Capítulo 3

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Louise

Chegamos ontem de viajem, e hoje, daqui a 30 minutos vou encontrar meu novo chefe, estou realmente muito curiosa pra conhecê-lo, dizem que ele é um amor de pessoa. Sai de casa, peguei meu carro, sim ganhei até um carro, e cheguei na loja dele em 15 minutos. Estacionei meu carro e subi até sua sala, a loja era realmente grande, bem equipada, bonita, ajeitada, enfim, era bem luxuosa. Cheguei na sua sala, bati e ele mandou eu entrar. Entrei, e me sentei em uma poltrona a sua frente, fiquei realmente impressionada com aquela sala, cheia de janelões de vidro que cobriam toda sala, então ele tinha uma vista realmente linda da cidade, fiquei babando naquela vista quando ele me tirou de meus pensamentos.

-Louise Campos, nome diferente, mas bonito senhorita. Chamo-me João de Albuquerque, sou seu novo patrão a partir de hoje, sei que você mal começou, mas tenho que lhe dizer que iremos viajar no sábado. Você usava que roupas no seu antigo emprego Sta. Louise?

-Usava trajes sociais Sr., por que a pergunta? –pedi um pouco confusa.

-Porque, como você viajará comigo, terá de usar roupas mais sofisticadas. Não fique nervosa, minha esposa passará na sua casa essa semana e vocês irão juntas. Tudo bem Louise?

Nossa, eu estava levando vida de rainha nesse emprego, nem acredito nisso, parece até que ele me conhece a muito tempo. Ele tem algo de familiar no olhar. Claro, já sei, minha mãe tinha uma foto dele, mas por quê? Bom, deve ser breve coincidência.

-Tudo ótimo Sr. Albuquerque. Quando ela passará me pegar, já que hoje é quinta e viajaremos no sábado? –perguntei com um sorriso.

-Agora mesmo Sr., foi um prazer te conhecer.

Estendeu-me sua mão, eu apertei e sai. Desci para o saguão e sua esposa já me esperava.

Dei um beijo em cada lado de sua face e fomos às compras. Comprei vários vestidos e roupas que davam inveja, eram magníficas, perfeitamente lindas, cortes bem feitos, tons sobre tons, era um sonho, mas se fosse esperei não acordar.

-Nossa, Mari, posso ter essa intimidade? –ela assentiu-Eu gastei muito, nunca vou ter como pagar todas essas coisas.

-Calma querida, é um presente, como o carro também foi você vai utilizá-los no trabalho, então é mais que obrigação do meu marido pagar tudo pra você- Ela sorriu.

Ela realmente era muito amável, pena que só tem um filho que pelo que eu sei, é muito rebelde e sempre estraga os humores da família.

-Posso pedir uma coisa? Se não quiser, tudo bem- sim eu estava muito nervosa, ela apenas assentiu para que eu continuasse. –Por que a senhora só teve um filho?

-Bom Louise, a uns 22 anos atrás eu estava tendo meu segundo filho, que por ventura veio quando o Gabriel tinhas 1 ano. Nesse dia tinha uma mulher na mesma sala de parto que eu. O filho dela infelizmente nasceu morto, e a minha garotinha nasceu viva, eu estava sozinha por aqueles dias, e os médicos me alertaram que eu poderia morrer, então deu minha filha a essa mulher. –Disse enquanto lagrimas de dor escoriam por sua face.

-Mas a senhora nunca pensou em procurá-la? Pra pelo menos conhecer sua filha? –Perguntei amigavelmente.

-Pensei sim, minha menina, o único problema foi que ate os cinco anos de idade ela e os pais moraram aqui, mas após o divorcio dos dois, ela se mudou pra algum lugar e meu detetive não encontrou elas duas.

Fiquei pensando no ocorrido, pode ser apenas coincidência, mas algo faz sentido, a foto, meus pais também se separaram quando eu tinha apenas cinco anos, e após isso fomos para o Canadá. Bom cedo ou tarde eu iria ter que mexer nesse assunto, então por que não agora?

-A senhora disse que estava sozinha aqueles dias, mas e seu marido?

- Meu marido viajava com sua secretaria que depois de alguns meses também ganhou um bebe, não desconfio que ele tenha me traído com ela, mas são apenas hipóteses, e por falar nisso, ela parecia com você. –Fiquei espantada com esse fato. –Mas ela tinha uns 18 anos aquela época.

Tudo bem, minha mente girava com tantas informações, acho que estou paranóica, porque muita coisa se encaixa, até demais. Resolvi trocar de assunto.

-E seu filho Gabriel? Ele não ia voltar?

-Sim querida, mais tarde pegarei ele na Inglaterra, acredita que ele bateu o carro num muro, ficou inconsciente e perdeu a memória? –Ela riu, mas sei que era só pra esconder a decepção.

-Nossa, desculpa dizer, mas seu filho deve ser meio louco pra bater em um muro e ficar inconsciente.

-Eu sei querida, mas isso é coisa de Deus, porque acho que você sabe que ele é bem rebelde, não sabe?

-Sei sim, é uma pena, porque com pais amáveis como ele tem, ele deveria ser mais amigável.

-Sabe Louise, gostei de você, determinada, inteligente, iremos ser ótimas amigas. Só que querida, me prometa uma coisa?

-O que? –Perguntei confusa

-Nunca de trela pro meu marido.

-Desculpa a pergunta, mas não entendi. - Estava muito confuso isso.

-Não deixe meu marido ficar com conversinha pra cima de você. Você se decepcionara quando descobrir que tipo de homem é ele.

-Tudo bem, mas que tipo de homem ele é?

-Um psicopata, por isso tome cuidado querida.

Epaa, para tudo, psicopata? Onde fui me meter meu deus.

Descobrindo um anjoOnde histórias criam vida. Descubra agora