CAPÍTULO QUINZE

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── Devemos ir? ──  perguntou, hesito por um momento mas o respondo:

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── Devemos ir? ──  perguntou, hesito por um momento mas o respondo:

── E se for uma armadilha?

── E se não for? ── Perguntou ele

── E se for? ── Rebati. Penso por um momento no quão longa fora nossa viagem e estar aqui, diante de sua porta após ter atravessado armadilhas mágicas me faz pensar que agora não há mais volta ── Vamos entrar.

Entro de soslaio e após adentrar o cômodo a porta fecha-se sozinha. Meu coração salta do peito, mas sigo em frente. De repente, como uma ilusão, o cômodo magicamente torna-se um longo corredor a ser descido.

Caelyan eu nos encaramos para conferir se enxergamos o mesmo, chegamos a conclusão certeira de que não estamos loucos. Ele solta-se de mim me seguindo mas num instante nossas mãos esbarram-se me deixando quase em combustão. Penso que, devido ao corredor ser estreito, é óbvio que o espaço para nós será pouco, tornando o contato físico um pouco mais contínuo.

── Isto é estranho, quanto mais descemos menor este lugar fica ── Ressaltei

── Se sentir medo pode pegar na minha mão se quiser ── Diz Príncipe Caelyan

── Ora, cale a boca.

Logo após o corredor vemos uma portinha de madeira. Parece ameaçadora para alguém maior que um lobo mas não me deixo intimidar.
── Você irá mesmo entrar? ── Perguntou

── Não viemos aqui para nada. Espere aqui se preferir ── Digo me agachando e atravessando a porta.

Me levanto de prontidão vendo Caelyan me alcançar em seguida. O novo cômodo em que entramos parece ser finalmente a casa de Ophelia. Além de enorme é extremamente bagunçada, livros voam por todos os lados como pássaros, há dezenas de prateleiras com poções em pequenos vidros, quadros com outros bruxos retratados, espelhos de prata, prateleiras com varinhas e muito mais. É como um labirinto de magia.

Há uma mulher em nossa frente que parece não notar nossa presença, ela lê um livro avidamente enquanto mistura algumas flores com outras folhas. Ela é negra com longos cabelos grisalhos e cacheados, tem a pele levemente enrugada e usa um vestido verde que mais se parece com uma capa de tão longo.

Príncipe Caelyan pigarreou assustando a mulher em nossa frente.

── Quem são vocês? ── Sua voz é doce mas engraçada, tal como seria a avó de alguém. Sinto uma pequena vontade de rir.

── Desculpe atrapalhar Senhora Ophelia, sou Príncipe Caelyan de Eastshawn e esta é minha cavaleira Aurora ── Respondeu

── O que vocês querem? Não sabem como é perigoso vir até mim? ── Sinto vontade de respondê-la, mas permaneço calada assim que a vejo alcançar uma varinha ── Jogarei um feitiço tão grande e tão poderoso em vocês que esquecerão até seus nomes ── Disse aos berros enquanto apontava sua varinha para nós em ameaça.

Reino de Fogo e SombrasOnde histórias criam vida. Descubra agora