Capítulo 17

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Acordei mais cedo para sair para passear com Pyro e comprar as coisas para nós três tomarmos café. No caminho encontrei com uns amigos e parei um pouco para conversar, mas logo lembrei que tinha que voltar para casa. Me despedi deles e fui até a padaria, que não aceitava animais, por isso tive que prender Pyro em uma placa de sinalização ali na frente.

Peguei ele na saída e comecei meu caminho de volta para o apartamento, no entanto ao passar em frente à uma farmácia, lembrei que Maraisa iria precisar da pilula do dia seguinte. Pois não usamos proteção ontem à noite. Então saindo da farmácia, guardei a pílula no meu bolso e fui pra casa.

Quando cheguei, a sala estava vazia e o silêncio denunciava que eles ainda não tinha acordado. Fechei a porta do apartamento, fui com o pit bull pela cozinha, deixando as compras ali em cima do balcão e levei ele até a lavanderia. Suas vasilhas ficavam lá, por isso eu troquei a água do Pyro, que foi logo beber, enquanto eu ia para o quarto do meu irmão.

Escancarei a porta e ela bateu na parede os assustando. Liguei a luz vendo os dois de olhos arregalados e com Gustavo atrás de Maraisa, abraçando ela parcialmente. Os dois tinha a maior cara de sono e pareciam não saberem aonde estavam.

- Acorda pra cuspir! Vamo embora! - eu bati palma e desviei do travesseiro que o Gustavo tacou em mim.

- Marília! sai daqui! - ele disse bravo e puxando Maraisa pra se deitar de novo.

- Eu trouxe o café, venham. - caminhei até eles e tentei puxar a coberta de cima, mas Gustavo a puxava de volta. Maraisa a essa altura já estava acordada e de barriga pra cima, sorrindo da situação - vocês vão me fazer comer sozinha? Comprei seu cereal preferido Gustavo, e bancon.

- Tá a gente já vai. - ele resmunga.

- Ótimo, espero vocês na cozinha. - fui até a porta e parei no batente com a mão na maçaneta - se não aparecerem em dez minutos, eu mando o Pyro vir acordar vocês.

Ainda ouvi meu irmão bufando depois que eu fechei a porta. Resolvi já ir montando a mesa para a gente comer. Pyro pelo que parece já tinha terminado de beber sua água, pois quando eu entrei na cozinha, encontrei ele com a língua de fora, molhando o chão com sua baba. Peguei um bacon de uma das sacolas e taquei pra ele, que pegou a fatia no ar.

Tirei as coisas da sacola, guardando essas num puxa saco ao lado da geladeira. Peguei as louças e talheres colocando em frente de três lugares no balcão da cozinha. Me sentei em uma das banquetas e esperei mais um pouco por eles.

Já se passou tempo de mais e tinha me cansado de esperar.

- Eu vou começar sem vocês! - digo inclinada para trás, pra ver depois da entrada da cozinha. Até que eles aparecem, Maraisa vem primeiro com um rabo de cavalo alto e a roupa que ela estava ontem. Meu irmão estava logo atrás.

- Nem deu dez minutos ainda.- ele diz e segue para se sentar com Maraisa nas duas banquetas na minha frente.

- A escola esta valendo a pena. Já sabe até ver o horário no relógio. - digo só para irritar e já começo a me servir.

- Pelo menos eu vou terminar a escola. - ele diz sorrindo cínico na minha direção.

- Pelo menos alguém aqui transa. - Maraisa solta o pão, que segurava no seu prato, bufando.

- Pelo menos...

- Chega vocês dois! - ficamos quietos - não vai ser estranho uma ova...- ela sussurra baixo, mas eu consigo ouvir. Continuamos a nos servir e começamos a comer.

- Então Gu... - ele olha pra mim, por cima de sua xícara de café - já pensou oque vai fazer nessas férias?

- Ainda não, estou querendo estagiar em algum escritório de advocacia. Já mandei o meu currículo.

Firebird - Nascida das Cinzas - MalilaOnde histórias criam vida. Descubra agora