𝐘𝐮𝐤𝐢𝐨 𝐈𝐦𝐚𝐢
O carro de Bokuto era realmente muito confortável. Eu não sabia que carro era, porém era cinza.
Tsukishima ligou o carro e em poucos minutos o carro já estava em uma boa velocidade. Eu abri a janela e coloquei o rosto para fora, tal como um cachorro. Senti a brisa não tão fraca batendo no meu rosto. Mas então logo virei o olhar para Tsukishima.
Ele estava com as mangas da camisa arregaçadas no braço dando para ver bem suas tatuagens.
Pressionei os lábios e virei o olhar para janela tentando me conter.
Eu queria, queria mesmo saber o porquê da tatuagem, mesmo eu não sabendo o porquê de eu querer.
Mas é que eu sabia que Tsukishima nunca foi uma pessoa chegada a tatuagens e essas coisas. No ensino médio onde todo mundo que já teve a ideia se revolta e coloca um piercing ou coisa assim ele sequer chegou perto de fazer isso. Diferente de Yamaguchi, que colocou dos piercings no lábio e fez algumas perfurações na orelha.
Eu não precisava perguntar sobre aquilo, eu não precisava saber sobre aquilo, mas...
— Pergunta logo. Você está me matando — Tsukishima disse enquanto virava o olhar para mim, foi breve e então ele olhou para a rua novamente. — Eu sei que você quer perguntar. Eu te conheço.
Conhecia mesmo? Eu era uma pessoa diferente. Completamente diferente. Desde que eu o deixei.
— A tatuagem. É...
— Sim, é o meu coração partido — ele disse.
— Quem é ela?
— Ela?
— Ou ele, quem é a pessoa? Yamaguchi? Era do ensino médio? Ou da faculdade.
Ele não falou nada.
— Esse mistério todo me faz pensar que foi o Kuroo.
Ele riu.
Sua risada era alta e descrente.
— Vai Tsukii, fala quem foi.
— Não temos intimidade para conversar sobre esse tipo de coisa.
Aí.
— Moramos juntos.
— É um bom ponto, mas eu não vou falar.
— Como ela é? Como é o seu tipo Kei? Você gosta de garotas chatas como você, ou legais e gentis como eu, ou rebeldes como Yamaguchi? E os garotos? E a aparência, você gosta de sarados, mais magrinhos, como você, ou uma pessoa de corpão.
— Puta merda, quanto você bebeu?
— Bastante.
— Acho que eu percebi.
— Eu não estou bêbada!
— Não?
Seu tom de surpresa era falso, mas era proposital.
— Porque você parece um pouco.
— Vai se foder, Kei!
Ele abriu um sorriso, como se fosse o que ele estivesse esperando que eu dissesse para ele.
— Tem certeza que você quer ir para a faculdade assim?
— Eu preciso, o professor quer olhar para as telas, e acho que ele iria ficar muito puto se eu furasse o combinado.
Tsukishima fez um barulho de murmuro. E eu voltei a olhar para a janela.
Durante o resto do caminho fiquei calada, e ele também. Intercalei entre olhar para a tatuagem e para a janela.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝐕𝐢́𝐠𝐞𝐬𝐢𝐦𝐨 𝐚𝐧𝐝𝐚𝐫; Tsukishima Kei
FanficO que um mal entendido pode fazer com dois melhores amigos apaixonados? Poderia realmente acabar com tudo? Sim, ou não? Quer dizer, se os amigos forem Yukio Imai, ou Tsukishima Kei, a resposta é sim. A intensidade das personalidades não deixa brecha...