A carta. Parte 2/2.

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— Travis? Você tá chorando? - Eu perguntei. Fiquei preocupado ao ouvir Travis chorando na cabine.

— Não! Agora me deixa em paz, vaza aberração! - Ele havia se estremecido.

— Mas Travis.. - Fui interrompido.

— MAS nada! ME DEIXA SOZINHO! - Gritou, parecia estar entristecido ou com raiva.

— Por que você me odeia? - Perguntei logo de cara, e parece que acabei por o calar. Eu estava segurando a carta que havia sido posta no lixo, ou tentada.

— Você que escreveu essa carta e este poema? E nem vem me mentir! Eu sei como é sua letra por conta daquele dia na enfermaria! - Eu disse.

Outro silêncio reinou.

— E ISSO LÁ TE IMPORTA?! - Gritou.

— Importa sim, porquê tem o meu nome na carta! - Eu disse em voz alta, o fazendo ficar calado completamente, e também como se seu choro ficasse silencioso agora.

— Por que você me odeia? - Perguntei mais uma vez.

— Por causa desse seu cabelo azulado mais brilhante que os mares, sua voz mais doce do que a de um brigadeiro, seus olhos me lembrando a noite estrelada e quando a chuva cai, por causa que sua voz me hipnotiza toda vez que vem falar comigo, por causa da sua personalidade, uma das coisas que admiro em você. E eu estou completamente apaixonado por você. PRONTO?! ERA ISSO QUE QUERIA OUVIR? AGORA ME DEIXA EM PAZ! - Seu choro voltou a ficar barulhento.

Um som foi ouvido.

"Click, click."

Travis ficou sem entender, até ver Sal passando sua máscara por de baixo da cabine, na região que ficava aberta.

— Travis, abre-a a porta e me deixe ver esses seus olhos de café açucarados, me deixe sorrir para este Bully clichê, me deixe fazer esse garoto de cabelos loiros sentir meu perfume mais de perto. - Botei uma mão na porta avermelhada.

Até que a porta se abriu, vendo um Travis chorando. Logo o abracei e entrei na cabine junto, fechando a porta e a trancando.

— Seu perfume.. é tão bom.. - Ele disse cheirando meu pescoço.

Comecei a fazer cafuné no Travis, até ele parar de me abraçar, e olhar para mim, ele ficou olhando para o meu rosto.

— Seu rosto.. é tão lindo.. - Sorriu.

Eu retribui o sorriso, e o Travis corou, dando pra ver aquela vermelhidão em suas bochechas, parecia que havia levado vinte mil tapas nas duas bochechas.

— Agora, me deixe fazer o necessário. - Eu sentei no vaso, e fiz Travis sentar no meu colo, ele só deixou ser levado, então fiquei olhando para seus lindos olhos de café, até que decidi o beijar.

Ele continuou o beijo, ficamos nos beijando com pressa, eu pude sentir o que ele queria dizer com "Eu vou te matar!".

Nós nos separamos pela falta ar, eu dei um selinho nele.

— Sally.. Eu.. te amo.. - Disse, desviando o olhar.

— Também te amo, Trav.. - Eu sorri.

— Amigos? - Perguntei.

— AMIGOS? VOCÊ ME BEIJA E DEPOIS ME PERGUNTA SE QUERO SER SEU AMIGO? - Ficou emburrado.

— Tá bom, tá bom. Quer namorar comigo? - Perguntei.

— Isso responde sua pergunta? - Ele me beijou apaixonadamente, eu voltei a fazer cafuné na sua cabeça, enquanto ele segurava numa das minhas mãos que estavam livres e com a outra ele agarrava minha bochecha, impedindo da gente se separar de novo.




























































Acho que dei mais um espaço no meu coração, agora quem tomou conta havia sido Travis, e isso não vai mudar tão cedo..

Our History 1991-2003. - Sally Face AU. Onde histórias criam vida. Descubra agora