Capítulo 9

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Louise

Fui inconseqüente em dar um tapa nele, mas achei que era necessário, não quero que ele ache que eu sou fácil, então resolvi sair de casa. Fui pra casa da mãe e chegando lá vi tal de Júlia, que falava com a Mari.

"-O que você quer aqui Júlia? - disse Mari.

-Eu vim ter uma palavrinha com a senhora. –disse Júlia.

-Pois bem, seja breve, por favor.

-Mari.

-Não me chame assim, me chame de Sra. Albuquerque.

-Tudo bem, mas vim te dizer que eu to grávida, do seu filho, do Gabriel.

-Mas você não perde uma mesmo né Júlia? Conseguiu o que queria, mas agora vocês dois vão ter que assumir as conseqüências!"

Depois disso ela foi embora e eu entrei. A Mari estava atordoada coitada, e eu me senti um lixo. Então do nada, chegou o Gabriel, eles discutiram muito, e ele saiu da casa. Não agüentei toda aquela pressão, então resolvi ir embora.

Em direção a casa, fui pensando em tudo, e foi inevitável não chorar, pois estava doendo demais.

Entrei em casa, ela estava vazia, subi, tomei um banho e deixei as lagrimas desceram soltas, com liberdade. Sai, coloquei um pijama de ursinhos e desci, fui pra cozinha fiz um brigadeiro, e coloquei um filme e assisti. Depois disso, Gabriel chegou, tomou um banho e em seguida já saiu. Bom, eu não o esperava pra jantar mesmo. Afinal, o que eu podia esperar do Gabriel.  Ele não vale nada, e tive a prova que ele não mudaria pra me conquistar. Foi à gota pra mim e resolvi falar com a Mari pra sair da casa.

Fiquei vendo o filme e acordei com um barulho enorme na porta da frente. Fui até ela e a abri. Era ele, mas ele tem chave, então me deparei com uma cena que me doeu ate a alma, mas sorri, fingindo estar tudo bem. Era o Gabriel, com a Júlia nos braços, ela ria muito e ele também, afinal, teriam um filho. Então Gabriel entrou com ela nos braços, ela veio me abraçou como se me conhecesse e voltou pro abraço do Gabriel.

-Boa noite pra vocês, casal vinte. –falei tentando ser simpática.

-Boa noite. –ela me disse com cara de vitoriosa.

-O que devo a honra dessa visita a essa hora? –pedi e ela me olhava torto por mim estar de pijama.

-Querida, não é uma visita, eu vou morar aqui! –respondeu sorridente.

Tudo bem, agora tenho a certeza que ele não vale nada mesmo.

-Isso mesmo Lu. –o interrompi na hora.

-Louise, Gabriel, é Louise.

-Ok, Louise –falou irônico- Nos vamos nos casar porque como você bem sabe, a Júlia está esperando meu herdeiro.

-Sei sim, parabéns pra vocês, que esse filho traga muitas felicidades.

Rebati, eles me agradeceram e ficaram se amassando no sofá, subi pro meu quarto totalmente deprimida com a situação, mas por que eu sairia daqui? Eu só provaria que estava me sentindo incomodada, então resolvi ficar aqui, e presenciar tudo.

Não vou conseguir dormir assim, então me lembrei da carta do meu pai, resolvi abri-la, nela continha um cartão, um bilhete e outra carta dentro da mesma. O bilhete dizia o seguinte:

"Querida filha, me desculpe por partir sem me despedir, mas foi algo realmente que eu não esperava, aconteceu tudo tão rápido, lamento. A outra carta descreve melhor toda situação, nessa, só vou lhe dizer que esse cartão tem a senha com o nosso código lembra? Sei que sim, deixei uma boa quantia em dinheiro pra você, aproveite bem, e sejas feliz.

P.S: Eu te amo."

Não pude conter as lágrimas, abracei seu porta retratos fortemente, e chorando muito, mas apareceu a estraga prazeres.

-Desculpa incomodar Louise, mas você pode me emprestar um pijama, é que não trouxe os meus.

-Claro, vou pegar.

Então ela me pegou pelo braço e falou.

-Está tudo bem?

-Esta, só uns problemas com meu pai.

Ela pegou o porta retrato e me olhou.

-É ele?

-É sim.

-Louise, eu tenho que lhe dizer. Ele é meu pai.

Entreguei o pijama a ela e cai sentada na cama. Não pode ser real.

Descobrindo um anjoOnde histórias criam vida. Descubra agora