acelerador enquanto usava uma das mãos para afrouxar a gravata preta de seu terno até que ela se soltasse em um único puxão. Ele a atirou no banco de trás, mantendo a outra firme no volante.
Mil coisas passavam pela mente embriagada dele, mas nenhuma delas estava relacionada à aquela mulher que ele sequer sabia o nome. Ele estava puto com essa história toda, não acreditando que Mikey estava com medinho da porra da imprensa.
Ele gostava de perseguir alvos, fazer os ratos de Tóquio se engasgarem no próprio sangue em nome da Bonten. Mas ele estava falando de alvos. Caras igualmente perigosos, caras como ele. Não a porra de uma garotinha que tremeu de medo ao ver o Sanzu.
Se ela se contorceu de medo ao ver a barbiezinha cheiradora de pó ele pagaria pra ver a expressão de terror no rostinho dela ao olhar para ele.
Mas que se foda.
Ele só queria andar de carro pra limpar a cabeça.
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[Nome] observou as mensagens de Yuzuha com um olhar sombrio, e nem ela entendia o porquê.
Ela pressionou o botão de desligar, atirando o celular na poltrona ao lado da cama.
Já era tarde da noite, o ar condicionado estava ligado e lá estava ela. Tirando a roupa na intenção de tomar um banho gelado.
"Estou mesmo insana" ela pensou com um sorrisinho sinistro.
Ela estava levemente chapada graças a ideia brilhante de misturar alguns comprimidos que aparentemente eram tarja preta. Mas só um pouquinho.
De que outra forma ela suportaria o fardo de saber que havia sido carimbada com uma data de expiração?!
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𝐂𝐥𝐨𝐬𝐞𝐫 - 𝐑𝐚𝐧 𝐇𝐚𝐢𝐭𝐚𝐧𝐢
Fanfiction𝚃𝚛𝚒𝚐𝚐𝚎𝚛 𝚆𝚊𝚛𝚗𝚒𝚗𝚐 (𝚐𝚊𝚝𝚒𝚕𝚑𝚘𝚜): 𝚟𝚒𝚘𝚕𝚎𝚗𝚌𝚒𝚊, 𝚍𝚛𝚘𝚐𝚊𝚜 𝚒𝚕𝚒𝚌𝚒𝚝𝚊𝚜, 𝚍𝚎𝚙𝚎𝚗𝚍𝚎𝚗𝚌𝚒𝚊 𝚚𝚞𝚒𝚖𝚒𝚌𝚊, 𝚏𝚊𝚖𝚒𝚕𝚢 𝚒𝚜𝚜𝚞𝚎𝚜, 𝚌𝚘𝚗𝚝𝚎𝚞𝚍𝚘 𝚜𝚎𝚡𝚞𝚊𝚕. ✦ ✧ ✦ ✧ ✦ ✧ ✦ ✧ ✦ ✧ ✦ ✧ ✦ ✧ ✦ O cheiro de café é u...