𝐕𝐢́𝐠𝐞𝐬𝐢𝐦𝐨 𝐚𝐧𝐝𝐚𝐫; Tsukishima Kei

𝟏𝟐

𝐓𝐬𝐮𝐤𝐢𝐬𝐡𝐢𝐦𝐚 𝐊𝐞𝐢

— Vai, vamos descer para entrar na piscina, você vai derreter no quarto de hotel — disse olhando para Yukio que estava jogada na cama com a cabeça pendendo para trás.

— Eu não trouxe roupa de banho.

— Pula na água de camisa e short — disse Bokuto escorado na porta com os braços na frente do corpo.

— Tem uma lojinha lá embaixo — disse. — Ou pula de camisa e short mesmo.

Nós, o pessoal do time, estávamos acostumados a ficar nesse hotel de Kyoto. Todos as despesas eram pagas pela faculdade, então não era um hotel muito chique, mas tinha piscina, sauna e uma quadra. Era confortável, tirando o fato que dividimos quatro ou cinco quartos de hotel.

Nesse quarto quem estava era Yukio, Bokuto, Konegawa, e eu.

— Bokuto... — ela choramingou um pouco manhosa olhando para Bokuto. — Por favor, vamos lá comigo.

— É ali perto — disse Konegawa olhando para a garota dando uma risadinha.

— Por favor, vai comigo, eu não quero ir sozinha — ela choramingou para Bokuto novamente.

Ontem ganhamos o jogo inicial, e só jogaremos novamente na semana que vem. E como já estávamos aqui iríamos aproveitar e ficar na piscina aproveitando o hotel até domingo à noite.

Konegawa me olhou rindo.

— Ela é mimadinha.

— Mais do que você pode imaginar — eu disse olhando para ele que deu uma risadinha.

— Sua namoradinha é chatinha — disse Bokuto me olhando.

— Não é minha namorada.

— Tem certeza Tsukii? — perguntou Konegawa olhando para mim.

— Não me chama assim.

— Desculpa, é apelido de casal?

Revirei os olhos e então ele riu.

— É, Boo, eu preciso de um biquíni.

— Tá vamos lá.

Ela levantou da cama em um pulo e apenas sorriu indo em direção a Bokuto. Os dois saíram do quarto com ela vestindo seu pijama de moletom de como treinar seu dragão. Ela realmente iria derreter com aquela roupa.

— Vocês não estão namorando? — perguntou Konegawa olhando para mim.

— Não. Nada a ver cara — eu disse jogando um travesseiro nele do outro lado do quarto.

Tirei a camisa e então ele deitou na cama olhando para o teto evitando olhar para mim. Quando você divide um vestiário com um time inteiro você não se envergonha no momento em que precisa tirar a roupa na frente de outro colega de time.

— Soube que você que recomendou que ela treinasse com eles quando eu não pude. Pensei que estava ajudando a sua namoradinha.

— Queria ajudar o time, e ela sempre foi uma excelente jogadora de vôlei.

— Há quanto tempo vocês se conhecem?

Parei para pensar um pouco.

— Acho que desde os seis, sete anos.

— Então ela é como uma irmã para você?

— Não, não como...

— Você tá afim dela?