Capítulo 8

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Gabriel

Após receber minha mãe aqui em casa fiquei atordoado com suas palavras, eu me senti desorientado, fui pro meu quarto e desabei em lagrimas, até que Louise veio me acolher. Senti algo de familiar nela, não sabia o que era, mas senti. Até que no acordar eu me deparei com as memórias, ela é a minha Louise! Resolvi então falar com ela.

-Agora eu me lembro, sei quem é você. –disse esperançoso.

Ela me olhou preocupada, acho que não esperava isso de mim.

-Gabriel.

Então não deixei falar, resolvi dizer tudo que pensava.

-Lu, a minha Lu, doce Lu, eu sempre te amei, desde o primeiro momento que te vi você sempre foi a peca do meu quebra-cabeça, eu sempre fui idiota em não te procurar mais Lu, me perdoa por isso. –lagrimas brotavam dos meus olhos, e vi que ela chorava. –Eu passei minha vida inteira longe de você, eu sempre senti sua falta, eu peguei todas, beijei milhares, mas continuo te amando!

Nesse momento ela me deu um tapa, que doeu até no dedão do pé, secou as lagrimas com as mãos e me olhou seria, com olhar de nojo, de tristeza.

- Eu sempre te amei também Gabriel, mas você não presta, ao invés de me procurar, se é que você realmente me ama, ficou pegando todas, bebendo, dando uma de machão, se você acha que eu vou te beijar, está muito enganado, se você realmente me ama prova!

-Como você quer que eu te prove?

Aproximei-me dela, mas ela se afastou de mim.

-Mude, seja homem, seja responsável, tenha valores, e depois venha me procurar.

E com essas palavras ela saiu. Realmente doeu o que ela me disse, mas ela tinha razão. Se for pra ter ela, eu vou mudar.

Tomei um banho, sai, coloquei uma calça jeans, uma camisa de malha e fui em direção a garagem, percebi que o carro dela não estava então desconfio que ela tenha saído, peguei meu carro, coloquei uma musica e me lembrei dela, quando era menininha.

"Hey, você pegou o meu lugar Gabriel, você sabe que eu sempre me sento ai-Não seja dengosa Lu, hoje é meu dia, senta aqui comigo"

Eu sempre roubava o lugar dela no ônibus pra ela ficar brabinha, mas sempre sentava comigo no fim das contas. Sai dos meus pensamentos e fui até a empresa. Resolvi assumir tudo.

Cheguei à loja do meu pai e resolvi assumir as pontas. Eu iria ter que viajar, mas achei melhor abrir mão das viagens e importar as roupas. Entrei em contato com as confecções estrangeiras e acertei tudo. A partir de hoje, eles mandarão as peças pra cá, e a Lu trabalharia aqui comigo, como contabilista, afinal, ela se formou nessa área.

 Fui pra casa da minha mãe, e encontrei Louise lá, elas conversavam, e minha mãe no que eu cheguei já veio toda revoltada pro meu lado.

-Gabriel Albuquerque!

A coisa ta preta pro meu lado.

-Que houve mãe? –respondi pacientemente, coisa que não era normal.

-Eu não te ensinei como se cuidar não?

-Meu Deus mãe, o que eu fiz?

-Sabe aquela Júlia, sua "peguete"?

-O que tem aquela vadia?

-Ela ligou pra mim dizendo que esta grávida e o filho é seu!

O que? Ela sempre me disse que tomava pílula, como isso foi acontecer?

Sai em disparada da casa da minha mãe, e fui pra casa da descarada da Júlia. Cheguei, bati na porta e ela veio.

-Amor, nos vamos ter um filho!

-Amor o caramba! Como assim filho? Você sempre tomava anticoncepcional esqueceu?

-Teve um dia que eu esqueci e foi nesse dia que engravidei.

-Entra, vamos conversar.

Acabamos no chuveiro, fazendo muito sexo, ate que ao sair, tivemos a discussão sobre o bebe.

-De quanto tempo você ta grávida?

-Uma semana.

-Por que você não avisou que se esqueceu de tomar?

-Me perdoa.

Nesse momento de inconseqüência, dei um empurrão nela, ela caiu desacordada, e então fui embora atordoado.

Descobrindo um anjoOnde histórias criam vida. Descubra agora