Beijos de Sangue || Fanfic Nina Dobrev

•28•

Fechei a porta sem olhar para trás enquanto me dirigia para o carro do meu namorado, ele não disse nada apenas pôs o seu braço atrás da minha cintura. Eu estava a dizer adeus ao passado, que a partir de agora seriam apenas memórias. Entramos no carro e apenas se ouvia as minhas lágrimas, Damon não ligou o rádio ele sabia que eu precisava de deitar as minhas emoções cá para fora, então não abriu a boca pôs apenas a sua mão na minha perna enquanto conduzia. A viagem pareceu ser demasiado rápida, fiz um esforço para parar de chorar, e limpei as minhas lágrimas, Damon olhou para mim com uma expressão de culpa e saiu do carro e abriu-me a porta como sempre ele mostrava os seus dotes de cavalheirismo sempre que podia, e isto era algo que eu não gostava muito pois sentia que chamava a atenção das pessoas pois afinal de contas, qual é o jovem que faz algo assim?

Sai do carro, pensativa sobre o meu passado e ainda pensando no futuro da minha irmã e da minha mãe sem mim, pensar nisto fazia o meu coração arder de dor. Damon viu o quanto pensativa eu estava e pegou nas minhas coisas, andamos um pouco até ao grupo de jovens que se encontravam ao pé do autocarro íamos para Paris, que ainda ficava cerca de 4 horas e meia de distancia se fosse noutras circunstancias eu ia adorar viajar com o meu namorado até Paris, Paris é o típico de cidade linda que todos querem conhecer e provavelmente eu iria ficar lá o resto da minha vida.

- Estás bem? - Damon pergunta-me olhando para o chão

- Sinceramente, não - Disse passando a mão pela minha barriga lembrando-me que tinha um pequeno ser dentro de mim, eu ia ser realmente mãe e ainda não estava habituada a este facto. Tudo é muito estranho para mim, mas tudo o que menos quero é com que Damon se sinta culpado de eu estar a abdicar de tudo por este nosso pequeno ser, nosso.. Sorri ao ter tal pensamento e olhei para ele, ele estava confuso e triste ele respondeu-me com um pequeno sorriso rasgado.

- É melhor irmos até há professora, ela já está a fazer a chamada- Damon diz olhando para mim tentando avaliar a minha expressão, sorri numa tentativa de o aliviar mas por dentro eu estava devastada. A minha irmã não saia do meu pensamento, eu sinto-me tão mal por lhe ter de fazer isto.

Dei a mão a Damon e entrelacei os nossos dedos, ele olhou para o meu gesto e sorria e dirigimos-nos para dentro do autocarro, os restantes alunos entraram.

- Muito bem meninos, espero que estejam todos preparados e que tenham juízo. Ponham os cintos de segurança pois a viagem é longa e pode acontecer alguma coisa pelo caminho.- Informou a professora Susana.

É óbvio que algo ia acontecer não sabia era quando. Pus o cinto tal como a professora Susana tinha mandado, apesar de saber que não podia prevenir nada do que estava para acontecer. Damon não me tinha revelado como tudo ia ser, ele deixou-me de parte desses planos será que o autocarro ia sofrer algum acidente pelo caminho? Como iam ficar estes alunos? Isto era injusto.. E a culpa era minha. Encostei a cabeça ao vidro do autocarro, e comecei a pensar em toda a minha vida há uns anos para trás..

Pov. Damon

Ela, estava tão frágil, tão pensativa nunca a tinha visto assim e doía saber que o culpado desta situação era eu. Eu sentia-me terrível por isso. Ela estava com a cabeça encostada no vidro, era era tão bonita que nem ela tinha noção do efeito que ela tinha no meu corpo, puxei-a para mim e fiz com que ela deitasse a cabeça no meu ombro e ela suspirou, dei-lhe um beijo no topo da cabeça dela e acariciei os seus cabelos longos e ela começou a chorar. Eu não podia fazer absolutamente nada para a ajudar a não ser apoia-la, e compreender o porquê de ela estar assim. Eu tinha de falar com ela.

- Babe?

- Sim? - Ela limpou as lágrimas, e olhou para mim confusa.

- Temos que falar sobre o que vai acontecer. - Disse sussurrando para que ninguém nos ouvisse mas os adolescentes há nossa volta estavam demasiado entusiasmados por esta viagem que mesmo que eu estivesse a gritar eles não iriam quer saber. Ela suspirou e assentiu com a cabeça - Bem apenas.. Não sei, não te quero deixar mais preocupada na viagem. Tudo vai acontecer quando chegarmos ao Hotel por isso podes estar descansada que não vai acontecer nada a estes adolescentes eu sei que apesar de tudo o que eles te fizeram eles não merecem morrer por algo como isto.- Disse abaixando a cabeça.

- Eu amo-te - Disse ela me levantando a cabeça e me dando-me um beijo simples mas único.

- Eu amo-te - Disse lhe sussurrando no seu ouvido.

Algumas horas depois

Tinha adormecido no autocarro, depois de Allison ter adormecido no meu ombro. Acordei com o som do meu telemóvel, era a minha ''mãe'', olhei para os adolescentes há minha volta e todos estavam a dormir.

- Mãe?

- Sim, filho sou eu... - Oiço a voz rouca dela- Como é que ela está?

- Hum.. Mal, não para de chorar..Começo a ficar preocupado- Disse olhando para a minha menina que ainda se encontrava a dormir

- Tens que entender, que é normal. A irmã dela não para de chorar diz que tem um sentimento estranho.

- Compele a miúda mãe, faz com que ela não sinta tanta dor ela não merece sentir dor com essa idade

- Eu sei, eu irei fazer isso. Não te preocupes, quanto ao resto está tudo tratado.

- Obrigada mãe- Disse suspirando, eu sabia que ela estremecia sempre que ouvia eu a chamar de mãe porque ela não era minha mãe mas tinha apreendido há pouco tempo a trata-la como tal.

Faltava uma hora para chegarmos, e tudo estava preparado tal como combinado. Tudo ia acontecer no Hotel, eu e Allison vamos discutir alto, ela sai a correr e é atropelada e eu atiro-me de uma ponte sentindo-me culpado. Ok tudo isto parece um filme só espero que corra tudo bem. Não sei como é que a a minha mãe tinha planeado tudo isto, até arranjou um clone de Allison e Stefan alinhou que nos iria ajudar e tratou dos documentos falsos estava impressionado por ele nos ter ajudado apesar de ele amar Allison e de a ter tentado mudar as ideias mas eu compreendi isso, eu fiz com também tentasse mudar as ideias dela. Mas infelizmente nada resultou. Olhei para Allison e ela dormia profundamente, dei um beijo nos cabelos dela.

- Dorme que daqui a algumas horas teremos um longo dia meu amor, amo-te.