Capítulo 4 - Parte 1 - Matthew.

2.1K 167 5
                                    

ESTA OBRA FICOU DISPONÍVEL PARA LEITURA ATÉ 26/12/2016, APÓS, FOI RETIRADA PARA REVISÃO.



Eu deveria estar ficando louco, se meus pensamentos eram aqueles mesmos. Eu não deveria estar mantendo essa garota em meu clube, em minha casa, perto de mim ou de meu irmão. E, também, não deveria estar adquirindo esse tipo de pensamento por ela.


Não, eu certamente não deveria. Ela era sinônimo de perigo e mais do que nunca eu sabia que tinha que me afastar dela.


Mas então o quê? Largar ela em algum lugar, feria e totalmente desamparada? Não, se eu fizesse isso, eu não estaria sendo eu mesmo. Nunca iria me perdoar se algo acontecesse a ela por falta de compaixão minha.


Tinha essa coisa sobre ela, que despertava os instintos de proteção que eu carregava comigo. Sempre que colocava meus olhos sobre ele, eu queria protege-la, envolve-la em meus braços, e matar qualquer um que ameaçasse encostar num fio de cabelo dela.


Sempre tive esses instintos protetores, e eu até sabia lidar com eles, mas com esses pensamentos que de repente invadiam minha mente, não. Eu não sabia o que fazer contra eles, e muito menos se iria conseguir me segurar por muito mais tempo.


Oh, Deus, eu a desejava de uma forma que nem posso explicar. Isso... Isso me assustava. Não que eu estivesse com medo dela, e sim com medo do que isso significava.


Frustrado comigo mesmo, voltei para meu escritório. Merda, não era hora de me pensar com o meu pau, era hora de me preocupar em como eu manteria toda essa situação o mais longe possível de Mason.


Eu não estaria arriscando a sua vida novamente. Não deixaria que nosso pai acabasse com seu futuro. Dessa vez, eu iria protegê-lo, custe o que custar. E isso totalmente envolve Leyla Carter. Por mais que eu quisesse ajuda-la, não a colocaria na frente de meu irmão, da minha única família.


Era isso, eu a ajudaria o máximo que eu pudesse, sem colocar o meu irmão em risco. A começar por seus ferimentos.


Olhei para Sienna. Ela aguardava pacientemente sentada na cadeira em frente a minha mesa. Seus olhos estavam arregalados, e havia medo e preocupação neles. Nem era preciso ser um telepata para saber o que ela estava pensando: Sienna estava lembrando de quando Mason estava entre a vida e a morte.


- Ela está bem? - perguntou ela, sua voz um sussurro ecoando na sala.


Sienna não parecia mais angustiada como estava quando a encontrei no meu escritório. Leyla tinha acabado de me contar as boas novas, quando dei de cara com Sienna, e tenho certeza de que se não fosse por meu medo de assustá-la, eu teria feito todos os móveis do meu escritório voarem pelo cômodo, de tamanho a raiva que havia me atingido.


Mas apesar de estar furioso, e totalmente apavorado por Mason, parte de mim parecia saber que algo do tipo estava para acontecer.


Bem, quem era o maluco agora?


- Sim. - respondi, dando um passo mais perto, pensando no que eu poderia dizer a ela sobre isso.


- Quem é ela? E porque ela está sangrando? - questionou, não parecendo acreditar muito em mim.


Sentei na poltrona ao lado dela com um enorme suspiro, apertando minhas têmporas. Deus, eu estava realmente exausto. Não dormia a vinte e quatro horas, mas não me sentia pronto para ir para a cama ainda. Eu tinha muito o que fazer, como descobrir exatamente como iria ajudar Leyla Carter, e como iria fazer para esse tal de Alden não chegar perto de meu irmão.


- O nome dela é Leyla, ela apareceu aqui na boate no meio da noite passada, ferida, desorientada. - eu olhei para Sienna. - Ela foi baleada de raspão.


Seus olhos se arregalaram.


- Oh, Deus. - sussurrou ela.


Inclinei-me para frente, apoiando os cotovelos sobre os joelhos. Olhei dentro dos olhos de Sienna, tentando descobrir o quanto poderia falar. Não podia envolver ela nisso, mas Deus sabia que ela não iria parar de questionar.


- Ela está com alguns problemas. - eu disse lentamente, para ter tempo para pensar no que diabos eu estava falando. - E pediu para que eu a ajudasse. O irmão dela é um amigo, então eu não poderia negar.


Duvida apareceu em seus olhos, o que me fez adicionar:


- E, bem, ela é inda...


Sabia que tinha acertado quando um brilho apareceu em seus olhos.


- Oh, bem, você faz bem em ajuda-la, então. - um fantasma de sorriso apareceu em seu rosto, antes que ele se torna-se sério novamente. - Mas isso não vai trazer problemas para você, vai, Matt?


Neguei rapidamente.


- Não, claro que não. Ela só vai ficar aqui até seus machucados apaziguarem para que ela possa retornar para casa.


- Porque ela não vai ao médico?


Levantei-me e fui até a janela. Que diabos iria dizer agora?!


- Isso é coisa dela, Sienna. Você sabe tanto quanto eu que nem sempre o que parece mais fácil fazer é o mais certo. - exalei profundamente antes de me virar para ela. - Não se preocupe com nada disso, está certo?


Ela assentiu lentamente, mas eu podia ver em seus olhos que ela já estava se preocupando com isso.


- E eu agradeceria se você não dissesse nada a Mason, também. - desviei meus olhos dos seus, esperando que fosse funcionar. - Não quero evolvê-lo nisso, e também não quero-o chateando-me por causa de Leyla. Deus sabe que ele o fará se souber.


Lacei um olhar para ela e encontrei um dos lados de seus lábios erguido.


- Por favor? - pedi. - Leyla é coisa minha.


- Tudo bem. - cedeu ela, se levantando. - Ela parece ser muito bonita, e tenho certeza de que deve ser muito simpática também. - Sienna colocou a mão sobre meu ombro. - Fico feliz que tenha encontrado alguém, Matthew. Você é muito sozinho.


Eu suspirei.


- Ok, tudo bem, chega disso.


Era estranho deixa-la pensar que eu, de alguma forma, gostava de Leyla. Mas, se isso fosse manter sua boca fechada e ela e meu irmão seguros, eu até mesmo diria que estava namorando Leyla.


Oh, inferno, eu me casaria com ela se fosse preciso.


A mão de Sienna caiu e ela se virou para a porta.


- Sienna. - eu chamei, antes que ela se fosse.


Ela se virou para mim. Eu podia ver a tristeza em seu rosto.


- Sobre aquela conversa, tenho certeza de que não é o que você está pensando. - eu disse, olhando em seus olhos para que ela visse que eu não estava mentindo. - Só não o julgue antes de ter certeza, sim?


Sienna deu de ombros, assentindo lentamente, e se virou para a porta novamente.


- Huh, Sienna? - chamei novamente, esfregando a parte de trás de meu pescoço. Seus olhos azuis fitaram os meus novamente, as sobrancelhas louras arqueadas. - Será que pode me fazer um pequeno favor?


Alucinante - Sinclar's Club (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora