𝐌𝐚𝐧'𝐬 𝐨𝐛𝐬𝐞𝐬𝐬𝐢𝐨𝐧𓆙

370 45 35
                                    

𝒩𝑡: 𝒜 𝑎𝑢𝑡𝑜𝑟𝑎 𝑓𝑜𝑖 𝑒𝑣𝑎𝑠𝑖𝑣𝑎 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑝𝑜́𝑠𝑖𝑡𝑜 𝑎𝑜 𝑛𝑎̃𝑜 𝑟𝑒𝑣𝑒𝑙𝑎𝑟 𝑎 𝑟𝑒𝑙𝑎𝑐̧𝑎̃𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑀𝑖𝑘𝑒𝑦 𝑒 𝑎 𝑝𝑟𝑜𝑡𝑎𝑔𝑜𝑛𝑖𝑠𝑡𝑎. 𝒞𝑎𝑝𝑖́𝑡𝑢𝑙𝑜𝑠 𝑓𝑢𝑡𝑢𝑟𝑜𝑠 𝑎𝑏𝑜𝑟𝑑𝑎𝑟𝑎̃𝑜 𝑜 𝑎𝑠𝑠𝑢𝑛𝑡𝑜.

﹌﹌﹌﹌﹌﹌﹌﹌﹌﹌﹌﹌﹌﹌﹌﹌﹌

[Nome] estava em um covil de cobras. No sentido mais estranho da expressão.

O que eram todas aquelas coisas rastejantes e peçonhentas pelo chão? Não eram cobras reais, eram?

Mikey havia respondido pacientemente a maioria de suas perguntas. Era como jogar um jogo de adivinhação com uma criança, sempre obtendo respostas esdrúxulas e meias verdades, mas ele não deixou nenhuma das dúvidas sem resposta.

Ela ainda estava processando a maioria das informações, mas nada era mais chocante do que a revelação enfadonha de que ele a conhecia. Ele não deu detalhes, mas disse coisas o suficiente sobre a infância dela para que não restassem dúvidas. Ela só precisava lembrar…

Agarrada a sua tolice, ela não achou tão ruim quando Mikey a convidou para um lugar mágico e cheio de alegria: A sede da Bonten. 

Wow. Mil pontos pela estupidez.

Mas ela tinha feito o certo. Não havia ninguém mais correndo risco além dela mesma. Hana havia pegado sua família e seu cachorro e ido até um local indicado por [Nome] — um local que Ran não poderia achar.

Mas aquilo… Não era exagero?

Mikey observava enquanto a pobre coitada estava paralisada, com medo de pisar em alguma daquelas coisas rastejantes e sombrias que ela não conseguia enxergar. A Bonten tem uma nota de repúdio contra iluminação?!

[Nome] abriu a boca para perguntar o que eram aquelas coisas, mas seus lábios se fecharam imediatamente. Mikey a repreenderia por fazer uma pergunta óbvia. 

Por enquanto, o melhor era obedecer.

─── ❖ ── ✦ ── ❖ ───

Então era isso.

Ran ficou em silêncio enquanto ouvia de seus homens a notícia que se espalhava na velocidade da luz: “havia uma mulher seguindo Mikey por todas as direções”.

Ele abominou a si mesmo por ter dado um sorriso. Ele não a matou, e aquilo era uma oportunidade. 

O que Mikey pretendia fazer? Usar [Nome] como sua prostituta pessoal? Ele ficou encantado pela beleza selvagem da mulher? Que diabos.

Mas uma coisa era certa: [Nomezinha] estava com uma ideia fantasiosa de que Mikey era seu protetor… Seu salvador.

Ela pode estar rindo nesse momento, declarando vitória ou se considerando a vadia mais segura do Japão, mas ela só está sendo uma menina inocente. Mikey não pode protegê-la dele. Não quando ela fez o favor de se enfiar no playground coletivo dos dirigentes — a própria Bonten.

Tola. Tanto esforço para quê? Ficar ainda mais à minha mercê?

Vamos jogar, [Nome]. Vamos jogar.

Durante as primeiras horas depois do incidente, Ran se perguntou se [Nome] sentia algum remorso pelo o que fez com ele. 

Se ela corou, retraída. Se ela pensou em milhões de cartas de arrependimento, se ela estaria disposta a se ajoelhar e implorar perdão.

Uma risada colérica emergiu do fundo da garganta de Ran, logo se transformando em uma gargalhada.

[Nome] ajoelhada aos pés dele. 

Era tão irreal que chegava a ser engraçado. [Nome] não era uma das amantes manhosas de Ran, e sim um furacão que veio pra foder a vida miserável que ele tinha.

Ele se lembrou daquela expressão chorosa, das bochechas coradas de raiva — das sobrancelhas franzidas e dos punhos cerrados.

“É isso não é?! Adora me ver aqui, indefesa, sem ter a mínima chance de reagir contra as suas provocações, já que eu sou sua nova fonte inesgotável de entretenimento. Mas adivinha só? Está esgotando. Eu te odeio, te odeio muito.”

Ran arfou, exasperado.

No fim, não importava.

Ran fitava o nada, amaldiçoando silenciosamente aquela mulher.

Não interessa, [Nome] Shirazu. Eu tô pouco me fodendo se você se arrepende ou não de ter me traído. 

Eu vou me certificar de que você sinta as consequências dentro do seus ossos, encravadas da porra da sua alma… Porque você vai me amar. Vai me amar mais do que as drogas que você usa, até que eu me torne a mais viciante das suas drogas. E então, você não será nada além do meu brinquedo. O brinquedo que, eventualmente, eu vou jogar fora.

Hoje à noite, nos veremos na reunião.

Hoje à noite, sentaremos na mesma mesa.

E hoje, você vai perceber que eu nunca vou te deixar em paz.

𝐂𝐥𝐨𝐬𝐞𝐫 - 𝐑𝐚𝐧 𝐇𝐚𝐢𝐭𝐚𝐧𝐢Onde histórias criam vida. Descubra agora