Capítulo 19

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Dante Baronne

Se Alph acha que vai me intimidar, ele está muito enganado. Eu com certeza tenho mais poder sobre a Rebeca do que ele, e isso abre muitas brechas. Assim que saí do escritório sigo para o estacionamento onde eu havia deixado o meu carro, quando me aproximo do veículo paro em sua frente e apanho o meu celular. Disco alguns números e coloco o aparelho na orelha.

Depois de alguns toques aquela voz soa no outro lado da linha.

- Dante, quanto tempo meu neto! - Meu avô diz empolgado.

Já faziam alguns anos que não nos encontrávamos.

- Kemal Baronne, estou morrendo de saudades. Estou indo até o local marcado. - Digo, e escuto ele gargalhar do outro lado. - E tenho novidades!

Desligo o aparelho e entro no veículo, sigo para a casa onde meu avô estava. Durante o caminho todo eu só sabia pensar em Rebeca, meu coração doía só de imaginar o mal que a cercava. Nenhum de nós merecia estar no meio dessa guerra, nenhuma dessas batalhas eram nossas. Éramos para estarmos felizes, casados, com filhos. Aquilo tudo havia afetado toda uma vida, um futuro.

Meu avô estava disposto a acabar com Alph, e nada mais doloroso do que mexer no seu ponto fraco. E eu sou a pessoa mais próxima dela, não era pra ser tão difícil. A primeira parte do plano estava quase concluída, afastar Rebeca de todos que a protegem, assim ela fica vulnerável a qualquer perigo.

Chego na casa de meu avô e estaciono o carro, desço e caminho em direção a porta de entrada. Era uma bela mansão toda na cor preta, a parte da frente era toda de vidro e a porta pivotante era o charme daquela fortaleza de concreto, aço e vidro.

Toco a campainha algumas vezes e logo a porta se abre, exibindo o vislumbre de meu avô, seu sorriso se expande ao me encontrar.

- Vovô. - lhe dou um abraço demonstrando a saudade que eu senti dele.

- Dante, você me fez tanta falta! - ele retribuí o abraço, e logo me dá espaço para entrar. - Fique a vontade, vamos até a sala de reuniões.

O acompanho pela enorme corredor até chegarmos a tal sala, quando adentro o cômodo percebo a presença de vários homens. Todos armados até os dentes. Me aproximo da mesa e me sento ao lado de meu avô, ele me apresenta para quem eu ainda não conhecia e logo começamos a reunião. Contei ao meu avô o meu feito daquele dia mais cedo, todos ali ficaram impressionados com a minha capacidade de deixar tudo de lado, para concluir o plano.

- Alph está furioso com a nossa reaproximação, ele não vai deixar barato. - questiono para tentar fazê-los desistir daquele plano idiota.

- Dante tem razão! - vejo Nihan adentrar a sala de reuniões, ela se aproxima de meu avô e o abraça. - Olá Kemal, desculpe o atraso. Mas continuando, Alph não vai desistir tão fácil assim do império que ele lutou tanto pra erguer.

- Eu só quero ter o prazer de mata-lo com as minhas próprias mãos. - Meu avô diz com um sorriso em seus lábios. - Quem me interessa é a garota, Rebeca está no comando da Máfia. Quando eu pegá-la, o poder será meu!

Nihan me encara como se tivesse me pedindo para interferir em alguma coisa, mas meu avô tinha muito poder, nem que eu quisesse falar alguma coisa não iria adiantar.

Meu avô estava orgulhoso de mim, eu podia ver isso em seus olhos. Eu mantive a pose de durão e mentindo que não sentia mais nada por Rebeca.

Eu não queria machuca-la. Eu a amava, durante a reunião cogitei várias vezes em fugir com Rebeca, e vivermos a nossa vida longe daquela confusa toda.

Pedi-la em casamento talvez desse certo!

Coloquei aquela ideia na cabeça e fiquei pensando em Rebeca o dia todo, seria loucura tomar uma decisão dessas por impulso. O meu avô seria capaz de nos matar, mas eu estava disposto a correr esse risco pela mulher que eu amo.

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