Capítulo 1 - Part. 2 - Matthew.

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ESTA OBRA FICOU DISPONÍVEL PARA LEITURA ATÉ 26/12/2016, APÓS, FOI RETIRADA PARA REVISÃO.


Tentei retornar a ligação diversas vezes, mas o telefone parecia ter sido desligado. Pensei em ir falar com Gregory, mas o som que vinha do primeiro andar me dizia que a boate já havia sido aberta, e os ponteiros do relógio me confirmavam isso.


Sentindo-me um pouco frustrado, segui para a sala de vigilância, a fim de saber da localização de Gregory.


- Walters. - chamei, ao entrar na sala.


O segurança sentado em frente aos monitores virou sua atenção para mim.


- Senhor?


- Pode ver se Gregory está na portaria?


Walters verificou as imagens das câmeras da entrada da boate, e balançou a cabeça em negação.


- Consegue ele no rádio?


O segurança pegou seu walk-talk e chamou por Gregory. Esperei impacientemente enquanto ele tentava algum sinal de Gregory, até que, por fim, Ross, o outro segurança que fica na portaria, disse que Gregory havia saído.


- Nada dele, senhor. - disse Walters.


Respirei profundamente, apertando a ponte do meu nariz. Perfeito, meus funcionários saem no meio do expediente e eu nem fico sabendo.


- Se tiver sinal dele, me avise. - eu disse, e segui para o meu escritório.


Era, no mínimo, muito estranho tudo aquilo. Gregory estava ali, em seu posto, e depois que recebi uma ligação de Ian, ele sumiu e o celular de Ian está inacessível. Sim, no mínimo estranho.


Fiquei matutando sobre isso em minha sala. Por mais que eu tentasse pensar em outra coisa, minha mente sempre se voltava para aquilo, e as possibilidades começavam a encher minha mente.


Eu sabia que Ian ainda tinha envolvimento com pessoas do tráfico, afinal, ele era irmão de um assassino de aluguel e traficante, e vivia no meio daquilo tudo. E quando seu irmão morreu, assim como Ivan, metade dos seus paus mandados foi preços, enquanto a outra metade conseguiu fugir, mas isso não queria dizer necessariamente que haviam esquecido de Ian.


Houve uma breve batida em minha porta, antes que Mason entrasse, carregando um prato com sanduiches.


Observei quietamente enquanto ele se sentava na cadeira e colocasse o prato sobre a mesa, me indicando que eu pegasse um.


Vendo-o assim, ninguém pensaria que ele esteve entre a vida e a morte. E isso por culpa de nosso pai. E minha, também, se eu tivesse o protegido como deveria, nada daquilo teria acontecido.


Tinha dúvidas de que algum dia eu me livraria daquele sentimento de culpa, onipotência e fracasso. Meus instintos de irmão mais velho sempre falaram mais alto, e sempre coloquei Mason na frente de tudo. E mesmo assim ele saiu machucado.


Eu prometi a mim mesmo, no dia em que Mason ficou internado no hospital, em coma, que nunca o envolveria com negócios da boate novamente, ou qualquer outra coisa que ameaçasse o bem estar dele. Nem que eu tivesse que afastá-lo ainda mais, nem que eu mesmo tivesse que me afastar.


- Matt? - questionou Mason, franzindo o cenho para mim. - Está tudo bem?


Recostei-me na cadeira ao pegar um dos sanduiches.


- Eu espero que sim.


***


Minhas esperanças se evaporaram algumas horas depois, quando o primeiro indício de que algo estava errado apareceu.


Mason já tinha ido para casa com Sienna e sua amiga. A boate ainda estava lotada, funcionando a todo vapor. E eu não tinha tido nenhum sinal de Ian ou Gregory, ainda.


Eu já estava começando a ficar preocupado com os dois. Não era normal alguém sumir assim, sem mais e sem menos. Logo minha mente já tinha idealizado vários cenários diferentes, e nenhum deles acabava bem.


Pensei para quem eu poderia ligar, conseguir alguma droga de resposta, mas não havia ninguém. Eu não conhecia nenhum amigo ou familiar de Ian e Gregory, e não tinha como obter notícias dos dois.


Estava vendo minha lista de contatos, quando Walters bateu em minha porta e colocou sua cabeça para dentro da sala por uma brecha na porta.


- Com licença, senhor, - disse ele. - mas tem algo que o senhor precisa ver.


Eu me levantei da cadeira, franzindo o cenho, e o segui para fora da sala.


Walters abriu a porta da sala de vigilância e me indicou um dos monitores. Aproximei-me da pequena tele e observei com atenção.


- O que está havendo? - questionei. Não via nada demais na imagem. Nada além de alguma comoção em frente a portaria, mas isso acontecia vez ou outra, e até era normal.


- Um moça está chamando pelo senhor. Ela está desesperada, e sangrando. Não está dizendo coisa com coisa.


- Sangrando?


- Sim, senhor. Parece estar gravemente ferida.


Eu não deixaria uma garota sangrar até a morte na porta da minha boate. Afastei-me dos monitores e me dirigir para a escada e para o primeiro andar. Andei no meio do mar de gente, vagamente consciente de que Walters me seguia.


Atravessei a boate até estar no bar, onde havia bastante pessoas esperando serem atendidas. É, eu realmente tinha que contratar mais atendentes. Aqueles dois não estavam dando conta.


Saí da boate, notando que ainda havia pessoas esperando para entrar. Mandei que Walters cuidasse disso, e virei minha atenção para o segurança confrontando uma pessoa contra a parede. Eu não podia vê-la, com aqueles brutamontes em minha frente, até que chegue mais perto e disse para um dos seguranças sair da minha frente.


Uma garota estava contra a parede, inclinada para frente, uma mão no joelho e a outra segurando o seu lado direito. Seu cabelo escuro caia para frente, impossibilitando a visão de seu rosto.


Notei que respirava com dificuldade, e emitia pequenos gemidos que pareciam ser de dor. Suas vestes estavam rasgadas e manchadas com o que parecia ser sangue.


Eu limpei a garganta, desconfortável com a situação, e querendo chamar a atenção dela.


Lentamente, ela ergueu a cabeça, o cabelo ainda cobrindo o rosto.


- M-Matthew Sinclar? - disse ela, em meio a ofegos e gemidos.


- Sou eu. E quem é você?


Ela tentou se erguer mais, e deu um guincho de dor enquanto de desequilibrava. Eu a seguei pelos ombros, impedindo-a de cair de cara no chão.


Deliberadamente, ela ergueu seu rosto para o meu, fios de cabelo grudado em sua face pelo suor.


- L-Leyla - disse entre gemidos. - P-Por favor... Me ajude.


E desmaiou.

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Hey, pessoal! Quero saber a opinião de vocês! Comentem, please! Obrigada por lerem e pelas estrelinhas!
Ah, e de quem vocês querem que seja o próximo capítulo? Do gostoso do Matthew, ou da garota desconhecida?
Beijos!

Alucinante - Sinclar's Club (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora