Higher - Michael B. Jordan

Entrando no jogo

Alana contempla seu reflexo no espelho do lado de fora do escritório de Donna, a coragem de enfrentar esse maldito dilema desapareceu novamente. Ela precisa desse trabalho mais do que em qualquer altura da sua vida. Donna não suportava ver suas agenciadas andando pela rua sem aparentar ser uma modelo, ela passou anos sendo uma grande Top Model e ensinava diariamente que nós chamávamos atenção no dia a dia. Atraia novos clientes. Não havia exceções, mesmo se fosse apenas para ter uma reunião com ela. Um dos requisitos para continuar no trabalho era sempre estar representando o glamour das mulheres da agência de Donna.

Alana passou o dia rezando para que Donna realmente tivesse alguém para ela esta noite. Depois de dois péssimos teste, ela precisava de uma oportunidade para se redimir rapidamente e mostrar que estava pronta para o trabalho. Reese fez de tudo para ganhar coragem e assumir o único papel que lhe é concebido, quando ela se aproximou da porta do escritório para bater, seus movimentos pararam quando vozes altas encheram seus ouvidos.

– Isso é inadmissível, Lily! Não!.

[DONNA CRAWFORD - 53 anos]
— CEO da L.A Models

A coragem de Alana fugiu junto com os gritos passando além da porta, Donna sempre foi dura com todas as garotas. Em seus dias bons, a megera conseguia colocar medo em uma criança só de olhar, mas em seus dias ruins... ela era personificação da destruição e qualquer pessoa estava a mercê dos seus ataques. E hoje não é um dia bom, se ela está aos gritos com o seu pote de ouro, a sua maior garota, Alana não conseguia tomar coragem para encará-la depois de duas falhas.

– Não tenho controle com uma criança doente – a resposta de Emily deixava claro o quão exaltada ela estava, era uma briga de cachorro grande demais para que pudesse interromper – Infelizmente não posso contar com o filha da puta que chamo de pai do meu filho para ficar com ele no hospital.

– Que porra, Resse! Entre logo nessa merda e pare de chamar atenção como uma adolescente olhando sua primeira agência de modelos.

Donna havia melhorado seu sistema de segurança depois de algumas brigas das garotas do lado de fora, era óbvio que ela conseguiria ver Alana paralisada na porta com seus gritos. Ela olhou para a câmera balançando a cabeça em negação. Alana tomou toda coragem que havia nas ruas, endireitou a postura e entrou.

– O..oi– sua voz sumiu, levando-a pigarrear seco para trazer coragem – eu cheguei cedo demais? Eu estou aqui para..

– Reese, eu que marquei a reunião, sei para o que está aqui – o desdém na voz de Donna a congela como uma criança repreendida – E não, não há mais cliente para você esta semana.

Alana soltou o ar que não percebia que estava prendendo, o estresse tomava conta do seu corpo, mais um dia sem trabalho e a situação se tornava mais complicada. O dinheiro enviado à família, o aluguel que se aproximava e a conta cada vez mais vazia. As preocupações passavam por sua cabeça.