Alana Reese leva a vida em meio a trancos e barrancos, entre a vida agitada da cidade dos anjos, ela luta para ser reconhecida em meio ao cenário das garotas de luxo de Los Angeles.
Dinheiro, poder e reconhecimento. Nesse mundo, alguns trabalhos sã...
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– Bakari! – Donna chamou Michael, que estava do lado de fora com o pai supervisionando o peru frito para o jantar.
– E aí, mãe? – Ele correu até ela enquanto ela continuava se movendo pela cozinha. Michael se ofereceu, como fazia todos os anos, para que o jantar fosse servido, mas sua mãe nem sonhava em não preparar o jantar de Ação de Graças com as próprias mãos. Michael nunca pressionava muito porque sabia que nenhum fornecedor jamais superaria a comida de sua mãe e de seu pai.
– Acho que uma certa garota precisa mais de sua atenção do que seu pai e aquele peru – ela gesticulou em direção a Alana, cujas mãos estavam cheias de guardanapos cuidadosamente dobrados enquanto ela colocava cada um em cada lugar ao redor de sua mesa gigante estilo fazenda.
Os olhos de Michael percorreram seu corpo. Ele podia ver a tensão em seus ombros, mas ela estava tensa desde que acordaram naquela manhã. Ela também ficou quieta o dia todo, simplesmente se levantando e indo até a cozinha para ajudar a mãe dele. Embora ela estivesse mais do que feliz pela ajuda e isso desse aos dois a chance de conversar e se relacionar, Michael sabia que os motivos de Alana não eram completamente altruístas. Ela precisava da distração.
– Ela está arrumando a mesa, o que há de errado?
Sua mãe baixou a voz.
– Ela arrumou e redefiniu aquela mesa cinco vezes, entre me perguntar se preciso de ajuda 100 vezes e pedir desculpas pelo atraso de sua família – Ela apontou para a jarra que continha uma sangria de outono para o jantar – A pobre garota ficou de pé me ajudando o dia todo e ela é um sonho, mas precisa relaxar. Lhe sirva uma bebida, tire-a da minha cozinha e faça-a sentar-se até o jantar, por favor?
– Sim, senhora. – Ele beijou sua mãe na bochecha antes de rapidamente pegar um copo e servir uma bebida antes de caminhar até ela.
– Acho que esses guardanapos vão ficar bem onde quer que você os coloque, menina – ele sussurrou em seu ouvido, fazendo Alana pular ligeiramente.
Ela apertou o peito, olhando para a mesa posta e o conjunto de guardanapos na mão.
– Desculpe... estava na minha cabeça. Algo sobre isso ainda não parece certo – ela sussurrou enquanto começava a reorganizar o cenário à sua frente novamente.
Michael olhou para ela por um momento antes de pegar as coisas da mão dela e colocá-las no chão. Ele pediu que sua irmã assumisse a arrumação da mesa antes de agarrar a mão de Alana e puxá-la para seu quarto no andar de cima. Ele fechou a porta e entregou-lhe o copo.
– Beba. – Ele instruiu.
Alana tomou um gole antes de baixar o copo novamente para devolvê-lo.
– Não, beba tudo e depois me diga por que você está com tanto medo.
– Eu não estou com medo.
– Sim, você está. Me diga o porquê. – Michael não era burro. Alana estava de folga desde que sua família desembarcou em Los Angeles, mais tensa, mais quieta e não ela mesma. Ele desejou poder recuperar a versão dela de Paris, mas aquela mulher estava enterrada profundamente sob o touro aparentemente interminável que sua família a fez passar.
