Verme Branco

3.5K 341 15
                                    

110 d.c.

Alicent narrando…

Na manhã seguinte, Viserys ordenou que Daemon fosse para o Vale e só voltasse quando tiver um herdeiro, a cara do canalha foi a melhor, infelizmente ele matará sua primeira esposa, mas não deixarei que ele tenha o controle do Vale.

A Lei da Saúde foi um sucesso entre o povo pequeno, fui mais aclamada do que a falecida Rainha Alysanne, recebemos a notícia de que o Grande Meistre Mellos faleceu na Guerra, fizemos uma pequena cerimônia a ele e nomeei Meistre Orwyle para ser seu sucessor, nesse momento, estou em seu laboratório, pretendo dar a ele um aviso.

-Minha rainha, que supresa não esperava ver aqui - ele diz sorrindo e sorrio para o mesmo - Entre, por favor - adentro a seu laboratório, com Sor Criston logo atrás - Como posso ajudá-la?

-Não traindo a mim ou ao rei - falo de uma vez e ele fica nervoso - Meu caro, eu me livrei do antigo Meistre pois ele não cuidava do rei devidamente, não será difícil fazer o mesmo com você.

-Não entendo - ele se faz de sonso e aceno para Sor Criston, que se aproxima ameaçadoramente do mesmo.

-Deixe de jogos, eu quero uma cura para sabe-se lá o que deram ao que deram ao rei, ou a sua cabeça será pendurada nos portões de entrada. Fui clara? - mando séria e ele acena desesperado - Ótimo, adorei nossa conversa.

Saio tranquilamente do seu laboratório e vejo Saera mais a frente, vamos ter uma pequena reunião agora.

-Onde estava? - ela pergunta desconfiada e sorrio inocentemente entrelaçando meu braço ao seu.

-Cuidando de um rato - falo simples e ela gargalha, chegamos a minha sala de reuniões e adentramos a ela, com Sor Criston conosco, confio nele para saber de tudo - Novidades?

-A prostituta preferida de Daemon chegou hoje, ela perdeu o bastardo que tinha de Daemon - diz Saera despreocupada.

-Consegue marcar uma reunião com ela? - pergunto e Saera me olha surpresa, mas acena - Precisamos dela como um tipo de agente duplo, ela tem a confiança de Daemon, mas darei algo a ela que ele nunca deu.

-O que? - Saera pergunta.

-Escolha

Quebra de tempo…

Alguns dias depois a morte de Rhea Royce foi anunciada, Daemon herdaria o título da falecida esposa, mas é algo que vou mudar imediatamente.

Ando com Sor Criston atrás de mim, murmurando como isso é errado, eu estou na Rua da Seda, com um vestido surrado preto e um manto da mesma cor por cima. Estamos indo encontrar Mysaria, a Verme Branco aceitou se encontrar com Saera e sua convidada.

-É aqui, Rebeca - Criston fala parando em frente ao bordel, aceno e adentramos ao local pecaminosos - Rebeca…

-Fique calmo, vai ficar tudo bem - murmuro pra ele e avisto Saera, caminho até a mesma.

-Finalmente, vamos - Saera não faz a mínima questão de esconder seus belos cabelos prateados, mas isso é tão esperado dela, que não sei nem porque me surpreendo.

-Princesa - escuto uma voz debochada e sensual soar - Pensei que seria somente um convidado.

-Ele ficará na porta - diz Saera despreocupada, Criston ia protestar, mas seguro sua mão. Adentramos a sala e Criston fecha a porta, ficando de vigia do lado de fora.

-Quanto mistério - debocha Mysaria e levanto a cabeça tirando o capuz - Rainha?

-Esse é o motivo do mistério, Mysaria - falo simples e me sento em uma das cadeiras indicadas - Podemos começar?

-O que Vossa Majestade veio fazer ao meu humilde estabelecimento? - ela pergunta sarcástica, mas vejo que está com medo.

-Quero sua lealdade - digo sem rodeios e ela se engasga com a bebida que bebia, logo gargalha em seguida - Não estou brincando - ela fica séria e eu também - Viu o que eu fiz pelo povo e o que eu ainda posso fazer.

-O que uma simples prostituta pode fazer por você, minha rainha? - ela pergunta friamente.

-Aí que está o segredo, todos subestimam as prostitutas, mas quem mais sabe de tudo no reino são elas, quem tem grande poder também - falo e ela me olha com a sobrancelha erguida - Francamente, você ou suas protegidas nunca mataram alguém e ninguém nunca descobriu - ela fica em silêncio e solto um suspiro - Eu quero mudar tudo isso, comecei por pouco, fui limpando as ruas, depois abrir mais orfanatos, casas de cuidados, a Lei da Saúda e vários outros projetos que eu tenho. Só peço que me ajude a cuidar do reino e das futuras gerações.

-O que eu ganharia com isso? - ela pergunta e sei que está mais aberta a escutar.

-Comprarei seus bordéis, deixei eles melhores, ajudarei suas protegidas, darei comida, roupas e suprimentos a vocês, além de uma quantia mensal de dinheiro - falo simples e ela pensa - Darei a voce 1 lua para pensar - me levanto e ando ate a porta, mas me viro para olhá-la por cim do ombro - Voce pode negar, mas se aceitar e me  trair - chamo sua atenção com meu tom mais frio - Não me queira como inimigo, pois enviarei sua cabeça pata Daemon.

Saio da sala com Saera e Criston em silêncio, caminhamos pelas ruas, agora sem o mal odor, a cidade está bem melhor.

-Saera tente achar algo de ruim sobre Sor Joffrey, ele seria um excelente espião - mando a princesa que acena.

Na manhã seguinte recebo uma carta anônima, deixada sob minha mesa, nela, as seguintes palavras:

"Sou toda sua, Majestade". Sorrio pois eu tenho a Verme Branco.

Kaleesi, Viserys Targaryen (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora