Capítulo 3 - Pat. 1 - Matthew

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ESTA OBRA FICOU DISPONÍVEL PARA LEITURA ATÉ 26/12/2016, APÓS, FOI RETIRADA PARA REVISÃO.


Não tinha ideia do que fazer. Estava perdido, e eu não gostava nada disso. Não gostava de não ter alternativas. E toda essa situação não me oferecia muitas opções.


Pensei quem chamar alguém, qualquer um, para me ajudar. Até mesmo Sienna passou por minha cabeça, mas eu não podia fazer isso. Não enquanto eu não soubesse exatamente o que estava acontecendo. Não enquanto eu não sabia quem era realmente aquela garota e no que ela estava metida.


Não que eu pensasse que ela era perigosa. Seu estado me dizia que claramente que não. E ela parecia ser delicada demais para ser perigosa. Mas isso não queria dizer que ela não estava envolvida em algo perigoso, afinal, toda rosa tem espinho.


Eles vão me matar...


Suas alucinações retornaram à minha mente. Era difícil acreditar que alguém pudesse querer mata-la. Mas, novamente, eu não sabia nada sobre aquela garota, a não ser seu nome e que era incrivelmente forte, por ter levado um tiro e não ter se abalado sobre isso. Deus sabe que muitas garotas teriam surtado. Não é para menos; levar um tiro, mesmo que de raspão, não é pouca coisa. Eu sei bem disso.


Tinha que pensar em algo logo. Não podia me envolver em seus problemas, e tinha que arrumar uma forma de me livrar dela o quanto antes.


Mas, primeiro, a deixaria se recuperar.


Ela ainda descansava no antigo quarto de Mason, e bati na porta duas vezes antes de entrar. Da última vez que tinha entrado naquele quarto ela estava apenas em suas peças intimas, e no chão.


Leyla estava da mesma forma que eu a havia deixado alguns momentos antes, mas seus olhos estavam fechados, e parecia estar dormindo.


Coloquei a bandeja com o prato de sopa no criado mudo e sentei na beirada da cama. Ela parecia tão serena dormindo, que tive receio de acordá-la, mas ela precisava comer alguma coisa para se manter nutrida.


Suavemente, toquei o seu braço.


- Leyla? - chamei.


Seus olhos castanhos despertaram, confusos, desfocados. Piscou algumas vezes, e seu olhar cruzou com o meu.


- Trouxe uma sopa. - eu disse, querendo dar um motivo para estar ali perturbando o seu sono.


Ela piscou novamente e engoliu em seco.


- Está com dor? - questionei.


Negando com a cabeça, Leyla tentou se levantar. Ajudei-a a se sentar contra a cabeceira da cama. Eu duvidava muito que estava sem dor, mas daria a ela um tempo antes de fazê-la tomar mais aspirinas.


Peguei o prato de sopa e entreguei a ela.


- Tome. - eu disse, encontrando seu olhar. - Depois que comer, nós vamos conversar.


Ela inalou, hesitando antes de concordar, e pegou a colher começando a comer. Eu não era um excelente cozinheiro, mas tive que aprender a me virar sozinho para cuidar de mim e de Mason. E apesar de eu não cozinhar tão mal assim, Leyla mal tocou na comida.


Seu organismo ainda estava trabalhando contra o álcool que a fiz enjerir, assim como contra os remédios. Fora a própria ação de seu corpo contra seus ferimentos. Ela tinha que se alimentar. Disse isso a ela e consegui que comesse mais algumas colheradas, mas foi só isso. Ela estava enjoada, e disse que vomitaria se tentasse comer mais.

Alucinante - Sinclar's Club (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora