Capítulo 2

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- Dodói issu.

- Vou chama o Davi, já volto.- Falo levantando e assim que chego na porta dou de cara com meu irmão, riu baixo junto com ele e o olho.- Ela tá com dor.

- Vou da remédio pra ela.- Fala entrando na sala e vai até um armário onde pega alguns analgésicos em cápsulas, ele põe na seringa e coloca no caninho por onde passava o soro.- Já já a dor passa.

- Cheryl, por que você fugiu?- Pergunto indo pra perto dela e ela se encolhe um pouco.- Não vou te machucar, prometo.

- Mamãe má...- Ela diz baixo e fica olhando pro ursinho no soro e olho pro Davi.

- Você tá com fome?- Meu irmão pergunta olhando pra ruiva e ela concorda com a cabeça.- Vou compra algo pra ela comer e já volto, rapidinho.- Ele diz saindo e volto a olhar a Cheryl.

- A dor tá passando?- Pergunto a olhando e ela nega com a cabeça coçando os olhinhos.- Tá com sono?

- Xim.- Cheryl diz e me olha.- Lonica, a mamãe nawm vem num é?

- Não, quer que eu a chame?- Pergunto calma e ela nega com a cabeça quase chorando.

- NAWM! nawm pufavo, nawm.

- Ei, calma. Eu não vou chama, tabom? Não vou.- falo calma e Davi abre a porta com uma sacola na mão.- A gente pode conversar?

- Claro, deixa eu só entrega isso pra ela.- Fala abrindo a sacola e coloca a quentinha na cama junto com uma garrafinha de suco e talheres.- Pode comer, a gente vai aqui fora e já volta.

- Já voltamos.- Falo olhando pra ela e saio do quando com o Davi.- Acho que quem a torturava era a mãe dela.

- Por que você acha isso?

- Porque da pra vê que ela não quer ficar perto da mãe, ela gritou quando perguntei se ela queria que chamasse a mãe dela aqui. não sei o que aconteceu com ela, mas sei que não foi nada bom.- Falo baixo e ele fica me olhando.

- Vou chama um amigo da polícia pra tenta descobrir algo sobre ela.

- Certo. Só não entendi uma coisa.

- O que?- Davi pergunta pegando o celular.

- Por que ela fala assim? Em um tom infantil e errado como uma criança.- Falo e olho pro quarto pela janelinha da porta e Cheryl continuava olhando pra comida sem comer nada.

- Talvez ela tenha infantilismo, já vi alguns casos aqui no hospital. Ela pode ter algum trauma e desenvolveu o infantilismo por isso.- Ele diz e me olha.- Vou liga pro meu amigo e já volto.

- faz sentido...- Entro na sala e olho pra ruiva.- Não quer a comida?

- Nawm consigo come sozinha..- Ela diz com vergonha e senta devagar me olhando.- Nawm bati em che pu issu...

- Ei, não vou bater em você tabom? Quer que eu te dê a comida?- Pergunto sentando na cama do lado dela e ela concorda com a cabeça.- Ok. Abre a boca princesa.

- bigada.- Cheryl diz baixo e abre a boca, pego a tigela com a comida e encho a colher com um pouco de purê e estrogonofe e dou pra ela. Ela mastiga devaga e sorri batendo palma.

- Tá gostoso?- Pergunto sorrindo pela fofura.

- Muitão.- Fala assim que terminar de engolir e abre a boca denovo, encho a colher novamente e a levo até sua boca.

- Que suquinho?

- Quelo.- Sorrio e abro a garrafinha.

- Sabe beber sozinha?- Ela nega com a cabeça envergonhada.- Não precisa ter vergonha.- Falo baixo e dou um pouco do suco a ela.

my little baby ° Cheronica Onde histórias criam vida. Descubra agora