̶L̶i̶v̶r̶a̶i̶-̶n̶o̶s̶ ̶d̶o̶ ̶m̶a̶l̶

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[Nome] custou a recobrar os sentidos depois da visitinha que o Haitani havia feito para ela.

Ela não estava mais entendendo porra nenhuma, e a única coisa que [Nome] sabia era que aquele homem estava contribuindo cada vez mais para o crescimento eminente da insanidade dela.

[Nome] juntou os cacos de porcelana que haviam se espalhado pelo chão, temendo que Caim pisasse em algum deles sem perceber. Em geral, ele era um cachorro bem inteligente, mas quando corria pela casa como se não houvesse amanhã, não reparava muito no chão.

A mulher inspirou, cansada. Ao soltar o ar quente pelas narinas, seu corpo pareceu ter o peso de uma bigorna. Ela se desequilibrou e caiu no chão, xingando baixinho. Sua visão de repente se tornou turva, e só naquele momento ela teve noção do quão cansada estava.

"Tenho que ir buscar o Caim" pensou, reunindo forças para se levantar.

O som de batidas na porta a fizeram recuar, ainda no chão. Por um segundo, o coração da garota disparou ao pensar que fosse Ran novamente, mas logo voltou a realidade ao ouvir a voz de sua irmã.

[Nome] usou a parede para se levantar, franzindo o cenho. Hanajima raramente ia até a casa dela.

Ao abrir a porta, avistou sua irmã segurando Caim pela guia — Não por muito tempo.

O Husky pulou na dona, a cheirando e lambendo com a mesma animosidade de quando se encontraram pela primeira vez.

— Oh, menino. — você sorriu ao encarar os olhos azuis de Caim, que pareciam sorrir também.

Hanajima tossiu, chamando a atenção de [Nome].

Ela não disse ou fez nada além de observar [Nome] como se pedisse silenciosamente para conversar.

A mais nova deu um tapinha leve nas costas de Caim, o fazendo sentar perto de seus pés.

— O que foi? — [Nome] franziu o cenho sem perceber.

— Eu preciso que você respire fundo. — os cabelos negros da mais velha deslizavam por seus ombros a medida que ela se inclinava, pegando as duas mãos de [Nome] entre as suas.

O coração de [Nome] acelerou no mesmo instante, a irmã não costumava assumir esse tipo de abordagem — e não foi muito divertido da última vez que ela agiu assim.

Fala. — o tom da menor era ligeiramente nervoso, mas ela conseguiu mascarar a inquietação com uma expressão irritada.

Hana suspirou, encolhendo os ombros.

— A tia Rika. — ela disse rápido, talvez rápido demais. — Ela vai nos fazer uma visitinha breve antes do Natal.

[Nome] soltou as mãos de Hanajima, se afastando apenas o suficiente.

— Como- como assim?! — a (morena/loira/ruiva) protestou, muito mais confusa do que irritada. — O que essa mulher quer?!

Hana abriu a boca para falar, mas a fechou no mesmo instante. Ela encarou o chão, erguendo o olhar segundos depois.

O sangue de [Nome] ferveu.

Se antes ela já estava irritada, agora estava furiosa.

— Eu sei que você tem seus motivos para não gostar-

— Você quer recebê-la? — [Nome] a interrompeu, segurando Hana pelos ombros. — Ótimo. Receba, faça um maldito pudim de Natal para ela, mostre seu filho! Aproveite para contar que é casada com uma mulher há oito anos. Essa vadia religiosa vai adorar.

𝐂𝐥𝐨𝐬𝐞𝐫 - 𝐑𝐚𝐧 𝐇𝐚𝐢𝐭𝐚𝐧𝐢Onde histórias criam vida. Descubra agora