capítulo 20

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*Castiel Novak*
*Ligação on*

— Pai?! — Um alívio toma conta do meu corpo ao ouvir a voz do meu filho — Pai, você está bem?

— Estou… estou sim. — Falo em meio as lágrimas que caíam por meu rosto. — E você como está? Ele te machucou?

   Eu ainda estou um pouco desorientado por conta da quantidade do estimulante que tomei. E tudo o que consigo notar, além da voz do meu garoto, é as mãos do meu irmão me segurando. Não faço a menor ideia de como ele chegou aqui, mas estou feliz por sua presença.

— Não precisa se preocupar, graças ao Sam ninguém chegou nem perto de me tocar.

— Isso é bom meu amor… — Sinto que o restante de minhas forças estão me deixando, aos poucos meus olhos vão se fechando e tudo o que consigo ouvir é a voz de Dean me chamar. — Eu te amo Jack, e eu te amo Dean. — foi tudo o que consegui dizer antes de que tudo se tornasse escuridão.

****

   Abri meu olhos lentamente, para me acostumar com a claridade do local, olhei ao redor e notei que era um quarto de hospital. Tentei me levantar mas logo uma forte dor me atinge. Gemi de dor e como um passe de mágica três pessoas surgem do nada, são Dean, Jack e Gabe.

   Gabriel estava ao meu lado direito e jack ao meu lado esquerdo e Dean… bom acredito que estava deitado no chão, pois apareceu em um pulo.

— Alguém pode ajudar aqui, ele acordou! — Ouço Jack chamar alguém.

— Maninho, como se sente?

— Estranhamente descansado — Digo enquanto meu cérebro começa a focar no ambiente ao meu redor.

— Não é para menos, você dormiu por 36 horas seguidas. — Gabe brinca e eu me espanto com a informação.

— Tá brincando?

— Não, ele não está. — finalmente ouço a voz de Dean. — Os médicos disseram que o estresse combinado com a droga levaram seu corpo a exaustão.

— Aí você apagou por quase dois dias — Jack completa.

   Tento me sentar e prontamente sou amparado por  Dean, que me ajuda a me sentar e coloca um travesseiro em minhas costas para me apoiar.

— E o que aconteceu? Não me lembro de tudo…

— Até que parte você se lembra? — Dean perguntou.

— Você me carregando para fora…

— Bom…

   Dean me contou todos os detalhes do que aconteceu e a cada palavra meu queixo caía mais. Quando Dean finalizou eu senti um grande conforto, como se um peso fosse removido do meu peito. Estávamos livres, meu filho e eu estavamos livres! Eu poderia amar Dean sem ter medo de velo morrer. — Que isso não seja um sonho. — supliquei em pensamento.

****

   Depois de passar mais uma noite no hospital pude voltar para o hotel e assim que chegamos fomos recepcionados por Linda, Kevin e Sam.

— É bom te ter de volta. — Sam me abraçou e logo em seguida foi a vez de Linda.

— Que susto que me deu… — Recebi um tapinha fraco em meu ombro e em seguida uma abraço tão apertado e reconfortante que por um segundo me lembrei da minha mãe. — Eu fiz panquecas com mel, estão maravilhosas você vai amar.

— Com certeza eu vou. — Nós dois rimos e ela me soltou. — E você garoto, achou mesmo que teria a sorte de não ter um sogro? — Brinco fazendo Kevin e Jack ficarem mais vermelhos do que uma pimenta.

Quando tudo mudou - DestielOnde histórias criam vida. Descubra agora